Nintendo - 20/05/2014

Child of Light: Jogando um verdadeiro conto de fadas


Devo confessar que, quando vi o anúncio de lançamento de Child of Light, não me interessei muito. Ok, achei bonitos os desenhos, os gráficos e os cenários que pareciam pinturas em tela, mas estava meio relutante pelo fato do jogo ser um conto de fadas (desde criança não gostava muito desse tipo de história). Minha opinião mudou na hora em que o jogo estava na minha TV e eu apertei Start. Acho que desde The Legend of Zelda – Majora's Mask que um jogo não me cativa tanto ao ponto de eu não querer soltar o controle assim como aconteceu com Child of Light, e quando parava de jogar, já me perguntava quando que eu iria ter tempo para jogá-lo de novo.


A história  o jogo se inicia na Áustria, no ano de 1895, com o nascimento de Aurora, filha de um poderoso duque Áustria. Porém, a mãe de Aurora é dada como morta, logo, coube ao duque ter que cuidar sozinho de sua filha. Alguns anos depois, o duque se apaixona por outra mulher e ele a toma como sua nova esposa. Mais algum tempo se passa, e na sexta feira de Pascoa, Aurora morre, porém o mais surpreendente acontece... Aurora acorda em Lemuria, um continente mágico habitado por criaturas que ela nunca tinha visto e descobre por meio de uma visão que seu pai está morrendo e que para ela voltar para seu mundo, ela deveria enfrentar a Rainha da Noite, que roubou o Sol, a Lua e as estrelas. Então Aurora encontra sua espada e parte em sua jornada, encontrando aliados que a ajudarão em seu retorno para casa.


Child of Light possui gráficos muito bem desenhados feitos na engine UbiArt (a mesma de “Rayman Origins”), parecendo ilustrações de livros infantis. Mas isso, em todo o contexto da história, torna-se um ponto positivo, fora que, foi um dos poucos jogos que após sair da história e entrar no gameplay, me fez questionar antes de jogar se o jogo já havia começado. Não acreditei quando coloquei pra frente e a protagonista se moveu. Os detalhes de luz e sombras estão muito bem-feitos, o estúdio da Ubisoft Montreal realmente soube trabalhar bem com esses elementos, e os jogos de luzes e sombras entram em um belo contraste com a jogabilidade.


Quando eu vejo um game que estou muito interessado em jogar, eu não fico pesquisando muito sobre ele justamente para não criar uma certa expectativa. Sendo assim, me surpreendi quando, ao início do jogo, a narração estava feita em português. Eu não fazia ideia que o jogo teria dublagem em português, e tal feito me deixou de queixo caído por conta de uma linda voz que contava a história do game de forma rimada, como em um verdadeiro conto de fadas. Naquele momento o jogo me prendeu de verdade. Eu particularmente gostei das vozes presentes no jogo. As músicas são cativantes e muito bem compostas, e cada musica combina exatamente com o momento que você esta passando dentro do game (devo confessar que algumas vezes eu deixava o jogo parado apenas para ouvir a musica e o som ambiente). Os efeitos sonoros também estão muito bem-feitos, cortes, lâminas batendo contra o chão, passos, tudo está muito bem audível. Tudo segue em perfeita harmonia fazendo com que toda a parte sonora possa ser aproveitada como uma experiência separada do jogo devido a tamanha qualidade.


O game tem uma jogabilidade em 2D muito parecida com Valkyrie Profile do Playstation 1, onde a protagonista andava pelos mais diversos mapas e as batalhas se iniciavam quando colidíamos com algum inimigo. É claro que isto pode ser evitado em Child of Light usando seu companheiro vaga-lume, uma bola de luz azul que acompanha a protagonista o jogo inteiro iluminando algumas partes do cenário, tanto ajudando na visibilidade quanto na resolução de alguns puzzles, além de ofuscar a visão dos inimigos para que o jogador possa fugir ou aplicar um ataque surpresa. Já o sistema de batalhas é dividido em turnos que são representados por uma barra dividida em 2 partes, onde a primeira seria a espera para poder escolher qual ação tomar na batalha, e a segunda, um pouco menor, seria o tempo que demoraria para que a ação seja tomada.


Esse jogo apareceu como uma surpresa pra mim. Quando vi as primeiras imagens, achei até que fosse um jogo indie, mas depois que vi que estava sendo feito pela Ubisoft, minha vontade de jogar aumentou devido a tamanha qualidade dos jogos feitos na engine UbiArt. A história me prendeu, porem achei esse jogo um tanto quanto fácil demais para um RPG, e  devo confessar que ao fim dessa matéria ainda vou jogar mais um pouco. Para quem gosta de uma boa história, aprecia uma boa mecânica de RPG, aprecia boas melodias e não entende a língua inglesa, esse jogo é uma boa pedida, com certeza. E assim como foi comigo, esse game lhe proporcionará varias horas de jogo.

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