O balanço do Wii U em 2013 e o que esperarmos do console para 2014
Por Angelo Mota
Wii U 2013
Lançado no final de 2012, o Nintendo Wii U viveu momentos difíceis no ano de 2013. O primeiro console HD da Nintendo sofreu de uma escassez de títulos que durou quase um ano, e fez com que os próprios fãs se voltassem contra ele. Além dos fãs, empresas especializadas e pseudo-gurus de games insistiam em dizer que o Wii U mataria a Nintendo, ou que ele não sobreviveria sequer por mais um ano.
Todas essas previsões são de certa forma precipitadas, e mostram que existe uma urgência em se criar bons jogos, assim que o console é colocado no mercado. Caso contrário, ele será eternamente crucificado.
Ok. Não tem como negar que 2013 não foi um ano de lançamentos fortes e hypes para o console. Mas não podemos nos esquecer que durante o ano de 2012, o portátil 3D da empresa, o Nintendo 3DS, sofreu do mesmo mal. Poucos títulos, vendas baixas, previsões e maldições. Isso fez com que 2013 acabasse se tornando o ano do 3DS, disfarçado de Ano do Luigi, dezenas de anúncios, lançamentos, novidades, que acabaram deixando o pobre Wii U em hold, sofrendo com pouquíssimos títulos, criando uma espécie de ira coletiva por parte dos que esperavam algum material forte da Nintendo para o console.
Não é necessariamente justo dizer que o Wii U não teve nenhum jogo bom durante a primeira metade do ano. Podemos citar alguns nomes como Resident Evil Revelations HD e New Super Luigi U. Mas apesar de serem jogos considerados bons, acima até da média, não foram suficiente para segurar a onda do console.
Na segunda metade do ano, a coisa começou a mudar. Ainda de forma muito lenta, mas começava a ficar claro que existia uma estratégia por parte da Nintendo para ressuscitar o Wii U, que o 3DS já estava com a vida ganha e agora era hora de dar espaço ao console. Lançamentos mensais fizeram com que lentamente ele começasse a voltar aos holofotes.
Rayman Legends - Sim, houve muita polêmica em cima dele, por ter perdido a exclusividade no Wii U, por ter atrasado seu lançamento em quase um ano para se adaptar aos outros consoles. Mas ele é um jogo tão completo e cheio de coisas para se fazer, que valeu a pena a espera. Além da incrível campanha principal, ainda tem o Back to Origins que traz fases do igualmente incrível Rayman Origins remasterizadas em HD. E eu não joguei ele nos outros consoles, mas simplesmente não consigo imaginá-lo sem o menu constante no GamePad e sem a incrível interatividade do Murphy na tela touch do controle.
Pikmin 3 - Depois de 10 anos de espera, Pikmin está de volta. Durante toda a geração Wii nós esperamos para ver a terceira aventura dos simpáticos alienígenas, e mais uma vez valeu a pena esperar todo esse tempo. Pikmin 3 veio em alta definição, lindo, divertido como sempre e ao que parece vai ser um dos campeões em conteúdo DLC da Nintendo.
The Legend of Zelda - The Wind Waker HD - Pode não ser o melhor Zelda já feito, mas é inegável que ele é o jogo tecnicamente mais perfeito de toda a história dos games. Trazer de volta este clássico em HD deu um gás no console, tanto que ganhou um bundle estilizado, o primeiro a ser feito para o console. Se tem duas franquias da Nintendo que vendem consoles elas são Mario e Zelda, e dessa vez a Big N acertou em cheio com este remake. Como eu já havia dito anteriormente, Majora's Mask e Twilight Princess talvez precisassem de um remake com mais urgência, mas para a proposta que a Nintendo tinha naquele momento, The Wind Waker foi a escolha mais correta.
Super Mario 3D World - O último grande lançamento do ano para o console. O melhor jogo já feito para o Wii U. 3D World é um jogo tecnicamente impecável. Sua fluidez de movimentos, rodando a 60fps (60 quadros por segundo) sem demonstrar uma mínima queda na taxa de quadros por um segundo sequer, Super Mario 3D World foi sem dúvida alguma o maior lançamento até então para o Wii U, e faz parte do começo de uma nova fase para o console.
É claro que o anúncio de Mario Kart para abril de 2014, ao invés dele ser o jogo de dezembro, para ajudar nas vendas de final de ano, e o adiamento de Donkey Kong Country Tropical Freeze para fevereiro não ajudaram muito, mas acredito que até isso faça parte da estratégia da empresa, e tudo foi minuciosamente pensado.
