[Review] Luigi's Mansion: Dark Moon
Por Angelo Mota
Luigi’s Mansion Dark Moon veio para cobrir um hiatus de 12 anos de seu antecessor, Luigi’s Mansion (GameCube). E a hora não poderia ser mais adequada.
Dark Moon é uma continuação direta do primeiro jogo, e começa exatamente onde o anterior parou, com Luigi vivendo tranquilamente na casa que foi construída no mesmo terreno da mansão que dá nome ao jogo.
Recrutado pelo professor E. Gadd, Luigi é sugado para dentro da TV pelo pixelator até seu laboratório, quando descobre que o King Boo destruiu a Dark Moon, deixando os fantasmas do local fora de controle, e agora cabe ao herói bigodudo recuperar os pedaços da lua e resgatar o sossego de Evershade Valley.
O esquema de jogo continua o mesmo, e quem já se aventurou por Luigi’s Mansion no GameCube terá uma leve dose de nostalgia. Mas muita coisa mudou, agora o jogo está maior, mais diversificado, e de certa forma, mais bonito.
Munido de sua arma mais poderosa, a Poltergust 5000, Luigi tem que combater o mal com um aspirador e uma lâmpada. Pode não parecer, mas é o suficiente. Os controles utilizam todos os botões existentes no portátil, mas são simples e intuitivos e na maior parte do tempo você vai apenas aspirar e aspirar.
O jogo é composto por 5 mansões que compõe Evershade Valley, cada uma delas com cerca de 4 a 5 fases mais um chefe e uma missão extra que pode ser acessada caso você capture um Boo em cada missão.
A jogabilidade é fluída e o mapa (exibido na tela de baixo) é completo, intuitivo e de fácil leitura, ajudando bastante a te posicionar no espaço. Apesar das mansões não serem muito grandes, olhar o mapa facilita o caminho até seu destino, e muitas vezes as portas estão abertas em caminhos diferentes do programado, deixando a exploração levemente livre para que o jogo não fique tão linear. As missões são curtas e podem variar de 15 até 35 minutos mais ou menos, dependendo do quão curioso você é. Se você for direto ao destino provavelmente ganhará uma pontuação maior por ter realizado a missão em menos tempo, mas isso eliminará o fator exploração presente de forma tão inteligente no jogo.
Explorar os cômodos das diferentes mansões em Dark Moon é um desafio que o jogo propõe de forma inteligente, sempre testando o raciocínio lógico do jogador. muita coisa está escondida e se você quiser terminar o jogo com o inventário completo, terá que procurar com muita calma porque às vezes os segredos estão diante de seus olhos e você ainda não viu.
Dark Moon é um jogo completo. Maior que seu antecessor, apresenta uma variedade incrível de cenários, com mansões temáticas de gelo, areia, floresta, criando um universo rico e diversificado. Isso aliado a jogabilidade perfeita que o jogo apresenta, oferece uma experiência inesquecível ao jogador. Além disso, ainda conta com minigames escondidos que aumentam exponencialmente a diversão.
Luigi é um herói de primeira, e mostra que sabe ser o protagonista de sua própria aventura. Carismático e divertido, ele proporciona risadas durante toda a aventura com seu jeito medroso e até um pouco dissimulado de ser. Suas animações são extremamente inspiradas quando está conversando com o professor, ou mesmo quando está explorando, dando muita vida ao personagem.
Os Toads, espalhados pelas mansões, são uma diversão à parte. Mais medrosos que o próprio Luigi, eles precisam ser transportados de um ponto a outro, enquanto você limpa os cenários dos temidos fantasmas. Se algum deles se aproximar do Toad, esse ficará correndo e gritando desesperadamente até que você o sugue com sua Poltergust para poder acalmá-los. E não fique irritado caso os perca pelo caminho, eles são crianças e têm metade do seu tamanho, quando estão juntos, você tem que seguir o ritmo deles.
