[Especial] A Evolução de Pokémon - 5ª Geração
Por André Aranovich
Ao longo dessas últimas semanas, relembramos as principais novidades que apareceram em cada geração da série Pokémon. Seguindo a ordem, agora é a vez da quinta geração, que encerrou de maneira soberba a "Fase DS" da série.
A quinta geração foi sem sombra de dúvidas a geração mais corrida da série. Nunca havia sido visto antes duas gerações serem lançadas para uma mesma geração de portáteis - a geração metálica não era compatível com o Game Boy, para efeito de comparação - além disso, já haviam anunciado a existência de um novo portátil que sucederia o Nintendo DS. Com isso, a surpresa que o Nintendo DS continuaria como palco principal das aventuras do universo de Pokémon foi grande.
Essa velocidade no desenvolvimento acabou não saindo impune e todos os amantes da quinta geração sentem um vazio pela falta de suporte em consoles de mesa, ela nunca recebeu um equivalente da série Stadium para que se pudesse ver os novos Pokémon em gráficos mais agradáveis aos olhos. Nem mesmo uma atualização para aplicativo "My Pokémon Ranch", de Nintendo Wii, foi uma preocupação da Nintendo. Com todo esse descaso a quinta geração teve que mostrar todo seu potencial somente com a ajuda do portátil. E nisso ela mostra o que fez de melhor.
Gráficos com um pé no ocidente
O palco das aventuras de Pokémon Black & Pokémon White (Chamados de Pokémon BW daqui para frente) é o continente de Unova, um continente que é muito distante de todos os outros que foram vistos até então. Isso explica (E é uma ótima desculpa) porque não existe nenhum Pokémon conhecido pelos fãs da série andando livremente por esse continente. O mapa dessa região foi baseado no estado de Nova Iorque, com suas fábricas, áreas altamente povoadas e pequenas zonas rurais. Esse também foi o primeiro mapa a não ser baseado em uma região japonesa.
Não foi dessa vez que a quinta geração foi parar na tela da televisão.
Gráficos com um pé no ocidente
O palco das aventuras de Pokémon Black & Pokémon White (Chamados de Pokémon BW daqui para frente) é o continente de Unova, um continente que é muito distante de todos os outros que foram vistos até então. Isso explica (E é uma ótima desculpa) porque não existe nenhum Pokémon conhecido pelos fãs da série andando livremente por esse continente. O mapa dessa região foi baseado no estado de Nova Iorque, com suas fábricas, áreas altamente povoadas e pequenas zonas rurais. Esse também foi o primeiro mapa a não ser baseado em uma região japonesa.
Na primeira imagem, mapa da região de Unova. A segunda imagem é uma artwork de Castelia City e ao lado é a cidade de Nova Iorque, local em que foi inspirada a Castelia City.
Aproveitando a ambientação completamente diferente, a Nintendo aproveitou o que aprendeu com o portátil durante todo seu tempo de vida e alterou de maneira substancial o visual da série, mas mesmo assim todos que queriam um visual semelhante ao de Dragon Quest Monster: Joker não foram atendidos e receberam gráficos em um 2D-3D muito fluído. Os sprites dos personagens no "open world" do jogo receberam um esticão vertical e ganharam um pouco de altura, finalmente estávamos livres dos bonecos achatados que estavam na série desde seu início. Junto com essa reformulação, a Nintendo ousou um pouco mais nas moradias que já possuíam um efeito 3D na quarta geração e criou vários cenários que abusavam desse efeito e utilizavam diferentes perspectivas da câmera para sempre mostrar um ângulo sensacional. A primeira visita na Skyarrow Bridge ou ao adentrar em Castelia City são inesquecíveis e com toda certeza, um marco no coração dos fãs.
Imagens da Skyarrow Brigde e Castelia City, respectivamente.
