[Review] Project X Zone
Por André Aranovich
Após uma grande novela sobre seu lançamento ocidental, Project X Zone mostrou suas várias caras de puro fanservice no ocidente. O jogo é um RPG tático desenvolvido pela Monolith Soft com vários personagens conhecidos (e desconhecidos) de três grandes desenvolvedoras de jogos, Namco Bandai, SEGA e Capcom.
O jogo continua a história do jogo de PlayStation 2, Namco X Capcom, que só foi lançado no Japão. Algumas pessoas irão ficar perdidas em algumas citações e aparições que possuem relação com o título anterior, mas não é nada que afetará o desenvolver do jogo em si. Para alguém aproveitar o jogo em seu total e se divertir com as dezenas de personagens que são mostradas é necessário um conhecimento no universo de jogos de uma forma muito extensa (Ou pelo menos dos universos dessas três desenvolvedoras). Rostos conhecidos como Ryu e Ken, de Street Fighter, se misturam com Haken e Kaguya. de Endless Frontier, que não possuem tanta popularidade. Mesmo assim, conhecendo cerca de 50% do elenco já dá ter uma boa dose de diversão. Infelizmente a história do jogo se torna desprezível, pois é mais divertido ver as diferentes personalidades interagindo do que o desenrolar da trama em si (Que é muito fraca, diga-se de passagem), diferente de outros RPGs táticos que possuem a história como o "grande motor" da progressão.
O jogo possui duas fases na hora de lutar, inicialmente vemos um RPG tático com tudo que se deve ter, um campo dividido em vários segmentos para poder se mover, possibilidade de iniciar um ataque, utilizar itens e habilidades. Porém, quando começamos uma batalha, a unidade que estamos controlando é transportada para um plano 2D com um fundo 3D e precisamos dar um comando para que a unidade realize um combo com movimentos típicos do próprio jogo de origem. Todas as animações criadas foram feitas com muito amor de suas produtoras, vemos perfeitamente os combos de Street Fighter e a sequência de tiros dos personagens de Sakura Wars. Quando uma unidade está perto de outra é possível pedir ajuda para que ambas participem da luta, que somando com um personagem de suporte, criam-se momentos em que até 5 personagens estão juntos no campo utilizando golpes impressionantes. Um trabalho muito bem feito pois não é possível ver em momento algum durante esses combos qualquer chance de slowdown.
As músicas são todas remixadas das várias séries que fazem parte do crossover. Trazendo boas lembranças para quem as conhece. O maior problema disso é que a música troca de uma maneira muito frequente, obrigando a jogar mais calmamente e evitando usar certos ataques para poder ouvir uma faixa específica. Continuando o assunto sobre o áudio, de uma forma inteligente a produtora preferiu cortar gastos e deixou todas falas que foram dubladas em sua versão original (Japonês). Se esse é um ponto positivo ou negativo, depende de quem está lendo. Contudo é uma decepção forte saber que o tema de abertura foi alterado para uma música bem fraca, algo muito estranho para um jogo que optou por deixar todas vozes em japonês. Fica abaixo a abertura do jogo em sua versão nipônica para quem quiser conferir e comparar depois:
Os extras do jogo se resumem em um database muito bem-vindo explicando um pouco sobre todos os personagens e termos presentes no jogo. Algo útil para as pessoas que gostaram de certo personagem mas não sabem de que série ele veio.
Em suma, o jogo é um fanservice total e vale a pena ser adquirido por quem gosta dos personagens presentes ou do gênero RPG tático. Não é todo dia que vemos um título desses sendo lançado em inglês, apesar que a história não vale muita coisa o jogo foi muito bem construído e é possível perder um tempo considerável jogando-o.
Pontos positivos | Pontos negativos | Nota final |
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8,0 |