[Review] HarmoKnight
Por Angelo Mota
HarmoKnight é um jogo musical – exclusivo da eShop – desenvolvido pela Game Freak (reponsável pela série Pokémon) e traz todo o carisma que a empresa sempre soube empregar com maestria na série dos monstrinhos.
O jogo é simples em sua história e apresentação, isso se ajusta perfeitamente à casualidade de sua jogabilidade. A história é superficial e apresenta os personagens sem necessariamente adicionar um propósito a eles, mas apenas para que eles possam te ajudar na aventura. E isso não é ruim de forma alguma, mas confere identidade ao projeto.
Seu personagem é Tempo, e vocês vivem no mundo de Melodia. Junto do seu novo amigo Tappy, vocês devem impedir uma invasão do vilão Gargan que – pasmem – foi atrás da princesa do reino. É tudo o que você precisa saber.
Fazer um jogo musical pode parecer uma tarefa fácil, mas é mais complicado do que se imagina, porque ao mesmo tempo em que é fácil acertar apostando na simplicidade, também é muito fácil errar. E HarmoKnight comete muitos acertos, e alguns erros.
A jogabilidade é simples. B pula, A ataca. Seu personagem anda sozinho e o objetivo é chegar ao final da fase acertando o máximo de inimigos possível, coletando notas musicais sem tomar muito dano. Parece fácil, mas está longe disso. O momento de acertar os inimigos tem uma precisão de microssegundos, então você irá, por diversas vezes, acreditar que acertou, e se surpreenderá quando perceber que não. Isso será uma constante durante sua aventura no jogo.
Esse excesso de precisão ao mesmo tempo que confere uma dificuldade moderada ao jogo, deixando-o mais desafiador e interessante, também conta como ponto negativo pois apresenta um momento de "hit" alguns microssegundos antes do que o esperado, fazendo com que tenhamos que adaptar nossa percepção à realidade do jogo.
Esse excesso de precisão ao mesmo tempo que confere uma dificuldade moderada ao jogo, deixando-o mais desafiador e interessante, também conta como ponto negativo pois apresenta um momento de "hit" alguns microssegundos antes do que o esperado, fazendo com que tenhamos que adaptar nossa percepção à realidade do jogo.
Os chefes utilizam outros comandos como left e right, e alguns aliados que você encontra na aventura fazem uso do X, para deixar as coisas um pouco mais complicadas. Um dos atrativos das fases de chefe é que o jogo “canta” os movimentos antes de você executá-los, falando “left, right, hit, jump”, fazendo com que sua reprodução seja mais orgânica. Mas é também nas fases dos chefes está um dos maiores erros do jogo. Não existem corações espalhados por essas fases, assim como existem nas outras, não permitindo que você recupere sua energia depois de levar algumas porradas. E como todos os chefes são compostos por 2 estágios, se você morrer, sinto muito, volte ao começo e tente novamente. Um check-point quando muda de um estágio para outro já seria suficiente. Isso acaba desmotivando um pouco a partir da terceira ou quarta tentativa.
E para quem continua se perguntando “ah, quão difícil é repetir os comandos right, left, hit, jump?”. A resposta é: Nesse jogo, muito difícil, acreditem.
Sendo um jogo da Game Freak, era óbvio que fases inspiradas em Pokémon apareceriam no jogo, e elas fornecem um grau de nostalgia único para os fãs da série, com as músicas e os cenários inspirados nos monstrinhos. Essas fases precisam ser liberadas, mas não é um desafio impossível.
O jogo é bonito e colorido, e o 3D muito bem feito e inspirado, especialmente nas boss stages, quando o ângulo da câmera sai do modo plataforma 2D.
As músicas são gostosas de ouvir, mas de uma forma geral, pouco inspiradas. Apresentam muita repetição de ritmos, deixando a jogabilidade um pouco enjoativa. São melodias cativantes, mas não ficam na cabeça. Uma ou outra talvez. Já as músicas das fases Pokémon, por serem releituras das músicas marcantes do jogo, oferecem um grau maior de encantamento e imersão. Isso não quer dizer que as músicas do jogo sejam ruins, muito pelo contrário, são melodias gostosas que combinam perfeitamente com o clima cartunesco do jogo, mas faltou diversificar um pouco.
As músicas são gostosas de ouvir, mas de uma forma geral, pouco inspiradas. Apresentam muita repetição de ritmos, deixando a jogabilidade um pouco enjoativa. São melodias cativantes, mas não ficam na cabeça. Uma ou outra talvez. Já as músicas das fases Pokémon, por serem releituras das músicas marcantes do jogo, oferecem um grau maior de encantamento e imersão. Isso não quer dizer que as músicas do jogo sejam ruins, muito pelo contrário, são melodias gostosas que combinam perfeitamente com o clima cartunesco do jogo, mas faltou diversificar um pouco.
O jogo tem mais de 50 fases, sendo 6 especiais de Pokémon, e garante pouco mais de 4 horas de jogabilidade do começo ao fim. Mas com o fator replay em aproximadamente 100%, a aventura terá vida longa nas mãos daqueles que quiserem se superar, até porque o jogo - em certo momento - libera um modo novo em que você pode revisitar todas as fases com a música um pouco mais acelerada, aumentando ainda mais sua dificuldade.
Em seu lançamento, HarmoKnight foi classificado como o jogo mais caro da eShop (custando R$25,00 na eShop Brasil), mas é um dinheiro bem gasto, pois é um jogo completo, que garante horas e horas de fofura, diversão e principalmente desafio para quem resolver se aventurar pelo mundo de Melodia.
Pontos positivos | Pontos negativos | Nota final |
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9,0 |