Há 15 anos atrás, em uma época onde a Internet ainda gatinhava no Brasil, a mídia impressa se mostrava a principal fonte de informação de jogadores de video-game dos anos 90.
Naquela época, a Nintendo já tinha raízes no mercado nacional, sendo representada pela Gradiente e tendo o serviço de Power Line gratuito para seus consumidores - porém, não havia uma revista com foco na Nintendo no país. No exterior, a Nintendo Power se mostrou um grande sucesso, e até mesmo revistas nacionais, como a Ação Games e a Game Power, que também tinham conteúdos da Nintendo, eram muito bem vendidas no país.

O projeto da Nintendo World começou em 1998, com André Forastieri (responsável pela publicação da revista Herói) entrando em contato com a Nintendo of America e a Gradiente. Um mock-up da revista foi criado, mostrando a proposta do projeto e a experiência que ela passaria para o consumidor.
Com a aprovação, a primeira edição da Nintendo World foi as bancas pela editora Conrad com uma equipe de ouro, que incluíam Pablo Miyazawa (já trabalhou na Power Line, e hoje é editor da Rolling Stones do Brasil) e Eduardo Trivella. A revista trazia artigos sobre os principais jogos para o Nintendo 64, Super Nintendo e Game Boy, e é muito rara de ser encontrada hoje em dia (uma alma caridosa fez a boa ação de publicar uma edição digital na internet, acessível pelo link)


Quando o Game Cube foi lançado, a revista cobriu diretamente diversos especiais sobre o console, e durante certa de 60 edições, o GC esteve presente nos artigos da revista, mesmo depois do lançamento do Nintendo Wii.
A revista acabou passando por algumas crises, chegando a ser publicada a cada dois meses, e mudando de editor no meio do caminho. Hoje, a ela é publicada mensalmente pela Tambor, e teve sua edição comemorativa de 15 anos lançada neste mês, disponível nas bancas.


A Nintendo World representa muito para este grupo, e é uma influência para nossos colaboradores em diversos aspectos. Já fomos citados em algumas edições, o que foi o suficiente para fazermos um alvoroço e até irmos comemorar em um bar.
É por isto que chamamos alguns membros da equipe para dar seu parecer sobre sua experiência pessoal com a revista:

Eu vivi em uma época que eu ganhava R$ 10 por mês de meu pai para comprar alguma coisa que queria - normalmente, eu gastava esse dinheiro na banca com revistas, que incluíam a Nintendo World. Desde pequeno, eu acompanho a revista, e tinha uma grande coleção em casa, das quais não sei se minha vó as deu para crianças carentes ou as fumou.
Adoro a maneira como os artigos são escritos, e tento aprender enquanto leio as revistas. Sempre vejo quem é o autor do artigo, e assimilo sua forma de escrita para tentar identificar no futuro.
Sou fã da seção "Fantasmas do Passado", e a edição que eu mais gosto é a que trazia o detonado de Pokémon Fire Red e Leaf Green, com uma capa fosca da cor cinza, dando a impressão de ser metálica (a edição de 6 anos da revista). Achava ela linda, e emprestei para vários amigos. - Mario Toledo (este que vos escreve)

Provavelmente pela minha idade, a minha época de ouro da Nintendo World é diferente da do resto do pessoal (Eu li muito entre 2005-2006), mas nem por isso ela é menos importante. Acho que ela tomou um papel muito importante na forma de me viciar no quesito Nintendo, não era sempre, mas quando tinha um especial sobre alguma série específica eu conseguia ler um compilado de informações sobre as séries de video-game em português, e isso sem sombra de dúvidas me fazia sentir muita vontade em querer jogar aqueles jogos. Essa foi a forma que eu achei para me introduzir nesse mundo tão vasto sobre os video-games de uma forma simples, e deixando, obviamente, um gosto especial pela marca Nintendo.
Com toda certeza sem a Nintendo World eu não teria me tornado o "gamer" que sou hoje, e provavelmente não teria lido tantas coisas quanto eu li hoje. Obviamente sem a minha vontade de querer entrar nesse mundo, nada disso seria possível, mas esse ponta-pé inicial que a Nintendo World me deu foi de suma-importância. Feliz aniversário para essa revista tão querida! - André Aranovich

Em 1999 eu era um garoto de 10 anos que tinha um Nintendo 64 e só conhecia os jogos que a locadora perto de casa tinha a disposição. Um dia, voltando da escola, parei na banca de jornal no caminho e uma revista me chamou a atenção. A capa era da edição nº 7 com primeiro Mario Party de N64, e com ele percebi que meu gosto pelo Snes e pelo N64 eram mais que uma simples preferencia, eu havia me tornado um fã da Nintendo, e daí pra frente comecei a comprar todas as edições da revista.
Algo que me cativou muito na Nintendo World foi que, com os passar dos meses, eu ia crescendo e via a revista amadurecendo no mesmo ritmo, nunca achei as publicações bobas ou infantis, mas também eram super agradáveis de se ler. Fora que era incrível pegar um jogo analisado pela equipe da revista, e ao jogá-lo, ter uma experiência bem próxima da qual o redator descreveu.
Minha edição favorita foi a Nº 25, aniversário de 2 anos, com a cobertura da Space World e varias informações do GBA e do Gamecube, foi a primeira vez que senti um verdadeiro “hype” - Rafael Farias

Minha primeira experiência com a Nintendo World foi quando saiu a edição de n.º 26. Naquela época eu era um frequentador assíduo do antigo e saudoso universo das locadoras. Como era a minha mãe quem comprava e alugava os games para mim, eu só tinha contato com as revistas de games dentro das locadoras. O dono da locadora que eu frequentava comprava várias revistas, e numa das vezes fui vasculhar por uma revista para ler e que fizesse o tempo passar mais rápido (afinal eu estava esperando a minha vez para jogar uma hora de Super Mario 64 no Nintendo 64 da locadora), e foi nesse instante que me deparei com esta querida edição! A quantidade de informações me deixou enlouquecido e muito empolgado para jogar as versões Gold/Silver de Pokémon. Como naquela época já passava o anime na tevê, a minha alegria de criança foi ao extremo! Depois desse dia, eu ia à locadora só para poder ler mais um pouco da revista e saber mais sobre os jogos que estavam naquela edição. Graças a Nintendo World foi que eu consegui o meu Game Boy Color (depois de pedir insistentemente para minha mãe) e o tão estimado Pokémon Silver! Depois desta edição foi que eu passei a comprar a revista e a acompanho até hoje. Já dei muita risada, já chorei (de alegria), me cativei com vários games que eu jamais pensaria em jogar, acompanhei várias transições de um console para o outro, já usei muitos detonados publicados pela revista e tive meu conhecimento gamer aumentado! Tudo devido a Nintendo World! A Nintendo World me tornou mais fã da Nintendo, e muito daquilo que vivi e ainda vivo, devo agradecer à Nintendo World por tudo aquilo que ela fez e ainda faz por nós gamers. - Caio Gomes

A N-Party felicita a Nintendo World por seus 15 anos de existência, e esperamos que venham mais 15 anos de conteúdos nintendistas!