Nintendo - 12/06/2014

Veja nossas Primeiras Impressões do novo Zelda para Wii U


Finalmente aconteceu. The Legend of Zelda para Wii U foi anunciado. Depois de quatro anos do lançamento do último jogo para console, Skyward Sword, finalmente tivemos uma pequena (bem pequena mesmo, mas valeu a pena) demonstração do que podemos esperar da nova aventura de nosso herói favorito em um console de mesa. Ok, Aonuma disse que ele "pode não ser o Link", mas enquanto não soubermos quem é esse moço da foto, ele é o Link e vamos chamá-lo de Link para facilitar nossa análise do incrível trailer anunciado na E3.

Logo no começo, fomos surpreendidos pela beleza e amplitude da terra que será explorada no novo jogo. Um imenso campo aberto, de onde se pode visualizar, ao fundo, montanhas e vales que, de acordo com o próprio Aonuma, serao totalmente acessíveis diretamente do Field principal, e "chegar ao seu destino é parte dos puzzles do jogo, o jogador deverá descobrir a melhor forma de alcançar os diversos lugares do jogo". Muita gente visualizou Hyrule Castles e Death Mountains na foto, mas será mesmo que esse jogo se passa em Hyrule? Analisando bem o estilo de Link e a roupa que está usando, é clara a referência ao Link de The Wind Waker. Além disso, o estilo do jogo pode colocá-lo facilmente nessa vertente da Timeline, onde todos os jogos tem esse visual mais colorido e cartunesco. Sendo assim, ele contaria uma história mais recente, sendo continuação de Spirit Tracks. Se isso acontecer, Hyrule como a conhecemos não existe mais, porque nosso herói partiu com Tetra para estabelecer uma "Nova Hyrule", e conseguiu, criando o mundo que vimos em Spirit Tracks, esse jogo poderá mostrar com mais amplitude esse mundo, e teremos um mundo novo para explorar nessa nova aventura.

Seria, no mínimo, muito interessante explorar uma terra totalmente nova, e entraria bem no contexto de "reinventar as convenções da série" que Aonuma tanto fala. Um novo mundo, longe de Hyrule, faria essa reinvenção ser levada muito a sério.


Se ele for uma continuação de Spirit Tracks, ele estará no fim da Timeline, mas ele pode também estar no começo. O jogo pode facilmente ser um prequel de Skyward Sword, uma vez que o monstro que ataca Link durante o trailer apresenta diversas semelhanças com alguns monstros do jogo de Wii, da era mais antiga, quando Link precisa utilizar as TimeShift Stones e restabelecer o mundo como ele era antes, em uma época com muita tecnologia avançada e robôs que controlavam tudo. O inimigo é claramente robótico, isso é evidente pelos tentáculos que apresenta e pelos raios que atira do olho. E também por sua forma brilhante que parece ter se fundido com os elementos onde vive (mato e terra). O inimigo poderia também estar dormente e ter sido acordado depois de muitos séculos, mas ver como vivia aquela raça puramente tecnológica do passado seria uma boa pedida para uma história envolvente e interessante.


No vídeo podemos ver Link cavalgando (é a Epona, não é a Epona, pois é, virou discussão) e a forma como ele corre mostra que o jogo poderá ter mais dinamismo no movimento dos personagens, se beneficiando bastante dos 60fps (que obviamente ele vai ter, e vai saber como tirar melhor proveito disso). Link sempre foi muito lerdo e pesado nos jogos, e mesmo em Skyward Sword, com a opção de correr, isso ficou limitado a um período de tempo. Será que veremos nosso herói correndo com mais agilidade, sem barra de stamina, com mais liberdade, podendo explorar com mais facilidade o conceito de mundo aberto apresentado nessa história?Este mundo promete ser o maior já criado para a série, então um pouco de agilidade para o herói, mesmo que ele esteja a pé, vai ser necessária.



Essa foto eu coloquei só porque ficou muito legal ele pulando para atacar o bichão.


No final, o herói aponta sua arma, que no começo era só um arco e flecha que atirava bombas, e se transforma em uma arma mega futurista com acabamento rústico. Essa mistura de tecnologia com armas rústicas de idade média é um dos elementos mais legais da série. Essa arma em específico, com essa transformação toda, pode indicar não só um upgrade de armas, assim como vimos em Skyward Sword e A Link Between Worlds, mas também que as armas possam ter personalização, que transformem elas em objetos totalmente diferentes de acordo com a forma que você resolver personalizá-las. Isso levaria a coleta de itens de Skyward Sword a um nível acima. A personalização aumenta a vida útil do jogo e potencializa a variedade de side-quests, um dos elementos indispensáveis de qualquer jogo Zelda que se preze.

Poderemos ter que encontrar estes objetos pelo field e depois transformar nosso armamento rústico em super armas tecnológicas e poderosas. Twilight Princess pecou por ter uma quantidade absurda de armas, e fazer pouca utilização de todas elas. Skyward Sword fez o caminho contrário, utilizou seu armamento à exaustão, mas diminuiu drasticamente o inventário do herói, utilizando apenas oito delas (sete, porque não podemos contar a rede como uma arma). Criar uma personalização para o arsenal do herói pode unir o melhor dos dois mundos. Trazer uma quantidade menor e limitada de armas, que se transformam à medida que são reconstruídas no processo de upgrade. Dessa forma o inventário de armas se torna mais funcional, sem dar a impressão de ser extremamente limitado, assim como é em Skyward Sword, mas sem também parecer supérfluo, como é em Twilight Princess.

O trailer termina aí, como todos sabem, mas não podemos nos esquecer do principal nesse Zelda. Os gráficos. A Nintendo apostou mais uma vez em um estilo artístico voltado para o cartunesco, mas nesse caso, os gráficos representam uma espécie de evolução natural do cel shading, se apresentando de forma mais realista e madura, com traços mais adultos e texturas mais sutis. Esse estilo gráfico abusa da vivacidade das cores e consegue dar mais vida ao mundo que representa. Apesar de muita gente querer os tão sonhados "gráficos realistas HD", a aceitação desse estilo para este capítulo em especial foi melhor do que se imaginava.

Gráficos realistas envelhecem muito rápido, e de certa forma poderiam deixar o universo do jogo muito genérico. Vamos ser sinceros, a Tech Demo apresentada na E3 de 2012 é linda, e seria lindo jogar um Zelda exatamente daquele jeito. Mas hoje, dois anos depois, eles já parecem absurdamente datados. Esse estilo que será usado, além de deixar o jogo sempre atual, ainda confere mais personalidade ao universo que representa, criando um estilo único que o difere de todos os outros jogos com gráficos realistas que existem hoje no mercado.



A decisão foi acertada e a Nintendo sabe disso, e parece que dessa vez os fãs também resolveram abraçar o estilo e entender que é um caminho audacioso a se seguir, mas que só pode gerar frutos positivos, pois irá unir o que há de mais bonito e atual, à essência de uma série que sabe - e muito bem - envolver o jogador em aventuras inesquecíveis. E que, se cumprir todas as promessas que foram feitas, fará deste episódio em especial, momentaneamente apelidado de "Zelda U", o melhor Zelda já criado.
 

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