Wii U 2014
Assim como 2013 foi o ano do 3DS, existem alguns indícios que podem indicar que 2014 será o ano do Wii U. O adiamento de Donkey Kong Country Tropical Freeze pode ser muito mais do que o declarado de que “o jogo precisa estar perfeito para ser lançado, e gostaríamos de trabalhar melhor no material”. Esse lançamento em fevereiro pode ser o pontapé inicial de um ano repleto de anúncios, surpresas e jogos, que já contam com nomes fortes como Mario Kart 8 e Super Smash Bros. (Wii U e 3DS).
Também existe um projeto pendende de Yoshi, temporariamente intitulado de Yoshi’s Land, o qual não tivemos mais notícias este ano, e possivelmente teremos em 2014, com grandes chances dele ser lançado ainda no ano que vem, pois não é nenhum projeto extremamente ambicioso, e a falta de informações pode se dar ao fato do projeto estar sendo amplamente desenvolvido e mais novidades poderão surgir quando ele já estiver praticamente pronto.
Além disso, já é certo que veremos novidades sobre Zelda Wii U na E3 de 2014, e por mais que tenhamos consciência de que é humanamente impossível do jogo ser lançado ainda em 2014, temos sempre a esperança de que ele apareça na E3 em forma jogável, com o design final, nome e sobrenome, e deixem no ar apenas a data de lançamento, que pode ser anunciado em um Direct no futuro.
Falando em Direct, no começo de 2013 um Nintendo Direct mudou a trajetória do 3DS, deixando os fãs de boca aberta com a quantidade de surpresas e novidades que o portátil 3D receberia no decorrer daquele ano. Não é necessariamente errado assumir que a mesma coisa se repita em 2014. Um Nintendo Direct que pode mudar a trajetória do Wii U, uma vez que a Nintendo adotou as transmissões por streaming como um canal direto de contato com o jogador e a fórmula funcionou. Sempre que um novo Direct é anunciado, ficamos ansiosos para saber que grandes surpresas e novidades ele pode nos trazer.
Por mais que ele tenha sido criticado e apedrejado, inclusive pelos fãs, ainda é cedo para decretar a falha de um console que tem apenas um ano de vida e já apresenta títulos que ficarão marcados nesta geração. Nós conhecemos bem todo o material que a Nintendo pode nos oferecer – estou falando de Metroid, Star Fox, Mario, Zelda, Donkey Kong, Kirby, Yoshi – e temos certeza que ela não criou o console achando que ele seria sustentado apenas por remakes HD ou jogos multiplataforma cujos lançamentos são adiados para que se adaptem a outros consoles. Sabemos do que ela é capaz e podemos ficar seguros de que, caso já tenhamos comprado o Wii U, teremos muito o que jogar em 2014.
2013 não foi o ano do Wii U, mas 2014 há de ser.
Todas essas previsões são de certa forma precipitadas, e mostram que existe uma urgência em se criar bons jogos, assim que o console é colocado no mercado. Caso contrário, ele será eternamente crucificado.
Ok. Não tem como negar que 2013 não foi um ano de lançamentos fortes e hypes para o console. Mas não podemos nos esquecer que durante o ano de 2012, o portátil 3D da empresa, o Nintendo 3DS, sofreu do mesmo mal. Poucos títulos, vendas baixas, previsões e maldições. Isso fez com que 2013 acabasse se tornando o ano do 3DS, disfarçado de Ano do Luigi, dezenas de anúncios, lançamentos, novidades, que acabaram deixando o pobre Wii U em hold, sofrendo com pouquíssimos títulos, criando uma espécie de ira coletiva por parte dos que esperavam algum material forte da Nintendo para o console.
Não é necessariamente justo dizer que o Wii U não teve nenhum jogo bom durante a primeira metade do ano. Podemos citar alguns nomes como Resident Evil Revelations HD e New Super Luigi U. Mas apesar de serem jogos considerados bons, acima até da média, não foram suficiente para segurar a onda do console.
Na segunda metade do ano, a coisa começou a mudar. Ainda de forma muito lenta, mas começava a ficar claro que existia uma estratégia por parte da Nintendo para ressuscitar o Wii U, que o 3DS já estava com a vida ganha e agora era hora de dar espaço ao console. Lançamentos mensais fizeram com que lentamente ele começasse a voltar aos holofotes.
Rayman Legends - Sim, houve muita polêmica em cima dele, por ter perdido a exclusividade no Wii U, por ter atrasado seu lançamento em quase um ano para se adaptar aos outros consoles. Mas ele é um jogo tão completo e cheio de coisas para se fazer, que valeu a pena a espera. Além da incrível campanha principal, ainda tem o Back to Origins que traz fases do igualmente incrível Rayman Origins remasterizadas em HD. E eu não joguei ele nos outros consoles, mas simplesmente não consigo imaginá-lo sem o menu constante no GamePad e sem a incrível interatividade do Murphy na tela touch do controle.
