Encare mais uma vez o desafio de ser Samus Aran em Metroid Fusion!
Por Carlos Oliveira
Como são bons os Metroids em 2D! Não me leve a mal, nada contra Metroid Prime, aprecio muito as missões em
primeira pessoa de Samus, mas o bom e velho estilo plataforma, combinado com
leves toques de RPG como upgrades e exploração de um mapa aberto, tornam o
estilo de todos os Metroids em 2D único. Então me acompanhe agora por esse incrível
jogo lançado para o GBA em 2002.
Quebrando o Jejum
Super Metroid foi lançado em 1994
para o SNES, e foi um sucesso, mesmo porque é um jogo excelente. Porém o N64
estava já se aquecendo para ser lançado pela Nintendo, o que ofuscou um pouco
este que é um dos últimos grandes jogos da SNES. Mesmo assim foi um sucesso, o que nos faz persar no porquê da Nintendo ter se esquecido da série
durante a geração do N64.
Ficamos oito anos sem um novo Metroid.
Oito anos sem assumir o papel de Samus (a não ser no Smash Bros), oito anos no
ostracismo deixando a Konami utilizar o estilo único do jogo em seu Castlevania: Symphony of the Night (um
jogo muito bom, diga-se de passagem). Mas a Nintendo gosta dessa coisa de
deixar todos na expectativa (os fãs de Star Fox que o digam). Então, depois de
tanta espera, eis que surge Metroid Fusion para o Game Boy Advence.
Um novo capítulo na história de
Samus
Metroid Fusion é o primeiro jogo
da série que possui um enredo mais elaborado, contando até com pistas do passado
obscuro da caçadora de recompensas mais famosa da Nintendo. Ao iniciarmos o jogo acompanhamos
Samus em uma missão à SR388 (o planeta natal dos Metroids) com o intuito de
escoltar um grupo de cientistas e pesquisadores para verificar o impacto
ambiental que a extinção dos Metroids causou ao ecossistema do planeta, tudo isso dez anos após os
eventos de Super Metroid.
No decorrer da missão, Samus é
atacada por um parasita, que devido a extinção dos Metroids, se multiplicou de
forma descontrolada. Samus imediatamente cai doente e tem
que ser levada as pressas para uma base da federação Galáctica. Durante a
viagem, o parasita (conhecido como X) se multiplica e rompe as defesas da
caçadora, incluído seu traje (o qual teve que ter partes removidas
cirurgicamente), e se alastra por todo o sistema nervoso de Samus.
Samus... Inconfundível!
Então um milagre acontece! Os cientistas
conseguem desenvolver uma cura, criando um soro de uma célula do ultimo Metroid
de SR388. Este soro elimina totalmente a infestação do parasita X do corpo de Samus, e a
deixa curada. Porem, enquanto a caçadora estava se recuperando, os cientistas
enviaram uma amostra do parasita para uma instalação de pesquisa da federação.
Quando finalmente desperta, Samus é informada que houve uma explosão, ainda inexplicável,
na estação para qual haviam sido enviadas as amostras do parasita. Então cabe a
caçadora de recompensas encaminhar-se até a estação para descobrir o que realmente aconteceu.
Mais do mesmo, só que um pouco
diferente
Com esse enredo tirado de algum filme
do Alien, embarcamos na estação espacial totalmente deserta, e que estação
espacial, diga-se de passagem. Ela possui, além da área principal, seis áreas
gigantescas, cada uma com o seu eco sistema e com suas criaturas próprias, o
que torna o avanço do jogo bem interessante, pois os cenários não se repetem e
possuem um Level Design incrível, característico dos jogos Metroid.
Ao contrario dos jogos
anteriores, nos quais você está totalmente desolado tendo que encontrar seu
caminho por conta própria, em Metroid Fusion todos os seus passos são ditados
pelo computador de bordo da nave de Samus, chamado Adan. Esse fator deixa o jogo bem
mais linear do que seus predecessores, sacrificando assim o quesito exploração
do jogo.
Muuuuuitas áreas para explorar!
Os gráficos são muito bons,
levando o hardware do GBA muito próximo de seus limites, a movimentação de
Samus e dos inimigos é bem mais fluída do que em Super Metroid. O som não deixa
a desejar, os efeitos sonoros são bem aproveitados e sincronizados e a
música vai deixa-lo em um estado de tensão bem grande enquanto joga. Por tudo
isso, eu sugiro que use fones de ouvido para aproveita o som estéreo.
A jogabilidade é bem mais “solta”
do que em Super Metroid, tornando os pulos mais precisos e os reflexos mais
rápidos. A diferença é bem grande e ainda é mais perceptível se você jogar
Fusion e logo depois for para o Super Metroid, parece que no SNES a armadura pesa uns 20 quilos a mais. Os controles se encaixaram muito
bem nos botões do GBA, tornando a jogatina bem confortável.
Metroid hoje, Metroid amanhã, Metroid pra Sempre!
Pessoalmente, tenho o gênero de jogos de plataforma como meu
favorito. A série Metroid possui grandes exemplares desse gênero, que, com
certeza, figuram entre os melhores. Além disso, fugindo um pouco do assunto, a
série também possui meus jogos favoritos de FPS, claro que estou falando da
trilogia de Metroid Prime, o qual combina com maestria, como nenhum outro
conseguiu fazer ainda, tiro em primeira pessoa com exploração de mapas e coleta
de upgrades.
Então não espere mais e vá jogar a série Metroid. Ela não faz
parte da Trinca de Ouro da Nintendo a toa.
E se você quiser começar por Metroid Fusion e não tem um Game Boy Advence, fique
tranquilo, o jogo também está disponível no eShop do Wii U. Corra lá e
até a próxima. See you next mission!