Nintendo - 08/03/2013

[Matéria] Metroid Prime x Metroid Other M


Na época do lançamento de Other M, os fãs começaram uma discussão fervorosa acerca da série. Muita gente achou o jogo inovador e interessante, outros acharam que Samus estava muito falante e que perdeu a identidade dessa forma, deveria ter permanecido quieta, e claro, teve a inevitável comparação com a série Prime, um dos trabalhos mais primorosos do GameCube.

Nasce uma lenda

A série (esquecida durante a geração 64) debutou em 3D com Metroid Prime, no GameCube, e ousou, trazendo um jogo em primeira pessoa. Eu particularmente confesso que tive uma rejeição inicial pelo modo de jogo, mas chegou uma hora que eu tive que dizer “preciso jogar esses gráficos” (porque o jogo é visualmente magnífico) e acabei descobrindo que o jogo vai além do FPS, vai além do tiro. Ele tem sim, muito tiro em primeira pessoa, mas também tem exploração em primeira pessoa, puzzles em primeira pessoa e (principalmente) história em primeira pessoa.

FPB - First Person Beauty

O jogo foi desenvolvido pela Retro Studios e foi o responsável por transformar a empresa em um mito no mundo dos games, devido ao excelente trabalho realizado. O sucesso foi tanto que já era esperado que uma sequência estivesse por vir.

Foi então que surgiu Metroid Prime 2: Echoes. Gráficos melhorados, armas melhoradas, um modo multiplayer e uma Dark Samus foram a fórmula do sucesso da continuação. A antecipação pelo jogo era tamanha que foi lançada uma versão de Prime com um Bônus Disc do Demo de Echoes (uma forma de incluir demos de jogos em um console que não tinha conexão com a internet). Isso alavancou as vendas de Prime e fez Echoes um sucesso ainda maior que o primeiro jogo.

Echoes abusou dos tons de roxo, por causa do Dark World

Ainda planejado para o GameCube, o terceiro jogo, Metroid Prime 3: Corruption, foi transferido para o Wii e - apesar dos controles nunca terem sido um problema no Cube - tudo ficou ainda mais incrível com a mira do Wiimote. O jogo não foi tão idolatrado quanto seus antecessores, mas soube fechar a trilogia com estilo, e deixou os fãs sedentos por um Prime 4, aquilo tudo era grandioso demais para simplesmente acabar. Tão grandioso que uma edição de colecionador foi lançada para o Wii, Metroid Prime Trilogy, um dos trabalhos mais bem cuidados que já vi na minha trajetória gamer.

Parece tudo sempre igual, mas não é. Cada jogo tem sua identidade

Mais Prime

P.s.: A série Prime teve 2 spin-offs no Nintendo DS: Metroid Prime Hunters (que eu particularmente não joguei porque não me adaptei aos controles, mas pelo pouco que vi é um jogo incrivelmente lindo e bem acabado) e Metroid Prime Pinball (que na minha opinião é um dos jogos mais divertidos que já joguei, como fã de Pinball achei incrivelmente interessante poder jogar no mundo de Prime).

O pequeno DS mostrando do que é capaz
Não podia acabar mas acabou, a série sofreu outra mudança com uma nova empresa trabalhando no jogo e um novo estilo seria implantado.

É tempo de renovação

Era hora de Metroid Other M, desenvolvido pela Team Ninja, e ele precisava ser tudo que Prime não era. Tarefa difícil. Missão cumprida. Por mais que os fãs gostem de reclamar, que atire a primeira pedra quem não ficou babando nas cutscenes do jogo. Os gráficos in-game, apresentado no estilo apelidado de 2.5D também são fantásticos, muito bem acabados e extremamente vivos e coloridos. A história do jogo é intensa, com um roteiro denso e bem elaborado, e apesar de tudo se passar dentro de uma nave, dando uma sensação estranha de limitação, os cenários que fizeram a série Prime famosa estão presentes – como montanhas, neve e florestas infestadas de bichos – através de simulações virtuais.

Tudo de mentira...mas muito real

Acho que o que mais desagradou os fãs (e que na minha opinião foi o que deu uma alma ao jogo) foi a Samus tagarela. Até então fazendo parte do time de protagonistas mudos (uma categoria famosa no mundo dos games), em Other M Samus solta a língua e não para mais, narrando toda a história, e isso deixou os fãs extremamente incomodados, porque ser “muda” era uma das grandes características da personagem.

Samus não quer mais ficar quieta, é hora de dizer o que pensa.

O estilo 2.5D oferece certa limitação de movimentos, o que faz com que os cenários não sejam aproveitados com plenitude, e isso em um console como o Wii, sabendo do que ele é capaz de fazer, deixa uma sensação de impotência, mas confesso que o estilo ficou orgânico na série, e oferece uma dinâmica maior aos movimentos rápidos da nossa heroína espacial.

Bichão feio: qual jogo não tem?¿

O jogo tem outro atrativo importante. Quando é terminado, você pode assistir todas as cutscenes em sequência, como se fosse um filme. E é realmente um filme, porque é longo, bonito e conta uma história bem amarrada e com um roteiro interessantíssimo.

Essa cena inicial é de tirar o fôlego.

Prime ou Other M... porque não os dois?¿

Mas será que comparar um jogo com seu antecessor é a abordagem correta? O melhor disso tudo não seria jogar todos e ter o dobro de diversão? De qualquer forma, não iremos opinar, gostamos de Prime, gostamos de Other M, mas queremos saber, o que vocês pensam desses 2 exemplares da série?¿

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