Nintendo - 22/07/2012

[Retrô] Metal Warriors


Saudações caros leitores. Surpreendo a todos novamente reaparecendo com mais um post de um jogo retrô para vocês. O jogo da vez tem a alcunha de Metal Warriors, do famigerado Super Nintendo (confesso que prefiro fazer posts de jogos deste sistema, não só por ser o meu preferido, mas por ser, dentre os video games da Nintendo, o que mais conheço). Este jogo, junto de Sunset Riders, em minha humilde opinião, é um dos dois melhores jogos de plataforma do sistema; quando se trata do video game que contém o maior acervo de jogos do tipo, já dá para ter uma noção do que há por vir! Enfim, vê a bagaça aí e divirta-se!

Introdução


Metal Warriors foi um jogo lançado pela Lucasarts, em parceria com a Konami, exclusivamente para o Super Nintendo (americano) em Abril de 1995, sem haver qualquer tipo de jogo predecessor ou sucessor, ou seja, trata-se de um jogo único, sem qualquer tipo de ligação externa ou mesmo referência (conhecida) em outros jogos. Porém, isso não faz dele um jogo ruim, muito pelo contrário, como descrevi no começo do post, nem mesmo o termo "ótimo" qualifica com maestria essa pérola pouco conhecida no SNES.

Com um clima futurístico, Metal Warriors têm um carisma próprio e é um ótimo representante do potencial que o console em 16 bits da Nintendo poderia fornecer.

História


"No ano 2102, a União Governamental Terrestre está sob estado de sítio das forças do Eixo das Trevas. Guiado pelo ditador Venkar, o Eixo mantém uma sangrenta guerra de cinco anos contra a terra. Existe apenas uma equipe de valorosos guerreiros que permanecem em prol da liberdade...

Equipados com unidades robóticas poderosas, estes heróis são conhecidos como Metal Warriors." (introdução do jogo traduzida, texto original aqui)

Sem grande foco em uma história complexa, você controla o Tenente Stone (Lt. Stone), um dos agentes que compõem o esquadrão em questão, sendo destinado a realizar missões de diversas naturezas, como defender e destruir bases, resgatar agentes, destruir certo inimigo, infiltrar numa base e roubar algum elemento, entre outros. Os objetivos das missões você pode conferir a seguir:

1ª Missão: Resgate no Eixo 5 - Resgate a agente Marissa e saia da base o mais rápido possível.

2ª Missão: Partido de embarque - Capture, intacto, um navio de suprimentos totalmente carregado do Eixo.

3ª Missão: Guerra na rocha - Infiltre-se em uma base de suprimentos do Eixo presente em um asteróide, destrua qualquer tipo de resistência presente, não deixe que os inimigos destruam os geradores, tome posse do navio de resistência inimigo e, por fim, traga-o de volta para o hangar.
4ª Missão: Defesa do navio - Promovido ao posto de capitão, sua missão é defender o navio dos ataques das unidades do Eixo.

5ª Missão: Ataque frontal - Destrua o canhão de defesa da base inimiga em Ketchikan Alaska.

6ª Missão: Guerra na selva - Dividida em três partes, sua missão é invadir uma base de pesquisas inimiga na costa do Chile e roubar um protótipo de robô de combate.
7ª Missão: Fogo - Dividida em duas partes, seu objetivo é destruir as grandes unidades do Eixo e impedir que destruam a Zona 4 da cidade de Dorado.

8ª Missão (missão secreta): Infiltre-se na principal torre de comunicação inimigo, roube a principal chave de comando do Eixo e saia de lá o mais rápido possível.

9ª Missão (missão final): Infiltre-se numa base inimiga, descubra se estão, de fato, construindo uma poderosa arma de combate, destrua-a caso ela existir e saia da base.

Sobre o jogo


O jogo conta com uma dificuldade considerável dada a sua época de lançamento. Com um número limitado de continues, os quais não são repostos durante as missões, o jogador precisa dominar bem os controles e os objetivos para conseguir terminá-lo por completo. Acabando os continues, aparece a famosa tela de fim de jogo, desconsiderando todo o progresso do jogador, fazendo com que o mesmo tenha que começar tudo de novo. Embora sejam raros jogos deste tipo atualmente, antigamente, jogos como Super Turrican 2, Sunset Riders e Jurassic Park II - The Chaos Continues tinham este mesmo sistema, uma herança dos arcades, bastante comuns à época.

Este é um daqueles jogos de antigamente que muitos jogadores de atualmente consideram como "muito difícil" justamente por esse fato. Particularmente, já ouvi muito disso de Sunset Riders (novamente) e Mega Man, que são jogos mais conhecidos e do mesmo tipo, e não acho que sejam tão complicado assim, basta treinar e dominar bem os controles. Hoje em dia, quase que a totalidade dos jogos lançados não tem a questão de quando você perde, todo, e absolutamente todo, seu progresso é perdido, isso desacostumou muitos jogadores.

Jogabilidade


Metal Warriors é um dos poucos jogos que utilizam muito bem todos os botões do controle do Super Nintendo, mesmo assim, ele não se tornou um jogo confuso, cansativo ou trabalhoso de se jogar. Com uma excelente jogabilidade, Metal Warriors demonstrou uma excelente fórmula de jogo de plataforma, não só para o Super Nintendo, mas para qualquer outro sistema existente.