O visual dentro das batalhas também recebeu um belo upgrade, agora não víamos somente uma parte de trás do Pokémon cortada pelo balão de fala, mas sim seu corpo completo e, pasmem, em movimento. Algo que parece bobo de início mas certamente deu um sopro de vida bem maior para as batalhas. Se houve algum mal nesse upgrade, é que várias pessoas não gostaram dos pixels estourados dos Pokémon saltando na tela do Nintendo DS, infelizmente esse foi o preço a se pagar pela escolha do visual 2D animado.
Novidades de todos os tipos
Pokémon BW também tenta alterar um pouco o padrão dos vilões da série. Normalmente a "equipe do mal" quer achar o Pokémon Guardião para destruir o mundo, no geral a equipe Plasma não muda muito disso também, mas o personagem principal da equipe vilã, N (Natural Harmonia Gropius, para os mais íntimos), além de se tornar mais um rival do protagonista, faz algumas indagações do porquê dos humanos "bonzinhos" terem que usar PokeBalls para ficarem com seus amados parceiros, já que eles, teoricamente, possuem uma relação harmoniosa. Esse é um dos toques mais adultos na série Pokémon até os dias atuais e deu uma boa desvinculada com os antigos vilões "quero dominar o mundo porque eu sou mal" que já estão desgastados no mundo dos jogos.
Pokémon BW também tenta alterar um pouco o padrão dos vilões da série. Normalmente a "equipe do mal" quer achar o Pokémon Guardião para destruir o mundo, no geral a equipe Plasma não muda muito disso também, mas o personagem principal da equipe vilã, N (Natural Harmonia Gropius, para os mais íntimos), além de se tornar mais um rival do protagonista, faz algumas indagações do porquê dos humanos "bonzinhos" terem que usar PokeBalls para ficarem com seus amados parceiros, já que eles, teoricamente, possuem uma relação harmoniosa. Esse é um dos toques mais adultos na série Pokémon até os dias atuais e deu uma boa desvinculada com os antigos vilões "quero dominar o mundo porque eu sou mal" que já estão desgastados no mundo dos jogos.
Tanto o Dream World quanto o N possuem artoworks que não poderiam deixar de entrar nesse especial.
Também houve a aparição da área chamada de Entralink, mas antes de explicar isso é melhor entender outra coisa antes. Na quinta geração as diferenças entre as versões aumentou ainda mais, pois além de cada uma possuir uma lista de alguns Pokémon exclusivos, criou-se também uma cidade exclusiva de cada versão. A White Forest e a Black City para o White e Black, respectivamente, e diferente de todos as outras localizações da série, o jogador é uma ferramenta necessária para fazer a cidade crescer. Voltando agora para o Entralink, ele é uma área na parte central do continente de Unova que permite o jogador acessar a Entree Forest para capturar os Pokémon que foram obtidos através do Dream World e também visitar a cidade de outros jogadores através de uma conexão wireless. Quando um jogador entrava na cidade exclusiva do outro, era possível "recrutar" as pessoas da cidade do outro para a sua própria, fazendo a Black City/White Forest crescer.
Black City e White Forest, primeiras cidades que são exclusivas de cada versão.
Para substituir o Pokémon Contest das gerações anteriores, entrou o Pokémon Musical, onde é possível colocar alguns penduricalhos no Pokémon e fazê-lo dançar em uma competição de música ao lado de outros Pokémon controlados pelo NPC.
Para variar mais um pouco a vida dos jogadores do metagame foram criados também as Triple Battle e Rotation Battle. Em ambas batalhas são utilizados três Pokémon simultaneamente, como explicar como essas batalhas funcionam é bem problemático, vai um vídeo de cada uma delas para que todos notem as diferenças sem maiores problemas:
Triple Battle:
Rotation Battle:
Pokémon Black 2 & Pokémon White 2 - Um show de fanservice
E essas foram as novidades com Pokémon BW. A quinta geração teria acabado aqui, já existia o 3DS e todos só pensavam em um novo Pokémon em 3D, agora só faltava a mais que certa versão "Gray" e tudo se encerraria. Todos, agora, sabem que não foi bem assim, pela primeira vez a série principal não recebeu sua junção em uma terceira versão um pouco melhorada mas sim uma sequência numerada, para a surpresa de todos, o aparecimento de Pokémon Black 2 & Pokémon White 2 (Pokémon BW2, daqui para frente).
