[Matéria] Como será o futuro do Wii U?
Por André Aranovich
Já fazem quase 7 meses que o Wii U foi lançado nos EUA. Suas vendas estão por volta dos 3,5 milhões de unidades vendidas, algo relativamente baixo para qualquer console. Com poucos títulos de peso, o primeiro console HD da Nintendo deveria mostrar na conferência, que ocorreu dia 11 de junho, a cartada final de por que trocar o abandonado Nintendo Wii por um Wii U.
Como títulos para mostrar quem é que manda na conferência, a Nintendo mostrou os novíssimos Mario Kart 8, Super Mario 3D World, Super Smash Bros. e Donkey Kong Contry Tropical Freeze. Jogos que com certeza serão bons, mas todos são mais do mesmo. Pelo que foi dito pelos jornalistas que foram na E3, os títulos utilizam de uma forma muito rasa o GamePad, o que transforma os jogos listados anteriormente em versões HD das séries da Nintendo. Para qualquer pessoa que não seja fã fervoroso da gigante japonesa, será difícil optar pelo Wii U como console da geração.
A maioria dos jogos listados para a nova geração que serão multiplataforma não aparecerão no Wii U: Kingdom Hearts III, Final Fantasy XV, Mad Max, The Crew, Mirror's Edge 2. Alguns outros que estão nessa mudança de geração e serão lançados somente para PS3/X360 e para PS4/XONE também não darão suas caras no Wii U: Battlefield 4, Diablo III, Destiny, Killer is Dead e Metal Gear 5: Phatom Pain são apenas alguns exemplos de vários. Fora que o Wii U não recebeu alguns títulos de peso que foram lançados depois dele, como Metal Gear Rising e BioShock Infinite. Provavelmente por falta de um hardware mais poderoso ele já será excluído da "nova geração" da mesma forma que o Wii foi excluído em relação ao X360 e o PS3. E por conta de ter que adaptar um jogo para fazê-lo rodar com o GamePad, jogos que rodariam facilmente no console também estão sendo deixados de lado. Com essas duas vertentes, dificilmente o Wii U irá vender para o público dito hardcore.
Se o Wii foi o console que mais vendeu na sétima geração, foi por um motivo, inovação. O controle de movimento trouxe a curiosidade de vários jogadores quem foram denominados de "casuais", o problema é que esse tipo de jogador não acompanha o mundo dos games. Certamente a maioria deles não conhece o Wii U ou então pensa que é somente mais um acessório bobinho do Nintendo Wii. É mais difícil chamar esse público novamente para comprar o console, e como foi dito no primeiro parágrafo, os jogos até agora não mostraram que é realmente essencial ter o GamePad para se divertir, não trazendo a curiosidade que convocou os casuais do Wii.
Obviamente nem tudo está perdido para a Nintendo, temos X, da Monolith Software, Bayonetta 2, The Wonderful 101, The Legend of Zelda: Wind Waker HD e os títulos anunciados na conferência. Mas só isso não chama ninguém para um console, além dos fãs das franquias referidas, é claro. Aparentemente a Nintendo vai se mostrar no mesmo estado que esteve desde o Nintendo 64, fora de uma corrida com multiplataformas, vivendo de seus exclusivos somente, só que dessa vez sem as vendas absurdas do console como aconteceu no Wii, veremos algo mais parecido com o Nintendo GameCube, que deixou a empresa em uma situação bem apertada.