Com armas de médio e curto alcance já em mãos, escudo e habilidades específicas, cada um dos seis Metal Warriors têm seu charme, mostrando que pode ser o melhor a ser utilizado em determinadas situações. Em grande parte das missões, você começa com o robô "padrão" e com habilidades equilibradas de nome Nitro.

O seu personagem não está limitado apenas as suas armas em mãos, podendo, a seu critério, trocar de unidade robótica durante a fase - um dos grandes diferenciais do jogo -, que pode conter outras armas nativas. Além disso, você pode conseguir armamentos especiais em suprimentos fornecidos durante a fase, abastecendo-o com habilidades que, por exemplo, lhe permitem andar com a gravidade invertida, utilizar um tiro extra que age como uma bola de tênis de mesa ou atirar misséis. Porém, essas habilidades são limitadas a um certo tempo, excetuando a cura, a qual deixa seu robô em plena forma, sem danos, como se tivesse acabado de sair do hangar.

Para sair da sua unidade robótica, basta pressionar "Select" a qualquer momento dentro das missões. Equipado com uma pistola, que só causa danos em pessoas fora de suas unidades, e uma jetpack, que lhe permite voar pela fase, você fica mais vulnerável e pode morrer muito mais rapidamente do que se estivesse em um robô. Fora da unidade robótica, você pode acionar comandos que liberam locais antes fechados, acessar áreas que só é possível desta forma e selecionar uma outra forma de robô.

A diversidade de inimigos durante as missões é considerável, não tornando um jogo apenas de "esquemas" ou métodos de como matar os inimigos, o elemento estratégia é primordial. Um vacilo pode, de fato, lhe custar caro.

Gráficos


Com excelentes gravuras e animações, Metal Warriors impressiona com suas breves, mas importantes e esperadas animações gráficas. Mostradas na introdução, entre uma missão e outra e ao término do jogo, elas narram os principais acontecimentos e os objetivos de suas missões.

Claro que não só essas animações compõem o conjunto gráfico desta obra. Os cenários das missões são bem diversificados, uma missão na selva tem um visual totalmente diferente de uma missão em uma base ou em um asteróide, por exemplo.

Os próprios Metal Warriors e até mesmo as unidades do Eixo têm um visual sensacional e de fácil distinção entre elas. A Lucasarts preocupou-se com todos os detalhes do jogo e conseguiu fazer uma obra de arte magnífica.



Trilha Sonora


A trilha sonora é um tanto simples. Embora represente bem o jogo e, particularmente, eu não consiga imaginar o jogo com uma trilha sonora mais representativa, ela se torna pouco repetitiva e até mesmo cansativa durante o jogo em missões mais extensas como as missões 6 e 7, por exemplo.

Trazendo toda a ação e clima futuristíco do jogo, a trilha sonora conta com apenas 9 músicas (sendo uma delas bem curta, com apenas 24 segundos de duração), com nenhuma música ultrapassando os 2 minutos de duração. Por conta das missões serem um pouco extensas, dependendo do jogador, essas músicas podem se tornar enjoativas. De qualquer forma, selecionei algumas delas para vocês sentirem um pouco do clima do jogo:


Attacking the Axis Base: Essa música toca em algumas das missões em que você precisa se infiltrar em bases do Eixo.


War in the Jungle: Música que toca apenas na missão 5. Particularmente, não me recordo da mesma tocar em outras partes do jogo.


The Enemy Commander: Música que toca nas partes mais críticas, como chefes, grandes invasões do Eixo e até mesmo na batalha contra o poderoso Venkar.

Multijogador


 Um dos atrativos do jogo é o modo de 2 jogadores, chamado "Head to Head". Apesar de ser um jogo com foco nas missões e na campanha de um jogador, ele contém este modo em que dois jogadores podem se enfrentar, cada um equipado com uma Metal Warrior de cor diferente. Funciona como uma espécie de duelo para ver quem consegue destruir o outro primeiro, alternando entre os mais diversos tipos de fases (no gelo, na lava, na selva, no asteróide, na base sideral, etc).

As fases contam com alguns postos que fornecem suprimentos, de modo semelhante às missões, além de elevadores e outros elementos que fazem bastante diferença, primordiais para a montagem de uma estratégia em que você pode sair como o vencedor do duelo.


Conclusão


Metal Warriors pode encantar muitos jogadores, ainda hoje, pela sua beleza gráfica e pela sua excelente jogabilidade. A história do jogo, de fato, não é o ponto forte do mesmo, como muitos jogos de plataforma de antigamente, este foi um jogo focado na diversão do usuário.

Quem, algum dia, teve a oportunidade de jogar esta pérola, não deve ter se arrependido, pois garanto que ele conquistou um pouco de seu coração pixealizado. Aos que não jogaram na época em que o Super Nintendo era o aparelho da época, infelizmente, hoje, dificilmente conseguirá jogar, pois o cartucho original do mesmo custa em torno de uns U$90, a menos que... bem, fica por conta da criatividade de cada um... o que vale é a diversão, afinal!

Imagens







Até mais,
Lobim

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