A história de Pokémon BW2 acontece dois anos após tudo que aconteceu em Pokémon BW, então algumas coisas mudaram. A equipe Plasma não incomoda mais ninguém e acabou sendo desfragmentada em duas facções com ideais opostos, Cheren, um dos rivais de Pokémon BW, virou um Gym Leader de Pokémon tipo normal e a Iris (Gym Leader tipo dragão que só era enfrentada em Pokémon Black) tornou-se campeã da Elite 4, por exemplo. Além disso tudo, todas essas peças importantes na história lembram de um treinador que mudou a vida de muita gente e que agora estava desaparecido (Que no caso é o protagonista de Pokémon BW). Todas essas alterações na história deixaram um mundo muito mais verossímil, contrapondo aquela repetição na história com apenas alguns adendos que ocorria em Pokémon Yellow, Crystal, Emerald e Platinum.
Cheren e Bianca em Pokémon BW e depois em Pokémon BW2, respectivamente
Ainda era possível trazer suas "memórias" de tudo que aconteceu em Black & White para Black 2 & White 2 com o Memory Link. Com isso eram liberadas algumas cenas extras que mostram o que os personagens principais da trama fizeram durante esses dois anos que se passaram, isso também substituía todas menções de "treinador que passou por nós" para o nome do seu protagonista em Pokémon BW.
Como todo esse fanservice não era o suficiente para a maioria dos jogadores da franquia, foi adicionado algo maior ainda. Para substituir a Battle Frontier dos anteriores, foi feito o Pokémon World Tournament. Um campeonato que pode ser repetido inúmeras vezes para ganhar Battle Points lutando contra todos os Gym Leaders e Champions dos jogos anteriores da franquia, realizando o sonho de muitos em ver tantas figuras conhecidas e adoradas em um lugar só. Além disso a área do PWT reuniu o Move Deleter, o Move Reminder e mais alguns Move Tutors dentro de um local só. Só faltou mais alguns Move Tutors que estão espalhados pelas cidades para esse ser o local favorito daqueles que jogam o metagame pela simples comodidade de ter tudo isso em um lugar só.
Várias rostos familiares reunidos em um só lugar, o melhor dos fanservices
Em cima: Join Avenue e suas várias lojas. Embaixo: Pokéstar Studios e sauas roupas exóticas
Para os possuidores do Nintendo 3DS, é possível comprar o Pokémon Dream Radar, software que foi criado provavelmente como um "pedido de desculpas" da Nintendo de não haver nenhuma compatibilidade de jogos extras com a quinta geração. Onde o jogador, utilizando a câmera do portátil, deveria caçar entre várias nuvens para capturar as versões Therian de Thundurus, Tornadus e Landorus. É possível conseguir algumas shards nesses jogos, mas o trabalho de ficar balançado o Nintendo 3DS para cima e para baixo como um bobo não parece compensar tanto assim.
A geração de Black/White realizou muitos feitos importantes para o universo de Pokémon e de forma alguma deve ser menosprezada perante as outras gerações, nenhuma mudança foi drástica pois o portátil continou sendo o mesmo de Diamond & Pearl, mas para algo que já se dava como finalizado (A série Pokémon no Nintendo DS), a geração Black/White mostrou que sempre dá para melhorar um pouco mais. Ainda é difícil falar o que será deixado para as próximas gerações da série, mas a quinta geração possui uma boa dosagem de conteúdo para deixar para os seus sucessores.
Não perca na próxima semana um texto com a expectativas de vários membros da N-Party sobre a 6ª geração.