[Especial] It's-a Me - Super Mario Galaxy
Por Angelo Mota
Depois de duas aventuras incríveis no mundo dos polígonos 3D, com o icônico Super Mario 64 e o belo e ensolarado Super Mario Sunshine, a série do bigode foi pro espaço... literalmente.
Tentando fazer o máximo que o Wii podia oferecer, com seus incríveis controles de movimento, a Nintendo precisava criar algo novo, diferente, algo que nunca havia sido tentado antes. E o fruto dessa experiência foi um jogo que seria lembrado por muito tempo, e posso arriscar dizer que ele será venerado ainda por muitas gerações que virão daqui pra frente: Super Mario Galaxy.
Tentando fazer o máximo que o Wii podia oferecer, com seus incríveis controles de movimento, a Nintendo precisava criar algo novo, diferente, algo que nunca havia sido tentado antes. E o fruto dessa experiência foi um jogo que seria lembrado por muito tempo, e posso arriscar dizer que ele será venerado ainda por muitas gerações que virão daqui pra frente: Super Mario Galaxy.
Te desafio a ser um fã da Nintendo, dono de um Wii, e não ter ficado com os olhos arregalados e brilhando quando visualizou a primeira cena do jogo, com Mario entrando no festival do reino do cogumelo. Cores vivas, uma linda música orquestrada, estrelas cadentes, muitos Toads, Mario correndo pelo cenário de forma fluída. Presenciar aquela cena inicial marcou para sempre a vida de qualquer fã da franquia. Tudo isso para dar um pequeno gostinho do que estava por vir.
Logo no começo somos apresentados a uma história incrível, em que Bowser - aliado a misteriosos alienígenas - resolve sequestrar Peach em grande estilo, levando todo o castelo, com tudo o que havia dentro, para o espaço. Mario tenta salvar sua querida princesa mas é arremessado para os confins do universo, e depois de ser resgatado pelas fofíssimas Lumas, se alia a Rosalina para poder reativar o Comet Observatory e poder ir atrás de Bowser e da indefesa Princesa Peach.
É uma trama das mais bem boladas de toda a história do bigode, podendo competir fácil com qualquer jogo da série Mario & Luigi ou Paper Mario, cujas especialidades são as histórias mais profundas e bem elaboradas.
Pular até o infinito
Logo no começo, antes mesmo de chegarmos ao observatório onde a aventura começa de verdade, somos apresentados a um pequeno planeta que nos mostrará boa parte dos novos recursos do jogo. Inspirado livremente em O Pequeno Príncipe, o planeta é pequeno, perfeitamente redondo, com muito verde e você é a única pessoa que o habita. Ali você tem uma pequena amostra de como funcionará o esquema das Star Bits, como a gravidade de cada planeta influenciará em sua jornada e já pode testar os golpes novos do herói, e principalmente como funciona o Spin Jump, um pulo que permite que Mario gire no próprio eixo, que será usado à exaustão durante o jogo e com muita inteligência, revelando-se extremamente útil para sua nova aventura.
Mas os controles de movimento do Wiimote não se limitaram apenas a girar enquanto pula e capturar StarBits. Eles foram utilizados no jogo para que você pudesse andar sobre bolas gigantes, planar nas asas de um pássaro e até surfar nas costas de uma arraia totalmente difícil de controlar.
No primeiro planeta você tem seu contato inicial com as Lumas, pequenas estrelas gordinhas que vivem no espaço e possuem as mais diversas utilidades, e com Rosalina, a “mãe” dessas estrelas, uma linda mulher que é uma espécie de princesa do universo, que fala de forma calma, serena e sela uma aliança com nosso herói, para que os dois possam se ajudar e assim poderem recuperar o que perderam.
