Nintendo - 29/06/2013

[Retrô] [NGC] Prince Of Persia - The Sands Of Time


A franquia Prince of Persia surgiu em 1989 criada pela engenhosa mente de Jordan Mechner. O jogo original foi lançado para Apple II e DOS. O jogo fez muito sucesso, criou várias regras, quebrou certos paradigmas que existiam em sua época e conquistou um público gigantesco. De lá para cá algumas continuações saíram, releituras também foram criadas, ports saíram aos montes. Até o início dos anos 2000, a franquia não estava tão bem assim. Depois do fracasso de Prince of Persia 3D em 1999, a franquia tinha todos os motivos para cair no limbo por um tempo, mas graças à Ubisoft isto não aconteceu.

O surgimento das Areias do Tempo

Com os direitos autorais da franquia em mãos, a Ubisoft deixou à cargo da subsidiária de Montreal, a responsabilidade de revitalizar a franquia. O projeto criou vida em 2001, mas ele só se tornou prioridade por parte da Ubisoft mesmo, quando o criador da franquia, Jordan Mechner, se juntou à equipe de criação do novo jogo. O jogo chegou ao poderoso Cubo da Nintendo em 2003, e naquele ano, os jogadores possuidores de um Game Cube puderam apreciar um dos melhores jogos do extenso acervo do grandioso Cubo da Nintendo.


A história 

Para criar a história de The Sands Of Time, os produtores fizeram um extenso estudo. Da literatura, com o livro As Mil e Uma Noites, assim como vários filmes de Hollywood, os produtores tinham o intuito de descobrir todos os clichês do gênero. Com isso em mente, vamos para a história então.
O rei Shahraman e seu filho (nosso protagonista, sem nome) invadem à Índia, e numa sangrenta batalha, conquistam todo o reino que existia por lá sequestrando a filha do marajá indiano, Farah. Vizier, conselheiro do pai de nosso querido protagonista, sabe da existência da Adaga do Tempo e sua Ampulheta do Tempo (assim como o segredo da imortalidade, guardando o segredo apenas para si). Para selar um acordo entre os dois reinos, o marajá indiano decide presentear o pai do protagonista com a famigerada adaga. Durante o encontro, algo inesperado acontece: Vizier surpreende a todos cometendo um ato de traição e seu terrível plano é posto em prática. Nosso querido Príncipe ativa, sem o conhecimento, as Areias do Tempo, e com isso, todos os habitantes do palácio  se transformam em seres amaldiçoados. Nosso Príncipe acaba desmaiando durante tal acontecimento. Ao acordar, o Príncipe descobre que Farah roubou a adaga de sua mão e descobre também que ela havia lhe deixado um medalhão, protegendo-o da maldição. Farah explica ao príncipe que pretende ir sozinha restaurar o caos que o palácio se tornou e derrotar Vizier. Ao ouvir isso (óbvio), o Príncipe se recusa que ela vá sozinha e decide ajudá-la. Os dois partem para desvendar o palácio, derrotar Vizier e restaurar a maldição que cobriu o palácio. E assim temos inicio ao jogo.


A jogabilidade

Nessa empreitada os produtores também se prepararam com afinco. Eles tinham em mente que o Prince Of Persia original havia criado um padrão dentro do gênero ação/plataforma e para que The Sands Of Time se tornasse sucedido, eles tinham que colocar no jogo tudo aquilo que tinha de atual dentro do gênero no mercado. A influência de Shinobi, Devil May Cry, Tomb Raider, Ninja Gaiden entre outros jogos é bem notável. Para criar o universo de The Sands Of Time, Jordan Mechner se inspirou em ICO (sendo que os criadores de ICO se basearam no Prince Of Persia original para criarem o jogo).  A câmera do jogo teve também influências do cinema e por isso podemos encontrar quatro tipos, sendo eles: câmera livre, câmera de combate, visão em primeira-pessoa e câmera fixa alternativa, tudo isso tornando a movimentação do protagonista bem fluída e sem muitas irritações.
Outro fator interessante que encontramos no jogo é a utilização da Adaga. Com o recurso de voltar alguns instantes no tempo dentro da jogabilidade, ou seja, se você errou uma jogada para resolver algum puzzle, fique tranquilo, é só ativar o recurso da adaga e pronto, tudo está resolvido. Mas não só nos puzzles usa-se a adaga. O sistema de combates também permite isso. Com várias estratégias liberadas ao longo da jogatina, a possibilidade de usar o recurso do tempo nas batalhas tornou a jogabilidade muito divertida e criativa. Criar estratégias de luta com os recursos da adaga, sem dúvidas foi uma adesão muito bem vinda ao jogo.  É claro que tais recursos diminuíram bastante a dificuldade do jogo em si, mas mesmo assim nada que comprometesse a experiência final.
Na questão dos puzzles, o jogo está recheado deles! Muito bem elaborados, alguns mais fáceis de solucionar outros nem tanto, solucionar cada um deles no decorrer da jogatina é outro mérito que o jogo possui! Jogar Prince Of Persia - The Sands Of Time é prazeroso do começo ao fim!

 

 

The Sands Of Time e o cinema

Como todo game que faz sucesso hoje em dia acaba indo para às telonas, com The Sands of Time o caso não foi diferente. Lançado em 2010 e dirigido por Mike Newell (que fez também Quatro Casamentos e   um funeral, Donnie Brasco, Harry Potter e o Cálice de Fogo e Amor nos Tempos do Cólera), Príncipe da Pérsia - As areias do Tempo (título oficial em português), teve também a colaboração de Jordan Mechner no roteiro. É claro que para quem jogou e anos depois foi ao cinema assistir o filme, é claro que encontrou (muitas) diferenças. Mas discutir sobre as diferenças não é o mérito aqui, até por que são duas manifestações artísticas diferentes. Ou seja, o que funciona bem em uma pode não funcionar bem em outra e assim sucessivamente. Mas o que quero deixar claro aqui é:  o cinema tem se preocupado mais com a qualidade das adaptações dos games. Sim, o filme Príncipe da Pérsia não é perfeito, mas ele é bastante divertido (e bem melhor do que quase todas as adaptações que surgiram anteriormente até aquele momento), e mais, quem jogou sabe que é possível identificar muitos elementos da jogabilidade do jogo dentro do próprio filme quando falamos em puzzles. Príncipe da Pérsia -  As Areias do Tempo não é de todo o filme da vida de alguém, mas vale a pena ser conferido pelos fãs da franquia/jogo.


Prince of Persia até o fim!

O jogo na época fez muito sucesso, o que gerou mais duas continuações, que mais tarde ficaram conhecidos como The Sands Of Time Trilogy. Mas não se preocupe, The Sands Of Time é um jogo tão divertido que seu final é fechado, ou seja, você não vai ficar desesperado para querer jogar o segundo. Por isso, caro leitor, não deixe de conferir esta pérola que saiu para o potente Cubo da Nintendo. Desvende as Areias do Tempo e se torne o Príncipe da Pérsia até o fim!

Confira abaixo um pouco da jogabilidade do game e assista ao trailer do filme:


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