Depressa! Resgate Donkey Kong das garras do Cap. K. Roll em Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest
Por Carlos Oliveira
Nos últimos anos os jogos de plataforma em 2D, anteriormente no ostracismo, voltaram à moda. O muito criticado (mas nem por isso ruim) New Super Mario Bros para DS foi o precursor de toda uma nova geração de jogos deste gênero, que chegou novamente ao seu auge com os excelentes Rayman Legends e mais recentemente com Donkey Kong Country: Tropical Freeze.
Porem, os jogos de plataforma em 2D tiveram outro auge e
esse foi na época do saudoso SNES. Grandes clássicos surgiram dessa época, e
muitos ainda hoje não foram superados em qualidade. Podemos citar alguns como
Super Mario World, Super Metroid (mesmo esse sendo um titulo de exploração
ainda é plataforma), Yoshi Island e, não menos importante, a trilogia de Donkey
Kong Country que é de onde vem o grande jogo que vamos relembrar hoje. Então
venham comigo nessa incrível jornada para resgatar nosso amado Gorila de
Gravata em Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong quest.
Não tem como não gostar de um jogo que os personagens principais curtem Game Boys
Um gigante a superar
O primeiro Donkey Kong Country foi o fator definitivo que
trouxe a vitoria para a Nintendo sobre a Sega na guerra dos consoles no começo
dos anos 90. Com seus gráficos pré-modelados em 3D ( algo que nunca havia sido
visto em um console doméstico até então) e uma campanha de Marketing intensa,
Donkey Kong vendeu 9 milhões de cópias tornando-o o segundo jogo mais vendido
para o SNES (o primeiro eu não preciso nem comentar né?).
Com um sucesso tão estrondoso assim, não é exagero falar que
a missão de DKC2 era quase um trabalho de Hércules. Muitas outras franquias em
suas continuações não foram felizes, porem, nesse caso o resultado não poderia
ter sido mais oposto.
As incríveis fases do Vulcão!
O que nos foi entregue em 5 de dezembro de 1995, não foi
apenas uma continuação. DCK2 pega tudo o que o primeiro tinha de melhor e
aprimora a níveis incríveis, desde os gráficos (ou você não se surpreendeu
quando entrou no mapa do mundo 2 pela primeira vez? O vulcão realmente parece estar vivo!) até a
jogabilidade, coisa difícil de se alterar em um gênero de plataforma 2D.
Não resgate a princesa! Vá atrás do macaco!
O enredo é simples, após derrotar King K Roll, Donkey e
Diddy voltam para casa com sua reserva
de bananas em mãos. Tudo ia muito bem até que K Roll retorna, agora como
Capitan K Roll, e sequestra Donkey, exigindo que sua família entregue sua
reserva de banana em troca da liberdade do símio. Agora cabe a Diddy e sua
namora Dixie resgatar o gorilão das mãos do terrível capitão.
A aventura se passa em mundos temáticos que vão desde um navio do
capitão, passando por um vulcão, um pântano e um misto de colméia de abelhas
com parque diversão, até um bosque mal assombrado e uma fortaleza bem
protegida. Os gráficos em 3d do primeiro DKC foram aprimorados aqui, deixando
as animações mais suaves e os cenários bem mais vivos, com direito à alguns
efeitos de luz (claro, não os efeitos que vemos hoje), principalmente naquela irritante fase do peixe com antena de
lanterna.
Esse não tem lanterna, mas também é muito irritante!
O som é sensacional, os efeitos sonoros principalmente dos
inimigos quando morrem são marcantes e dificilmente saem da cabeça. Mas,
o que se destaca neste jogo, que ainda não foi superado até hoje, é a trilha sonora.
É incrível ver o que David Wise pôde fazer com recursos limitados, como eram as
capacidades de áudio do SNES.
Dentro da trilha sonora temos diversos estilos diferentes,
passando de uma clássica musica de marujos, até um puro jazz de New Orleans. Musicas que dificilmente vão desgrudar de seus ouvidos, que se adéquam ao tom de cada fase, e que as vezes, devido a sua
imensa qualidade, transcendem a realidade do jogo combinando e ao mesmo tempo
contrastando com o que está estabelecido na tela. Complicado não é? Então repare bem na musica
Stickerbrush Symphony na fase Bramble Blast do terceiro mundo e aí vocês vão
entender o eu estou falando.
Não se fazem mais jogos assim
Mesmo com muitos jogos bons desse gênero lançados
ultimamente (alguns excelentes, diga-se de passagem), existe um brilho nos jogos da geração 8 e
16bits que não consegue ser batido. Não sei vocês, mas ainda hoje me divirto
muito mais jogando os primeiros DK do que jogando qualquer um dos Return’s.
Sinais dos tempos talvez, mas no fundo acho que só estou ficando velho.