Pikmin 3 - Depois de 10 anos de espera, Pikmin está de volta. Durante toda a geração Wii nós esperamos para ver a terceira aventura dos simpáticos alienígenas, e mais uma vez valeu a pena esperar todo esse tempo. Pikmin 3 veio em alta definição, lindo, divertido como sempre e ao que parece vai ser um dos campeões em conteúdo DLC da Nintendo.
The Legend of Zelda - The Wind Waker HD - Pode não ser o melhor Zelda já feito, mas é inegável que ele é o jogo tecnicamente mais perfeito de toda a história dos games. Trazer de volta este clássico em HD deu um gás no console, tanto que ganhou um bundle estilizado, o primeiro a ser feito para o console. Se tem duas franquias da Nintendo que vendem consoles elas são Mario e Zelda, e dessa vez a Big N acertou em cheio com este remake. Como eu já havia dito anteriormente, Majora's Mask e Twilight Princess talvez precisassem de um remake com mais urgência, mas para a proposta que a Nintendo tinha naquele momento, The Wind Waker foi a escolha mais correta.
Super Mario 3D World - O último grande lançamento do ano para o console. O melhor jogo já feito para o Wii U. 3D World é um jogo tecnicamente impecável. Sua fluidez de movimentos, rodando a 60fps (60 quadros por segundo) sem demonstrar uma mínima queda na taxa de quadros por um segundo sequer, Super Mario 3D World foi sem dúvida alguma o maior lançamento até então para o Wii U, e faz parte do começo de uma nova fase para o console.
É claro que o anúncio de Mario Kart para abril de 2014, ao invés dele ser o jogo de dezembro, para ajudar nas vendas de final de ano, e o adiamento de Donkey Kong Country Tropical Freeze para fevereiro não ajudaram muito, mas acredito que até isso faça parte da estratégia da empresa, e tudo foi minuciosamente pensado.
Wii U 2014
Assim como 2013 foi o ano do 3DS, existem alguns indícios que podem indicar que 2014 será o ano do Wii U. O adiamento de Donkey Kong Country Tropical Freeze pode ser muito mais do que o declarado de que “o jogo precisa estar perfeito para ser lançado, e gostaríamos de trabalhar melhor no material”. Esse lançamento em fevereiro pode ser o pontapé inicial de um ano repleto de anúncios, surpresas e jogos, que já contam com nomes fortes como Mario Kart 8 e Super Smash Bros. (Wii U e 3DS).
Também existe um projeto pendende de Yoshi, temporariamente intitulado de Yoshi’s Land, o qual não tivemos mais notícias este ano, e possivelmente teremos em 2014, com grandes chances dele ser lançado ainda no ano que vem, pois não é nenhum projeto extremamente ambicioso, e a falta de informações pode se dar ao fato do projeto estar sendo amplamente desenvolvido e mais novidades poderão surgir quando ele já estiver praticamente pronto.
Além disso, já é certo que veremos novidades sobre Zelda Wii U na E3 de 2014, e por mais que tenhamos consciência de que é humanamente impossível do jogo ser lançado ainda em 2014, temos sempre a esperança de que ele apareça na E3 em forma jogável, com o design final, nome e sobrenome, e deixem no ar apenas a data de lançamento, que pode ser anunciado em um Direct no futuro.
Falando em Direct, no começo de 2013 um Nintendo Direct mudou a trajetória do 3DS, deixando os fãs de boca aberta com a quantidade de surpresas e novidades que o portátil 3D receberia no decorrer daquele ano. Não é necessariamente errado assumir que a mesma coisa se repita em 2014. Um Nintendo Direct que pode mudar a trajetória do Wii U, uma vez que a Nintendo adotou as transmissões por streaming como um canal direto de contato com o jogador e a fórmula funcionou. Sempre que um novo Direct é anunciado, ficamos ansiosos para saber que grandes surpresas e novidades ele pode nos trazer.
Por mais que ele tenha sido criticado e apedrejado, inclusive pelos fãs, ainda é cedo para decretar a falha de um console que tem apenas um ano de vida e já apresenta títulos que ficarão marcados nesta geração. Nós conhecemos bem todo o material que a Nintendo pode nos oferecer – estou falando de Metroid, Star Fox, Mario, Zelda, Donkey Kong, Kirby, Yoshi – e temos certeza que ela não criou o console achando que ele seria sustentado apenas por remakes HD ou jogos multiplataforma cujos lançamentos são adiados para que se adaptem a outros consoles. Sabemos do que ela é capaz e podemos ficar seguros de que, caso já tenhamos comprado o Wii U, teremos muito o que jogar em 2014.
2013 não foi o ano do Wii U, mas 2014 há de ser.