Quando Super Mario Galaxy foi anunciado e ainda estava na fase das notícias escassas e rumores, Rosalina não era vista com bons olhos, pois todos acreditavam que ela seria uma nova princesa na vida do herói que substituiria Peach. Mas logo que a trama se revelou, a bela princesa do espaço acabou caindo no gosto do público e se transformou em mais um personagem icônico da série que seria levada para outros episódios das aventuras de nosso herói favorito.
O sistema de gravidade do jogo é algo absurdamente incrível e que até hoje, quase 10 anos depois, não para de surpreender quem se aventura pela primeira vez. Os planetas contam com uma gravidade própria que faz com que você ande de cabeça para baixo, de lado, na diagonal, obrigando o jogador a rever qualquer conceito que ele possa ter adquirido sobre jogabilidade. Aqui não existem regras, você poderá começar a fase andando normalmente em um ambiente plano e terminar derrotando um chefe que está de cabeça para baixo enquanto atira projéteis que se movem de forma errática por estarem presos à gravidade do planeta.
Enquanto você se aventura em tantos ângulos perfeitamente confusos, um ponto merece extremo destaque em Super Mario Galaxy: a câmera. Perfeitamente posicionada em todos os momentos, ela não oferece um ângulo ruim sequer ao jogador. Enquanto Mario pula, plana e cai (muitas vezes sem sequer saber onde você vai aterrissar) a câmera se mantêm perfeitamente posicionada, oferecendo os melhores ângulos para que você possa ter noção do que está acontecendo à sua volta.
O jogo se passa todo no Observatório de Rosalina, uma nave onde Mario tem total liberdade de movimento, e vai liberando pequenas redomas de onde ele poderá acessar as galáxias que dão nome ao jogo. São 6 áreas (Terrace, Fountain, Kitchen, Bedroom, Engine Room e Garden) com 5 galáxias cada (mais algumas galáxias externas e as secretas). Cada uma é liberada quando você vence o chefe do anterior (os chefes de cada um são sempre Bowser ou Bowser Jr., nada de Koopalings aqui).
É claro que eles são apenas os chefes de mundos, e existem diversos outros mini-chefes (se é que se pode chamar assim, porque alguns são realmente muito grandes) espalhados pelas diversas galáxias do jogo, e a gravidade aliada aos controles de movimento te farão ser criativo para derrotá-los.
Cada galaxia do jogo é composta por diversos planetinhas que vai do mais simples (um único planeta onde toda a ação acontece) até os mais elaborados (diversos planetas em uma mesma galáxia, fazendo com que Mario tenha que se lançar de um para outro até atingir seu destino: recuperar a estrela). Isso também faz com que as fases variem entre o absurdamente fácil até o incrivelmente difícil. Sério, algumas galáxias são de tirar o sono.
E para quem sempre gostou de colecionar vidas nos jogos da série, Super Mario galaxy veio como uma grande surpresa por sempre resetar o número de vidas para 4 quando o jogo era desligado, uma vez que com as Star Bits ficou muito mais fácil obtê-las. O jogo ainda surpreendeu aos que esperavam o contador de vida no estilo Super Mario Sunshine, com 8 barrinhas para que você pudesse tomar danos à vontade. Aqui são apenas três, então até que você pegue o jeito da coisa, precisa ter cuidado em dobro. Este número pode ser dobrado em algumas fases específicas, e acredite, é uma sensação de alívio inexplicável.
Mas o maior destaque mesmo dessa incrível aventura são as músicas. Um show à parte. Todas as melodias do jogo são lindamente orquestradas, deixando a viagem de Mario pelo espaço ainda mais grandiosa e épica. Em uma época em que os jogos do Wii ainda estavam engatinhando em relação a músicas orquestradas, Super Mario Galaxy vem para mostrar que é um jogo à frente de seu tempo e nos presenteia com incríveis músicas que ficarão tocando em looping infinito em nossas mentes mesmo depois que você desliga o console.
