A História do Game Boy - Primeira Parte
Por Shinka
O Game Boy está completando 20 anos em 2009, e esse marco não pode passar em branco!
Nessa série de duas matérias vamos falar da história desse portátil e seus descendentes.
A Nintendo não inventou os portáteis, mas ela foi a pioneira nesse mercado.
Gunpei Yokoi ajudou a Nintendo no mercado de brinquedos e arcades e em 1980 achou o meio de unir os dois. Diz a lenda que ele estava indo trabalhar, quando no trêm ele viu alguém tentando se divertir com uma calculadora de bolso de LCD e daí surgiu a idéia do Game & Watch!
Utilizando soluções criativas como trocar os pixels por imagens inteiras se acendendo para driblar as limitações de hardware ele fez esse portátil ter 59 títulos e vender mais de 40 milhões de unidades. Esse sucesso foi ofuscado pelo Nes, mas Yokoi viu que podia levar a um próximo nível.
Alguns concorrentes surgiram com Hardware muito mais potente, mas a Nintendo sabia que nesse mercado o que importa é os games serem divertidos. Foi então desenvolvido um novo jogo, Super Mario Land, que parecia o título perfeito para vender o novo portátil da empresa.
Foi quando surgiu Henk Rogers com um jogo chamado Tetris. Ele não tinha bons gráficos ou um grande nome por trás, mas é o tipo de título que é difícil de parar de jogar, e com um portátil você não precisaria fazer isso.
Enquanto Mario atendia aos fãs da Nintendo, Rogers prometeu que Tetris atingiria um público nunca antes visto, e conseguiu.
O Game Boy foi lançado no Japão em 31 de Abril e em 2 semanas vendeu todas as suas 300.000 unidades. Nos EUA foram vendidas 40.000 apenas no primeiro dia.
Enquanto a Nintendo lutava para para arranjar espaço para o NES, o Game Boy foi um sucesso do dia para a noite.
A Atari lançou um concorrente, Lynx, apenas alguns meses depois, com um hardware muito superior mas $100 mais caro que o Game Boy e com bateria 2 vezes mais curta. A Batalha foi ganha antes de começar. Existiram outros concorrentes como Game Gear, Supervision, Game.com, Wonderswan e Neo Geo Pocket mas eles tiveram o mesmo destino que o Lynx.
Apenas um lançamento de sucesso não é suficiente para fazer você dominar por mais de uma década.
Para isso é necessária uma linha de jogos devastadora.
Super Mario Land vendeu super bem, 14 milhões de unidades, mas eles viram que haviam necessidades especiais.
Para reforçar a plataforma Yokai e Okada decidiram trazer seus própios hits do NES, começando por Kid Icarus. Metroid II foi outro grande título, tendo uma arte bastante detalhada e muita exploração. Uma bateria de save ajudou a tornar essa experiência portátil ainda mais adequada.
O Game Boy precisava de franquias originais também, e isso começou em 1992 com Kirby's Dream Land.
Em 93 as vendas estavam caindo, mas isso foi solucionado com The Legend of Zelda: Link's Awakening, em uma época dominada por consoles de 16 bit que faziam o portátil parecer obsoleto.
Em 94 a Nintendo decidiu unir o portátil ao console com o Super Game Boy, acessório que permitia rodar os jogos de GB no SNES. Esse sistema estreiou com uma versão melhorado de um clássico da empresa: Donkey Kong. Nas primeiras fases ele prestava uma homenagem ao jogo original, mas o jogo tinha muito mais. Mario podia fazer vários movimentos acrobáticos e as fases possuiam todo tipo de puzzles.
Infelizmente a vida comercial do Super Game Boy foi curta, pois aparaceu no fim da geração do 16 bits.
Em seguida veio Super Mario Land 2, que era um novo tipo de jogo do Mario. As fases eram mais baseadas em exploração, mapa não linear e gráficos maiores, mais vivos e mais limpos. Esse foi outro jogo do GB que vendeu milhões, ficando apenas atrás de Tetris, Pokémon, o primeiro Super Mario Land, mas a série ainda não tinha terminado de evoluir.
Na próxima matéria falaremos sobre a evolução do portátil e seus descendentes!