Tudo tem muita personalidade no jogo, e com os fantasmas não poderia ser diferente. Além das gracinhas que eles fazem quando estão tentando te assustar, poder xeretar através de frestas nas paredes ou pelas janelas, e vê-los em ação sem saber que você está olhando representam os momentos mais inspirados do jogo.
As batalhas contra os chefes são inventivas e cada um tem sua forma específica de ser derrotado, fazendo com que o jogador descubra por conta própria a estratégia de cada um deles. Até conseguir você poderá perder alguns corações no processo, mas apesar de desafiadores e inteligentes, nenhum deles é impossível de ser derrotado, basta descobrir seus truques e usá-los contra eles.
O 3D do jogo é um espetáculo à parte. Arrisco dizer que é a melhor utilização já feita para o portátil. Perfeitamente calibrado, não irrita os olhos, mas também não é descartável a ponto de não percebermos. Ele está na medida correta e é uma ferramente essencial para a criação da atmosfera do jogo. Alguns cenários cheios de acessórios (e fantasmas) não teriam o mesmo apelo sem o efeito 3D.
Mesmo já sendo uma experiência completa, Dark Moon queria oferecer ainda mais, e o modo Multiplayer do jogo mostrou que ele era capaz disso. Com modos online e local, o multiplayer consiste em explorar uma torre de 25 andares e apresenta 3 modos distintos de jogo: Hunter, que consiste em caçar o máximo de fantasmas possível; Polterpulp, onde os jogadores têm que encontrar, com a ajuda da luz negra, osbjetos escondidos pelo cenário; e Rush, que como o nome não nega, é uma corrida contra o tempo.
O Multiplayer de Dark Moon é tão ousado que, no modo download play, em que apenas um dos jogadores tem o cartucho, se o host se desconectar da partida, os outros jogadores (sem o cartucho) podem continuar jogando.
Mas nem tudo são flores no jogo, Luigi's Mansion Dark Moon comete alguns erros precários durante sua trajetória. Um deles é a ausência de checkpoints durante as missões. Muitas delas são bem fáceis, mas algumas são extremamente grandes, e se você comete um erro e morre, tem que voltar desde o começo. Por sorte existe um sistema de continue no jogo, mas ele também está escondido e precisa ser encontrado antes que você resolva morrer.
Retornar às missões pode ser uma tarefa cansativa, uma vez que você tem que reviver toda a cutscene referente àquela missão específica. É claro que, a partir da segunda vez, você pode pular as cutscenes, mas se o jogo desse a entender que você está retonando ao lugar, e não revivendo a mesma cena, poderia contar como um ponto positivo.
Além disso, o jogo peca em alguns momentos pela falta de criatividade, porque sempre que você estiver com um objeto valioso em mãos, algum fantasma irá roubá-lo de você, e sua missão será perseguí-lo pela mansão até recuperar o objeto. Nas 2, talvez 3 primeiras mansões isso pode não vir a incomodar, depois se torna extremamente repetitivo e cansativo, demonstrando que faltou um pouco de originalidade na hora de criar essas situações. Muitas vezes quem pega seu item é o cachorro fantasma, e ele está só brincando, mas depois de um tempo ele passa rápido de "ah, que fofo" para "cachorro chato, devolve isso".
O jogo tem um design robusto, mas tem muitas texturas serrilhadas, e hoje em dia, com Resident Evil Revelations mostrando tudo o que o 3DS pode fazer, não existem mais desculpas para isso. Nem Super Mario 3D Land, que segue o mesmo estilo gráfico, tem tantas texturas mal acabadas assim. E Mario 3D Land tem sua cota de serrilhados. Mas de um modo geral, o jogo é bonito e colorido, mesmo contando com cenários mais escuros para aumentar o clima de suspense.