Logo no começo somos apresentados a uma história incrível, em que Bowser - aliado a misteriosos alienígenas - resolve sequestrar Peach em grande estilo, levando todo o castelo, com tudo o que havia dentro, para o espaço. Mario tenta salvar sua querida princesa mas é arremessado para os confins do universo, e depois de ser resgatado pelas fofíssimas Lumas, se alia a Rosalina para poder reativar o Comet Observatory e poder ir atrás de Bowser e da indefesa Princesa Peach.
É uma trama das mais bem boladas de toda a história do bigode, podendo competir fácil com qualquer jogo da série Mario & Luigi ou Paper Mario, cujas especialidades são as histórias mais profundas e bem elaboradas.
Pular até o infinito
Logo no começo, antes mesmo de chegarmos ao observatório onde a aventura começa de verdade, somos apresentados a um pequeno planeta que nos mostrará boa parte dos novos recursos do jogo. Inspirado livremente em O Pequeno Príncipe, o planeta é pequeno, perfeitamente redondo, com muito verde e você é a única pessoa que o habita. Ali você tem uma pequena amostra de como funcionará o esquema das Star Bits, como a gravidade de cada planeta influenciará em sua jornada e já pode testar os golpes novos do herói, e principalmente como funciona o Spin Jump, um pulo que permite que Mario gire no próprio eixo, que será usado à exaustão durante o jogo e com muita inteligência, revelando-se extremamente útil para sua nova aventura.
Mas os controles de movimento do Wiimote não se limitaram apenas a girar enquanto pula e capturar StarBits. Eles foram utilizados no jogo para que você pudesse andar sobre bolas gigantes, planar nas asas de um pássaro e até surfar nas costas de uma arraia totalmente difícil de controlar.
No primeiro planeta você tem seu contato inicial com as Lumas, pequenas estrelas gordinhas que vivem no espaço e possuem as mais diversas utilidades, e com Rosalina, a “mãe” dessas estrelas, uma linda mulher que é uma espécie de princesa do universo, que fala de forma calma, serena e sela uma aliança com nosso herói, para que os dois possam se ajudar e assim poderem recuperar o que perderam.
Quando Super Mario Galaxy foi anunciado e ainda estava na fase das notícias escassas e rumores, Rosalina não era vista com bons olhos, pois todos acreditavam que ela seria uma nova princesa na vida do herói que substituiria Peach. Mas logo que a trama se revelou, a bela princesa do espaço acabou caindo no gosto do público e se transformou em mais um personagem icônico da série que seria levada para outros episódios das aventuras de nosso herói favorito.
O sistema de gravidade do jogo é algo absurdamente incrível e que até hoje, quase 10 anos depois, não para de surpreender quem se aventura pela primeira vez. Os planetas contam com uma gravidade própria que faz com que você ande de cabeça para baixo, de lado, na diagonal, obrigando o jogador a rever qualquer conceito que ele possa ter adquirido sobre jogabilidade. Aqui não existem regras, você poderá começar a fase andando normalmente em um ambiente plano e terminar derrotando um chefe que está de cabeça para baixo enquanto atira projéteis que se movem de forma errática por estarem presos à gravidade do planeta.
Enquanto você se aventura em tantos ângulos perfeitamente confusos, um ponto merece extremo destaque em Super Mario Galaxy: a câmera. Perfeitamente posicionada em todos os momentos, ela não oferece um ângulo ruim sequer ao jogador. Enquanto Mario pula, plana e cai (muitas vezes sem sequer saber onde você vai aterrissar) a câmera se mantêm perfeitamente posicionada, oferecendo os melhores ângulos para que você possa ter noção do que está acontecendo à sua volta.
O jogo se passa todo no Observatório de Rosalina, uma nave onde Mario tem total liberdade de movimento, e vai liberando pequenas redomas de onde ele poderá acessar as galáxias que dão nome ao jogo. São 6 áreas (Terrace, Fountain, Kitchen, Bedroom, Engine Room e Garden) com 5 galáxias cada (mais algumas galáxias externas e as secretas). Cada uma é liberada quando você vence o chefe do anterior (os chefes de cada um são sempre Bowser ou Bowser Jr., nada de Koopalings aqui).
