[Matéria] Pelo que compramos jogos?
Por André Aranovich
Quando compramos um jogo é um investimento que consideramos que vai durar, ou no mínimo irá trazer toda diversão que aquele dinheiro pode lhe oferecer. 150 reais no caso da maioria dos lançamentos em plataformas Nintendo é um preço que não achamos na rua, então sempre temos uma boa reflexão antes de gastá-lo em uma possível compra. Mas como decidimos qual jogo comprar?
No final do ano passado para a maioria dos gamers de plantão foi um época difícil. Tivemos os lançamentos de Batman: Arkham City, Elder Scroll V: Skyrim, Assassin's Creed Revelations, Battlefield 3, Uncharted 3: Drake's Deception, The Legend of Zelda: Skyward Sword e Mario Kart 7. Foi árduo escolher entre tantas pérolas. Aqui, o que pesou mais? No meu caso, The Legend of Zelda: Skyward Sword foi um dos escolhidos da lista porque gosto da série, foi esse o meu determinante na hora da compra, era algo que eu já tinha certeza que iria me dar retorno.
Esse é o caso da maioria das decisões, quem aqui não conhece um (Ou é o próprio) fã de Pokémon que já está com dinheiro guardado para Black 2 ou White 2? Só por ser um novo jogo da série principal já vale a pena o investimento, caso só isso não sirva, alguns vídeos são o bastante para fazerem os aficionados da série babarem e darem o dinheiro para a loja mais próxima. Ser uma franquia forte no mercado já influência muito na hora de escolher seu jogo, pois ter uma ideia de qual vai ser o produto final trás certa segurança para nós, consumidores.
Outra variante, por assim dizer, é a durabilidade do jogo. Super Smash Bros. Brawl que foi lançado em março de 2009 continua rodando em meu Wii, sempre que tem uma festa ele volta a trabalhar, sem dúvidas um dos melhores multiplayers da geração, o que compensou totalmente o valor da compra. Mario Kart é outra franquia que ganha seus usuários assim, como um Mario Kart por console é a regra base da Nintendo então ele é o multiplayer eterno para o console. Quem comprou Mario Kart DS, por exemplo, viu partidas do jogo rolando até os dias derradeiros do portátil. Em uma conta básica caso alguém vá dividir o preço pela quantidade de horas, seria cerca de 150 reais por umas 250 horas (chutando muito baixo) dá R$ 0,60 por hora, algo que no final é bem mais barato do que uma hora no bar com os amigos.
O jogo que me influenciou a criar essa matéria teve um dos motivos mais diferentes na hora da compra, Xenoblade Chronicles, após um tempo de reflexão perguntei o que me influenciou a comprá-lo. A resposta não demorou muito para aparecer, o trabalho da Monolith Soft foi algo maravilhoso na criação deste J-RPG, os cenários e gráficos estão muito além dos limites do Wii, além de todo o trabalho de fazer um abaixo assinado para que a NoA lançasse o jogo aqui, a vontade de homenagear todos que se esforçaram para fazer e trazer um bom jogo para o Nintendo Wii foi o que me motivou para comprar, de quebra ainda recebi um ótimo jogo. The Last Story será um dos próximos jogos que pretendo adquirir pela mesmíssima maneira.
Mesmo se eu não fosse um aficionado e J-RPGs daria uma chance para Last Story e Xenoblade Chronicles, que são jogos que dão gosto de ver. Esse empenho dos criadores do jogo podem ser vistos no jogo Super Mario Galaxy. Sentimos a alma do criador do jogo enquanto jogamos.
Amigos, reviews e previews também entram para dar um palpite. Quando somos iniciantes no universo gamer, o melhor jeito de procurar informações e familiarizar-se com as séries que estão em alta é através de revistas e sites especializados (Como esse que você está lendo) e isso de uma forma ou de outra influência no que você pode vir a comprar. Depois de mais entrosado com o universo gamer, os amigos que nós fazemos começam a indicar séries mais obscuras ou que não foram muito visadas enquanto jogávamos. Tudo isso amplia nossos horizontes como consumidor e nos faz ter menos insegurança por não conhecer as outras séries.