Nintendo - 04/09/2014

Consoles que amamos: Nintendo Wii


O pequeno gigante da Nintendo. O console mais polêmico desde o Virtual Boy. Ele que foi capaz de desbancar o Playstation 3 e o Xbox 360. Líder de vendas da sétima geração de consoles. O outrora subestimado. Detentor de obras primas com Super Mario Galaxy e The Legend of Zelda Skyward Sword. Preferência absoluta entre velhinhos e donas de casa. A maior conquista comercial do legado de Satoru Iwata. Senhoras e senhores, ele está entre nós agora. Aquele que já foi chamado de “revolucionário”, o grande Nintendo Wii.

É isso aí! Hoje o Console que Amamos vai falar sobre as minhas experiências com este tão amado e odiado console da Nintendo. Então venham comigo nesta viagem a um passado não tão distante. Boa Leitura!

Mario indo comprar seu Nintendo Wii no dia do lançamento!

O grande hype!
Eu me lembro, como se fosse ontem, a primeira vez que vi um Wiimote. Foi nas paginas de uma Nintendo World, lá em 2006. A capa era sobre Advence Wars Dual Strike para o DS, mas uma noticia de ultima hora fez com que as prensas fossem paradas, e a revista recebeu uma manchete na lateral que dizia:  “Revelado o controle do Revolution!” (Na época o Wii era conhecido apenas pelo codinome).

Minha primeira reação foi choque. A segunda foi confusão: como seria possível jogar com aquilo? A ideia do sensor de movimentos era transmitida pela revista, mas eu não conseguia enxergar nenhuma aplicação prática para aquilo. Bom eu tinha só 14 anos, não entendia muita coisa sobre negócios, porem os investidores da Nintendo entendiam menos ainda, pois um dia depois que foi apresentado o controle as ações da Big N foram a nocaute.

Revolucionário!

Mas o tempo foi o grande juiz, e com o lançamento do Wii a Nintendo mostrou a que veio. Com um hardware modesto compensado por uma inovação sem fronteiras, o console chegou ao topo batendo seus robustos concorrentes e se fez presente em lugares que nunca antes um vídeo game havia chegado.

Os primeiros contatos
O Wii foi o primeiro console de uma geração atual que eu pude comprar. Eu tinha, na época, um SNES e um N64, e compensava a ausência de jogos novos com o meu PC. Até então eu não estava ligando para o novo console da Nintendo, não havia entendido o quão genial era a ideia do Wiimote. Até que um dia fui a um shopping com meus pais e em uma das lojas havia um Wii para testar.

Aquele foi o momento! Aqueles poucos minutos reacenderam dentro de mim um espírito Nintendista que estava adormecido desde a época em que eu passava as tardes jogando Super Mario World. Naquela loja eu testei Wii Sports e fui fisgado pelo console que até então eu nunca quis ter.

Um dos primeiros jogos para Wii, que começou com tudo em cima!

Depois disso, passei a respirar Wii, consumir toda e qualquer informação que saia sobre o console. Nada me escapava. Revirava o que havia de disponível na Internet. Esperava ansioso um mês inteiro pela próxima Nintendo World que traria novos Reviews e Previews sensacionais.

Contando os trocados
Quando o Wii saiu eu tinha 16 anos, fazia alguns bicos por aí concertando computadores. Já havia passado da época de pedir as coisas para meu pai, tinha que conseguir com meu próprio suor. Alguns meses depois consegui entrar em um curso técnico e, passado mais alguns meses eu consegui passar em um processo seletivo para entrar como menor aprendiz em uma multinacional. Isso tudo só significava uma coisa: agora eu tinha os meios para comprar um Wii.

A cada mês que fechava, a cada salario que chegava eu guardava uma parte, era sagrado, era meu dízimo para a Nintendo. Enquanto juntava o dinheiro eu procurava aonde conseguiria compra o console pelo menor preço. Depois de muita pesquisa, cheguei à conclusão que eu teria que me deslocar até a Meca dos Nerds, o centro de toda a vanguarda gamistica do país, sim estou falando da rua Santa Ifigênia no centro de São Paulo.

E diziam que o Wii não conseguia fazer bons gráficos!

Os meses foram passando, e finalmente em agosto de 2009 eu tinha todo o dinheiro que precisava para adquirir meu sonho de consumo. Meu pai bancou a viagem até São Paulo (coisa de uns 100km mais ou menos), deixamos o carro no Tucuruvi e fomos de metrô até o centro. Dividimos o dinheiro em quatro montes iguais, uma parte em cada bolso da calça de cada um de nós dois. E rodamos a rua inteira, perguntando preços de consoles, jogos e acessórios.

Seis meses poupando dinheiro pra chegar em casa liso como nunca mas também feliz como nunca. Mais uma vez meu pai foi personagem principal em uma empreitada pelos consoles da Big N.

Grandes Jogos, grandes momentos
Devido a sua grande popularidade uma imensidão de títulos discutíveis fora lançada para Wii. Muitas cópias baratas de Wii Sports, jogos infantis com temáticas baseadas em brinquedos, livros de histórias digitais, e adaptações horríveis. Muitas pessoas enfocam apenas nesse aspecto do Wii, usando isso como argumento de que o console não tinha títulos de qualidade. Ledo engano.

A começar pela obra de arte que é Super Mario Galaxy até a incrível aventura que foi Metroid Prime 3. Como não amar um console que possui dois Marios em 3D, um em 2D, quatro Metroids(!) e dois Zeldas! É intriga da oposição! Existe muita coisa incrível para ser jogada no Wii.

Um final épico para um dos jogos mais épicos de todos os tempos!

Até hoje apenas um jogo me emocionou a ponto de eu chegar às lágrimas. Ele é a síntese do que um jogo deveria ser e, na opinião desse humilde redator, é o ápice da maior série de vídeo games de todos os tempos, ele se chama The Legend of Zelda: Skyward Sword, um jogo para Nintendo Wii.

Hoje possuo um Wii U e mesmo assim não me desfiz do meu Wii. Além de ele ser um símbolo da minha primeira conquista financeira, nada paga a lembrança do tamanho do sorriso que eu abri quando entrei com o Mario pela primeira vez em Good Egg Galaxy e fui recebido pelo som de clarins. Simplesmente inesquecível.

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