É claro que eles são apenas os chefes de mundos, e existem diversos outros mini-chefes (se é que se pode chamar assim, porque alguns são realmente muito grandes) espalhados pelas diversas galáxias do jogo, e a gravidade aliada aos controles de movimento te farão ser criativo para derrotá-los.
Cada galaxia do jogo é composta por diversos planetinhas que vai do mais simples (um único planeta onde toda a ação acontece) até os mais elaborados (diversos planetas em uma mesma galáxia, fazendo com que Mario tenha que se lançar de um para outro até atingir seu destino: recuperar a estrela). Isso também faz com que as fases variem entre o absurdamente fácil até o incrivelmente difícil. Sério, algumas galáxias são de tirar o sono.
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IN-CRI-VEL-MEN-TE DI-FÍ-CIL |
Mas o maior destaque mesmo dessa incrível aventura são as músicas. Um show à parte. Todas as melodias do jogo são lindamente orquestradas, deixando a viagem de Mario pelo espaço ainda mais grandiosa e épica. Em uma época em que os jogos do Wii ainda estavam engatinhando em relação a músicas orquestradas, Super Mario Galaxy vem para mostrar que é um jogo à frente de seu tempo e nos presenteia com incríveis músicas que ficarão tocando em looping infinito em nossas mentes mesmo depois que você desliga o console.
Novidade... e nostalgia
Power-ups. Desde Super Mario Bros. 3 um ponto de extrema necessidade para a sobrevivência do herói. Em Galaxy eles levaram isso muito a sério. E resolveram esbanjar na criatividade. Aqui Mario pode virar uma abelha, uma mola e até um Boo (cuidado, os outros Boos ficam apaixonados quando te veem desfarçado). São diversos poderes novos, além dos clássicos Fire Flower, Super Mushroom e StarMan. Diferente do que acontecia em Mario 3, aqui você não pode acumular os poderes, e deverá usá-los apenas nas fases em que aparecem, uma vez que são utilizados para realização de missões específicas apenas naquela determinada galáxia. E alguns deles têm restrições. Boo Mario não pode andar sob a luz, Bee Mario não pode andar na água e ainda tem os poderes temporários: Fire Flower e Ice Flower, deixando as fases em que são necessárias um pouco mais desafiadoras.
Além da quantidade incrível de elementos novos, que dão as carcterísticas para que Super Mario Galaxy seja um jogo único e crie sua própria identidade, existe muita coisa que foi adaptada de jogos anteriores, para criar uma sensação de nostalgia e mostrar como cada elemento do jogo consegue ficar ainda mais bonito à medida que a série evolui. Referências a diversos jogos da série são encontradas em Galaxy, como por exemplo a SuperMassive Galaxy, uma galáxia onde tudo é gigantesco, desde os blocos de interrogação até os Goombas, uma referência incrível ao mundo 4 de Super Mario Bros. 3.
Outro elemento para criar um clima de nostalgia foi a inclusão de pequenos momentos que fazem com que nosso herói se movimente em 2D, levando os jogadores de volta às aventuras mais clássicas do herói. São poucos estes momentos em Galaxy 1, mas eles foram se intensificando no 2 até ganharem força máxima em Super Mario 3D Land, e se transformarem indispensáveis em qualquer uma das aventuras 3D do nosso herói.
Na segunda vez tudo fica ainda mais divertido
Três anos depois do que seria um dos maiores lançamentos da empresa, a Nintendo nos presenteou com algo que nunca havia acontecido nas aventuras 3D de nosso herói: uma continuação direta. Super Mario Galaxy 2 veio para mostrar que a fórmula havia funcionado perfeitamente, era um sucesso e deveria ser levada em frente. Pela primeira vez em muitos anos nós tínhamos dois jogos da série principal para um mesmo console.
