Aero The Acro-Bat: Nos tempos do Super Nes e Mega Drive, quase todos os jogos da Sunsoft apresentavam um morceguinho junto ao seu nome, na abertura. O tal morcego era Aero, o mascote da empresa, que possuía dois games para ambas as plataformas. Criado em 1993, Aero era um artista circense (daí o trocadilho com Acro-Bat), que realizava seus espetáculos, junto com seus colegas, até que um dia, Edgar Ektor, o palhaço, foi despedido, por não ter o brilho dos outros artistas. Para se vingar, Ektor decide sabotar os atos do circo, e Aero deve impedir seus planos, ou o circo irá fechar. Aero foi visto pela última vez em 2002 num port de seu game para GBA, e nunca mais se soube dele. O mesmo aconteceu com seu colega-rival, Zero The Kamikaze Squirrel. Mesmo um morcego não devia ficar tanto tempo sem ver a luz do dia.

Sparkster: Criado em 1993 para o game Rocket Knight Adventures, do Mega Drive, Sparkster é um gambá cavaleiro, que mescla comportamento medieval com futurista: utiliza uma espada como arma, mas usa um foguete para se locomover. Sparkster serve à realeza, e deve protegê-la dos esquemas maléficos de Axle Gear, um indivíduo igual a ele (acredita-se que sejam irmãos ou pelo menos colegas de artes cavaleirescas). Teve três games em toda sua carreira, dois para Mega e um para Snes, entre 1993 e 1994. Desde então, evaporou.

Carmen Sandiego: Essa ladra é bastante famosa, em qualquer lugar do planeta. Afinal, ela percorre o mundo INTEIRO para cometer seus roubos, e escapar das garras do jogador. Seu game fez tanto sucesso que ganhou até série animada. As pistas não eram muito claras, e o jogo exigia bom conhecimento de História e Geografia para poder se dar bem. Originalmente criada em 1985, e tendo jogos feitos periodicamente até 2004, parece que nossa criminosa favorita se aposentou, ou estava escondida nas torres gêmeas, ou está junto de Osama Bin Laden, ou... bom, o que quero dizer, é que ela desapareceu do mapa, e aposto que nem a Interpol, nem a Brodebund Software sabem onde ela anda. É muito mais fácil encontrar o Wally.

Ogre Battle: Uma série conhecida pelos fãs de RPG, pela sua excelência, e pela sua escassez de títulos, exceto se contar com os Tactics Ogre. Até agora, Ogre Battle só teve duas versões, uma criada originalmente para Super Nes (e que foi relançada para PSX, Saturn e Virtual Console), e outra para N64 (a mais aclamada). E isso foi de 1995 até 2000, ou seja, 9 anos sem absolutamente NADA de Ogre Battle. Se considerar Tactics, são 8 anos. De todo jeito, os disciplinados guerreiros estão sem dar notícias há um tempão. Tudo bem que a maioria dos personagens morria com freqüência, mas, será possível que não sobrou ninguém?

Geno e Mallow: Rolaram altos rumores sobre esses dois serem personagens jogáveis em Super Smash Bros. Brawl, ou que receberiam games exclusivos, etc. Os primeiros parceiros de Mario num RPG, e também os únicos criados pela Square, Mallow e Geno cumpriram tão bem seus papéis, que serão eternamente lembrados. Mas a pergunta que não quer calar: será que um dia eles retornarão? Um ocorrido que dá uma pitada de esperança, é a aparição de Geno em Mario & Luigi: Super Star Saga...

Bubsy: Este felino malaco desenvolveu certa fama durante seus primeiros anos, usando de uma tática arriscada mas que funciona: copiando estilos que fizeram sucesso. Seus primeiros games, de 1993, lembravam muito títulos do Sonic, e seu último, lançado em 2006, foi considerado um clone horrível de Super Mario 64. Se não fosse por isso, talvez Bubsy estivesse por aí até hoje, mas, como recebeu o título de "personagem mais odiado da História do Video Game", as chances de seu retorno são praticamente nulas... pois é, nem sempre os gatos tem 7 vidas...

Joe & Mac: A dupla de ninjas das cavernas está há décadas sem dar as caras. Será que entraram em extinção? Começaram nos arcades e invadiram todas as plataformas 2D, mas desde que a 3ª geração dos games começou, nunca mais se soube da dupla de brutamontes de tanga. Aliás, não apenas eles, mas muitos pré-históricos sumiram do mapa também, como Bonk, Chuck Rock, Prehistorik Man, Wonder Boy e Higgins, de Adventure Island. Será que algum tiranossauro devorou essa turma toda?