Nada que comprometa a aventura, porque Luigi's Mansion Dark Moon, além de ser divertido e desafiador, apresenta um fator replay elevado devido aos seus itens colecionáveis que você irá eventualmente querer voltar para recuperá-los. Até então, é o jogo do ano, uma grata surpresa para os donos de 3DS e indispensável para quem quer uma aventura de primeira qualidade, além de representar (muito bem, por sinal) o começo do Ano do Luigi. Se todos os jogos do Luigi, ou do Mario, mantiverem esse padrão de qualidade, teremos um ano próspero para a franquia dos Bros.
Dark Moon é uma continuação direta do primeiro jogo, e começa exatamente onde o anterior parou, com Luigi vivendo tranquilamente na casa que foi construída no mesmo terreno da mansão que dá nome ao jogo.
Recrutado pelo professor E. Gadd, Luigi é sugado para dentro da TV pelo pixelator até seu laboratório, quando descobre que o King Boo destruiu a Dark Moon, deixando os fantasmas do local fora de controle, e agora cabe ao herói bigodudo recuperar os pedaços da lua e resgatar o sossego de Evershade Valley.
O esquema de jogo continua o mesmo, e quem já se aventurou por Luigi’s Mansion no GameCube terá uma leve dose de nostalgia. Mas muita coisa mudou, agora o jogo está maior, mais diversificado, e de certa forma, mais bonito.
Munido de sua arma mais poderosa, a Poltergust 5000, Luigi tem que combater o mal com um aspirador e uma lâmpada. Pode não parecer, mas é o suficiente. Os controles utilizam todos os botões existentes no portátil, mas são simples e intuitivos e na maior parte do tempo você vai apenas aspirar e aspirar.
O jogo é composto por 5 mansões que compõe Evershade Valley, cada uma delas com cerca de 4 a 5 fases mais um chefe e uma missão extra que pode ser acessada caso você capture um Boo em cada missão.

Explorar os cômodos das diferentes mansões em Dark Moon é um desafio que o jogo propõe de forma inteligente, sempre testando o raciocínio lógico do jogador. muita coisa está escondida e se você quiser terminar o jogo com o inventário completo, terá que procurar com muita calma porque às vezes os segredos estão diante de seus olhos e você ainda não viu.
Dark Moon é um jogo completo. Maior que seu antecessor, apresenta uma variedade incrível de cenários, com mansões temáticas de gelo, areia, floresta, criando um universo rico e diversificado. Isso aliado a jogabilidade perfeita que o jogo apresenta, oferece uma experiência inesquecível ao jogador. Além disso, ainda conta com minigames escondidos que aumentam exponencialmente a diversão.
Luigi é um herói de primeira, e mostra que sabe ser o protagonista de sua própria aventura. Carismático e divertido, ele proporciona risadas durante toda a aventura com seu jeito medroso e até um pouco dissimulado de ser. Suas animações são extremamente inspiradas quando está conversando com o professor, ou mesmo quando está explorando, dando muita vida ao personagem.
Os Toads, espalhados pelas mansões, são uma diversão à parte. Mais medrosos que o próprio Luigi, eles precisam ser transportados de um ponto a outro, enquanto você limpa os cenários dos temidos fantasmas. Se algum deles se aproximar do Toad, esse ficará correndo e gritando desesperadamente até que você o sugue com sua Poltergust para poder acalmá-los. E não fique irritado caso os perca pelo caminho, eles são crianças e têm metade do seu tamanho, quando estão juntos, você tem que seguir o ritmo deles.
Tudo tem muita personalidade no jogo, e com os fantasmas não poderia ser diferente. Além das gracinhas que eles fazem quando estão tentando te assustar, poder xeretar através de frestas nas paredes ou pelas janelas, e vê-los em ação sem saber que você está olhando representam os momentos mais inspirados do jogo.
As batalhas contra os chefes são inventivas e cada um tem sua forma específica de ser derrotado, fazendo com que o jogador descubra por conta própria a estratégia de cada um deles. Até conseguir você poderá perder alguns corações no processo, mas apesar de desafiadores e inteligentes, nenhum deles é impossível de ser derrotado, basta descobrir seus truques e usá-los contra eles.