Super Mario Galaxy 2 teve um desenvolvimento mais rápido que seu antecessor e era nada mais, nada menos do que material descartado do primeiro jogo. A liberdade infinita de material que o primeiro jogo gerou foi suficiente para criar um segundo jogo completo, e tenho certeza que ainda existe material não utilizado que dá pra fazer mais 2 ou 3 jogos.
Ao invés de pegar o jogo de onde a história do primeiro parou, Galaxy 2 resolveu optar por contar uma nova história, utilizando o mesmo universo e os mesmos personagens, como se Mario estivesse vivendo uma realidade paralela, então nada do primeiro havia realmente acontecido. Confuso? Muito pelo contrário, porque em Galaxy 2 a história é o que menos importa. Aqui, ao invés de uma trama elaborada, um hub world para explorar e encontrar as fases, o jogador é colocado em ação imediatamente e escolhe as fases através de um menu de seleção intuitivo, separado em mundos, assim como acontecia em Super Mario Bros. 3 (e toda a série New Super).
Isso mostrou que Mario é um jogo para curtir as fases, e que a história é o que menos importa, podendo optar por uma trama simples (ou até inexistente) desde que possa esbanjar em criatividade na hora de criar as fases.
Galaxy 2 tem como seu maior atrativo o retorno de Yoshi. O pequeno companheiro dinossauro faz sua primeira incursão (de forma mais ativa) no mundo 3D, uma vez que ele havia aparecido em Super Mario 64, mas apenas como um easter-egg. Agora Yoshi está de volta para ser jogado em penhascos... quer dizer, para ajudar nosso herói em suas aventuras. Novos Power-ups foram adicionados aos que já existia no primeiro jogo, e agora Mario pode se transformar em nuvem e pedra.
Além disso, agora as estrelas não são mais 120, e sim 240, uma vez que você libera as Green Power Stars quando termina o jogo, e terá que encontrá-las escondidas nos lugares mais absurdos dentro das fases. Algumas delas te farão rever conceitos e se perguntar constantemente: "Como diabos eu vou pegar aquilo". Caso você consiga vê-las, porque algumas estão realmente bem escondidas.
O jogo ainda conta com um multiplayer cooperativo bem modesto, que consiste no Player 2 assumir o controle do ponteiro do jogo, que é responsável por atirar capturar as StarBits e atirá-las nos inimigos. Não é nada muito atraente e é algo realmente descartável, mas de qualquer forma foi uma tentativa válida.
O jogo funciona como uma extensão de Galaxy 1. Alguns dizem que Super Mario Galaxy 2 é melhor, outros gostam mais do 1. Eu sinceramente não acredito que ele seja melhor ou pior do que primeiro jogo, mas sim um complemento, e juntos eles se transformam na maior aventura que nosso herói já viveu. A mais épica jornada para salvar sua princesa, desbravando os confins do espaço.
Super Mario Galaxy (1 e 2) é um jogo a frente de seu tempo... e atemporal. Se daqui a 10 anos ele receber a mesma roupagem HD que The Wind Waker recebeu, ele continuará sendo uma obra atual e capaz de encantar até o mais cético dos gamers.
Além da quantidade incrível de elementos novos, que dão as carcterísticas para que Super Mario Galaxy seja um jogo único e crie sua própria identidade, existe muita coisa que foi adaptada de jogos anteriores, para criar uma sensação de nostalgia e mostrar como cada elemento do jogo consegue ficar ainda mais bonito à medida que a série evolui. Referências a diversos jogos da série são encontradas em Galaxy, como por exemplo a SuperMassive Galaxy, uma galáxia onde tudo é gigantesco, desde os blocos de interrogação até os Goombas, uma referência incrível ao mundo 4 de Super Mario Bros. 3.