Conker: Um dos personagens mais polêmicos da história da Nintendo: criado pela Rare (que hoje, como todos sabem, está nas mãos da Microsoft), inicialmente era um animalzinho pacífico e bonitinho que procurava nozes e presentes para os amigos. Porém, quando atingiu a maioridade, se converteu num boêmio inveterado e num assassino sanguinário, para o deleite de muita gente que reclamava da boa politicagem da Nintendo. Enquanto estava sob os cuidados de nossa amada Big N, Conker teve três aparições, sendo uma em Diddy Kong Racing, em 1997, uma em Conker's Pocket Tales, em 1999 e finalmente Conker's Bad Fur Day em 2001. Desde então seu único retorno foi em Conker: Live and Reloaded para o Xbox, em 2005, mas o game é um remake de CBFD, o que significa que ele já está sem atividade há exatos 8 anos. E a Rare tinha prometido uma continuação do último game, já que originalmente Conker iria se suicidar no final de BFD mas decidiram não fazê-lo, pois pretendiam continuar. Até hoje, nem sombra do esquilo bebum. Talvez ele esteja evitando chegar perto de álcool depois de tudo que passou.

Giovanni: A maioria dos fãs de Pokémon considera a Equipe Rocket a melhor antagonista da série, por conta da inescrupulosidade, do objetivo de dominar o mundo e os pokémon, com sua tecnologia avançada a ponto de alterar o código genético dos pokémon, tornando-os mais poderosos, como Mewtwo, ou shinies, como o Gyarados vermelho. As equipes Magma, Aqua e Galactic freqüentemente são chamados de "ativistas do Greenpeace" ou de "malvados que nem sabem porquê são". Sendo a Equipe Rocket a suprema vilania da série, a única pessoa capaz de administrá-la é ninguém mais, ninguém menos, que Giovanni, o também antigo líder do ginásio Viridian. Mas, desde RBY, nunca mais se teve notícias do chefão Rocket, exceto pela presença de seu filho em GSC e seu retorno nos remakes Fire Red e Leaf Green. Quem sabe em HGSS poderemos saber o que realmente aconteceu com o poderoso e cruel mentor da Equipe Rocket!

Marin: Essa garota deve explicações. MUITAS explicações! Primeiro, ela conhece Link meio que por acaso. Logo depois começa a cantar músicas para ele. Em seguida, saem para passear juntos, tiram até fotos para recordação, e apesar da aparência inocente, ela parece ter um estranho gosto por maus tratos aos animais. Tudo isso acontece em Zelda DX, para GBC, lançado em 1993 e 1998. Se bem, que sua última aparição foi como um troféu em Super Smash Bros Melee. Desde então, a garota desapareceu, assim como qualquer rastro do território do jogo, a Ilha de Koholint. Talvez seja melhor, afinal a Zelda nunca teve uma chance dessas...

Ah, um sujeito que também apareceu pela última vez nesse game, foi o sapão Wart, que já se confrontou com Mario, em Super Mario Bros.2.

Shantae: Já comentei sobre ela em outro post. Um game para GBC, lançado em 2002, que recebeu comentários tão bons, que foi considerado melhor até que títulos para GBA. Desde então, os fãs aguardam uma seqüência, que já foi prometida (e cancelada) há algum tempo. A garota-gênia ainda tem muito a nos oferecer (em todos os sentidos), então seu desaparecimento é no mínimo estranho. Embora, recentemente, hajam rumores sobre seu retorno, especificamente para Wii ou DS (o que é algo excepcional!), então ainda é cedo para jogá-la no limbo. E que a Software ToolWorks, a Capcom, e quem mais estiver envolvido no projeto, tenha sorte para não deixar nem os fãs, nem a pobre moça sem nada para fazer.

Além desta turma há muitos desaparecidos, alguns já foram dados como mortos, mas outros têm até recompensas sendo oferecidas, para localizar seu paradeiro. Caso algum deles esteja sendo mantido preso, ou se escondendo em algum lugar, se você sabe onde estão, comunique as autoridades. É um crime deixar tantos personagens sem emprego, e tantos fãs com água na boca durante décadas.