O 3D do jogo é um espetáculo à parte. Arrisco dizer que é a melhor utilização já feita para o portátil. Perfeitamente calibrado, não irrita os olhos, mas também não é descartável a ponto de não percebermos. Ele está na medida correta e é uma ferramente essencial para a criação da atmosfera do jogo. Alguns cenários cheios de acessórios (e fantasmas) não teriam o mesmo apelo sem o efeito 3D.
Mesmo já sendo uma experiência completa, Dark Moon queria oferecer ainda mais, e o modo Multiplayer do jogo mostrou que ele era capaz disso. Com modos online e local, o multiplayer consiste em explorar uma torre de 25 andares e apresenta 3 modos distintos de jogo: Hunter, que consiste em caçar o máximo de fantasmas possível; Polterpulp, onde os jogadores têm que encontrar, com a ajuda da luz negra, osbjetos escondidos pelo cenário; e Rush, que como o nome não nega, é uma corrida contra o tempo.
O Multiplayer de Dark Moon é tão ousado que, no modo download play, em que apenas um dos jogadores tem o cartucho, se o host se desconectar da partida, os outros jogadores (sem o cartucho) podem continuar jogando.
Mas nem tudo são flores no jogo, Luigi's Mansion Dark Moon comete alguns erros precários durante sua trajetória. Um deles é a ausência de checkpoints durante as missões. Muitas delas são bem fáceis, mas algumas são extremamente grandes, e se você comete um erro e morre, tem que voltar desde o começo. Por sorte existe um sistema de continue no jogo, mas ele também está escondido e precisa ser encontrado antes que você resolva morrer.
Retornar às missões pode ser uma tarefa cansativa, uma vez que você tem que reviver toda a cutscene referente àquela missão específica. É claro que, a partir da segunda vez, você pode pular as cutscenes, mas se o jogo desse a entender que você está retonando ao lugar, e não revivendo a mesma cena, poderia contar como um ponto positivo.
Além disso, o jogo peca em alguns momentos pela falta de criatividade, porque sempre que você estiver com um objeto valioso em mãos, algum fantasma irá roubá-lo de você, e sua missão será perseguí-lo pela mansão até recuperar o objeto. Nas 2, talvez 3 primeiras mansões isso pode não vir a incomodar, depois se torna extremamente repetitivo e cansativo, demonstrando que faltou um pouco de originalidade na hora de criar essas situações. Muitas vezes quem pega seu item é o cachorro fantasma, e ele está só brincando, mas depois de um tempo ele passa rápido de "ah, que fofo" para "cachorro chato, devolve isso".
O jogo tem um design robusto, mas tem muitas texturas serrilhadas, e hoje em dia, com Resident Evil Revelations mostrando tudo o que o 3DS pode fazer, não existem mais desculpas para isso. Nem Super Mario 3D Land, que segue o mesmo estilo gráfico, tem tantas texturas mal acabadas assim. E Mario 3D Land tem sua cota de serrilhados. Mas de um modo geral, o jogo é bonito e colorido, mesmo contando com cenários mais escuros para aumentar o clima de suspense.
Nada que comprometa a aventura, porque Luigi's Mansion Dark Moon, além de ser divertido e desafiador, apresenta um fator replay elevado devido aos seus itens colecionáveis que você irá eventualmente querer voltar para recuperá-los. Até então, é o jogo do ano, uma grata surpresa para os donos de 3DS e indispensável para quem quer uma aventura de primeira qualidade, além de representar (muito bem, por sinal) o começo do Ano do Luigi. Se todos os jogos do Luigi, ou do Mario, mantiverem esse padrão de qualidade, teremos um ano próspero para a franquia dos Bros.
Pontos positivos | Pontos negativos | Nota final |
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9,0 |