Outro elemento para criar um clima de nostalgia foi a inclusão de pequenos momentos que fazem com que nosso herói se movimente em 2D, levando os jogadores de volta às aventuras mais clássicas do herói. São poucos estes momentos em Galaxy 1, mas eles foram se intensificando no 2 até ganharem força máxima em Super Mario 3D Land, e se transformarem indispensáveis em qualquer uma das aventuras 3D do nosso herói.
Na segunda vez tudo fica ainda mais divertido
Três anos depois do que seria um dos maiores lançamentos da empresa, a Nintendo nos presenteou com algo que nunca havia acontecido nas aventuras 3D de nosso herói: uma continuação direta. Super Mario Galaxy 2 veio para mostrar que a fórmula havia funcionado perfeitamente, era um sucesso e deveria ser levada em frente. Pela primeira vez em muitos anos nós tínhamos dois jogos da série principal para um mesmo console.
Super Mario Galaxy 2 teve um desenvolvimento mais rápido que seu antecessor e era nada mais, nada menos do que material descartado do primeiro jogo. A liberdade infinita de material que o primeiro jogo gerou foi suficiente para criar um segundo jogo completo, e tenho certeza que ainda existe material não utilizado que dá pra fazer mais 2 ou 3 jogos.
Ao invés de pegar o jogo de onde a história do primeiro parou, Galaxy 2 resolveu optar por contar uma nova história, utilizando o mesmo universo e os mesmos personagens, como se Mario estivesse vivendo uma realidade paralela, então nada do primeiro havia realmente acontecido. Confuso? Muito pelo contrário, porque em Galaxy 2 a história é o que menos importa. Aqui, ao invés de uma trama elaborada, um hub world para explorar e encontrar as fases, o jogador é colocado em ação imediatamente e escolhe as fases através de um menu de seleção intuitivo, separado em mundos, assim como acontecia em Super Mario Bros. 3 (e toda a série New Super).
Isso mostrou que Mario é um jogo para curtir as fases, e que a história é o que menos importa, podendo optar por uma trama simples (ou até inexistente) desde que possa esbanjar em criatividade na hora de criar as fases.
Galaxy 2 tem como seu maior atrativo o retorno de Yoshi. O pequeno companheiro dinossauro faz sua primeira incursão (de forma mais ativa) no mundo 3D, uma vez que ele havia aparecido em Super Mario 64, mas apenas como um easter-egg. Agora Yoshi está de volta para ser jogado em penhascos... quer dizer, para ajudar nosso herói em suas aventuras. Novos Power-ups foram adicionados aos que já existia no primeiro jogo, e agora Mario pode se transformar em nuvem e pedra.
Além disso, agora as estrelas não são mais 120, e sim 240, uma vez que você libera as Green Power Stars quando termina o jogo, e terá que encontrá-las escondidas nos lugares mais absurdos dentro das fases. Algumas delas te farão rever conceitos e se perguntar constantemente: "Como diabos eu vou pegar aquilo". Caso você consiga vê-las, porque algumas estão realmente bem escondidas.
O jogo ainda conta com um multiplayer cooperativo bem modesto, que consiste no Player 2 assumir o controle do ponteiro do jogo, que é responsável por atirar capturar as StarBits e atirá-las nos inimigos. Não é nada muito atraente e é algo realmente descartável, mas de qualquer forma foi uma tentativa válida.
O jogo funciona como uma extensão de Galaxy 1. Alguns dizem que Super Mario Galaxy 2 é melhor, outros gostam mais do 1. Eu sinceramente não acredito que ele seja melhor ou pior do que primeiro jogo, mas sim um complemento, e juntos eles se transformam na maior aventura que nosso herói já viveu. A mais épica jornada para salvar sua princesa, desbravando os confins do espaço.
Super Mario Galaxy (1 e 2) é um jogo a frente de seu tempo... e atemporal. Se daqui a 10 anos ele receber a mesma roupagem HD que The Wind Waker recebeu, ele continuará sendo uma obra atual e capaz de encantar até o mais cético dos gamers.