Power Rangers foi com certeza uma série que marcou tanto a infância de praticamente todas as crianças dos anos 90. No começo do ano foi anunciado um novo filme baseado na série, reinventando os seus conceitos. Confesso que eu fiquei bem animado com o assunto. Então que tal relembrarmos um grande clássico do SNES baseados nos heróis multicoloridos? Ou melhor,  em seus Megazords.

Go! Go! Power Rangers!

Power Rangers é uma série adaptada de um nicho televisivo japonês chamado Super Sentai, o qual tem como característica principal heróis com roupas coloridas, capacetes e robôs gigantes. Da próxima vez que você for assistir um episódio da série clássica repare que há diversas partes da serie original, principalmente as cenas das lutas e dos robôs que são quase 100% japonesas. É ridículo ver tantos cortes de cena tão escabrosos a ponto de deixar qualquer diretor de cabelo em pé, mas ainda assim é muito bom, é uma sensação quase inexplicável!

Vamos falar do jogo agora.  Mighty Morphin Power Rangers - The Fighting Edition (doravante conhecido apenas como PRFE), como o próprio nome diz, é um jogo de luta para o SNES, lançado em 1995 pela Bandai, mas que não utiliza os heróis do arco íris para digladiar e sim seus robôs gigantes conhecidos como Megazords. Para qualquer criança dos anos 90 um jogo inteiro protagonizado pelos robôs mais legais de todo o universo (quem precisa dos Transformers) era uma experiência catártica.

Faíscas para todos os lados.

O jogo tinha como escolha de personagem no Story Mode os Megazords da segunda temporada de Power Rangers, o Thunder Megazord e Mega Tigrezord. Escolhendo um destes dois você começava sua jornada lutando contra vários vilões e outros Megazords que apareceriam na próxima temporada, para no final encarar o temível Lord Zed e ao derrota-lo ter ainda que enfrentar o vilão do filme dos Power Rangers, o maligno (e púrpura) Ivan Ooze.

Existem mais dois modos de jogo além do Story, eles são o Fighting Mode e o Trial Mode. O primeiro nada mais é do que o modo multplayer do jogo onde há a opção de escolher tanto os Megazords quanto os vilões do Story Mode, totalizando oito personagens, na média dos jogos de luta do SNES. Já o Trial é como se fosse um modo Survival aonde se escolhe um personagem e vai lutando o máximo que consegue com apenas uma barra de energia e com a dificuldade crescendo gradativamente.

Os cenários até que são bem variados, indo de um aeroporto e um deserto, até o centro de comando aonde dá pra ver a cabeça do Zordon ao fundo assistindo a luta. Os Sons são muito bons, embora a trilha tema dos Power Rangers toque até a exaustão, os efeitos sonoros são bem executados e sincronizados, e mesmo a trilha se repetindo, ela dá o tom certo de adrenalina para o jogo.

A jogabilidade é excelente, os comandos respondem com precisão e ainda conseguem passar sensação de peso dos Megazords, tornando a experiência mais prazerosa. Infelizmente é um jogo um pouco curto, sendo possível acabar o modo Story em menos de uma hora.

It's morphin time!

PRFE é um dos melhores jogos de luta para o SNES e sem dúvida o melhor dos jogos dos Power Rangers para o console de 16 bits da Nintendo. Joga-lo me faz lembrar de quando eu assistia a série lá em 1995, quando o chão da sala de casa era coberto daqueles bonequinhos que giravam a cabeça e de alguns Megazords sem braço. Bons tempos. Hoje aos meus 22 anos, assumo que comprei uma Action Figure do primeiro Megazord da serie, ela estará bem guardada, até que eu arranje um lugar para expô-la.




E aqui fica uma ultima dica: se você assina Netflix procure por Power Rangers, e descubra, para seu espanto, que eles possuem todas as temporadas no catálogo. Deixe seu comentário a baixo e boa diversão! "Que o poder os proteja!".