Nintendo - 24/09/2012

[Review] Tales of Abyss


Tales of Abyss é o oitavo capítulo da série "Tales of" que iniciou a muito tempo no SNES com Tales of Phatasia e teve um de seus ápices em Tales of Symphonia de Game Cube. Após algum tempo desde o lançamento do jogo original e aproveitando a baixa de RPGs no Nintendo 3DS, a Namco lançou um port do jogo original de PS2.

Em todo RPG, a história é muito mais essencial do que em qualquer outro gênero. Então, como ela é? Vivemos o jogo sob a perspectiva de Luke fon Fabre, garoto nobre que vive exilado em sua casa desde que perdeu sua memória, a sete anos. Para se divertir uma das poucas coisas que faz é treinar a arte da espada com seu mestre, Van Grants. Certo dia no meio de seu treinamento uma jovem estranha ataca seu mestre, quando Luke tenta defendê-lo uma estranha reação acontece, que o faz desaparecer com a jovem e inexplicavelmente sejam enviados a uma floresta. A partir dai o jogo começa de uma forma bem calma, diga-se de passagem que é um dos maiores defeitos nessa história, ela demora para "pegar no tranco", mas quando isso acontece vemos uma história cheia de mistérios e reviravoltas.


Os personagens principais tem que ter um belo charme para prender o jogador, e aqui eles são muito bem trabalhados. Luke é um garoto chatíssimo no início, mas a medida que o jogo avança vai se tornando mais do que podemos chamar de "herói". Os outros personagens não pecam, todos possuem suas qualidades e defeitos, cada um tem uma personalidade forte e marcante, seja pela fobia de mulheres de um ou a forte necessidade em se casar com um homem rico de outra. Algo interessante abordado nesse jogo é que não existe o "mau". Os vilões também possuem um belo background e estão lutando por objetivos próprios, o clássico "quero dominar o mundo e ponto final" não existe aqui.


Algo que complica um pouco nas primeiras horas é fato que são jogados vários nomes em cima do jogador, até acostumar-se com termos como fonons, Fon Master, Lorelei e Score demora bastante. E não tem nada que indica isso dentro do próprio game. Então lhe é dada a tarefa de interessar-se e entender todos os nomes.

A jogabilidade da série "Tales of" é peculiar aos outros RPGs, é um action RPG, para quem não conhece o termo, trata-se de um RPG em que batalhamos de uma maneira similar a jogos de luta. Aqui batemos com "A" e usamos "B" para skills que são escolhidas pelo jogador, utilizando ambos botões criam-se combos que podem ser bem trabalhados pela boa vontade do jogador. Algo especial desse capítulo da série são os Fonons Fields, campos que possuem ligação elemental com alguns golpes. Quando um golpe que possui relação com o field que está ativo é usado, ele ganha um "power-up" trazendo belos efeitos para a tela e maiores estragos em seus inimigos.




Além disso o pode-se alterar os atributos dos personagens com os clássicos equpamentos, mas também existe um sistema chamado de Capacity Core que influencia onde o personagem ganhará seus atributos ao subir de nível. Além disso existem o Titles, que estão presentes desde Tales of Phatasia, que trazem bônus quando estão sendo usados, infelizmente o jogo não faz questão de avisar quais são eles, fazendo o jogador procurar informações em sites de guias.

As músicas são lindas como é o esperado da maioria do RPGs, a abertura original do jogo é cantada pela banda Bump of Chicken e se chama "Karma", infelizmente cortaram a parte vocal dela na versão americana. Outras faixas chamam atenção, igual o tema da capital do império de Malkuth: The Floating Imperial City ou a música de uma das última batalhas: Meaning of Birth. Em compensação os gráficos dos jogos são bem razoáveis, pessoalmente não joguei a versão de PlayStation 2 então não sei se são iguais, mas está bem aquém do padrão 3DS. O 3D é bem feio, depois de algum tempo de jogo deixei o botão desligado e não quis ligá-lo mais. Para as horas extensivas de jogatina que esse jogo exige, o efeito acaba dando tontura.


Quem quer um belo RPG para o Nintendo 3DS e não pôde jogá-lo no PS2 essa é uma boa pedida. Com cerca de 45 horas para terminar a história principal, o jogo pode ser repetido várias vezes para ganhar alguns pontos para o próximo New Game+ (Alguns golpes só abrem na segunda vez em que se zera) e ir acumulado-os para trocar por mais benefícios - ou mesmo penalidades, fica a escolha do jogador - para a próxima vez que for voltar a história.

Análise

Prós
√ Personagens cativantes.
√ Sistema de batalha interessante.
√ Ótimas composições.

Contras
História ótima, mas demora para pegar o embalo.
Gráficos feios para o padrão do 3DS.
Falta de explicação de termos e sobre algumas partes do sistema do jogo.

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