A magia e a sedução de Bayonetta fora do mundo dos games: Bayonetta: Bloody Fate
Por Caio Gomes
Em 2013, os japoneses puderam conferir direto nos cinemas, a primeira aventura da bruxa mais sexy dos games no mundo das animações. Para nós aqui no ocidente, a espera chegou ao fim. Desde o último dia 21, já está disponível para quem quiser, o Blu-ray do filme em anime de Bayonetta intitulado Bayonetta: Bloody Fate. E, aproveitando o lançamento do segundo game desta incrível bruxa, nós assistimos o filme e contamos a nossa opinião para você! Entre no clima de Bayonetta e descubra abaixo o nosso veredito para esta adaptação:
As mentes por trás do projeto
As mentes por trás do projeto
Quando uma adaptação de um game é anunciada, muita expectativa surge em torno da equipe envolvida no projeto e com Bloody Fate não poderia ser diferente. As personalidades envolvidas são os melhores do ramo na animação japonesa: o estúdio Gonzo (que já realizou animes incríveis como Afro Samurai, Basilisk, Hellsing entre outros), o roteirista Mitsutaka Hirota (que já trabalhou no especial Pokémon: The Origin, na versão de 2011 do Hunter X Hunter, The Prince of Tennis e Yu-Gi-Oh Zexal), o diretor Fuminori Kizaki (que dirigiu Afro Samurai e a versão japonesa para os X-Men), e Ai Yokoyama (Devil May Cry, o filme Hunter X Hunter: Phantom Rogue e as adaptações japonesas para Supernatural e X-Men), que ficou responsável pelo character design. Mentes brilhantes por atrás de um projeto que tinha tudo para dar certo.
Dos games para o mundo dos animes
A história do filme segue a mesma que a do primeiro game: Bayonetta, enquanto massacra anjos e deixa um rastro de destruição por onde passa, busca respostas para o seu passado. Em seu caminho há um jornalista em busca de vingança, uma criança que insiste em lhe chamar de mãe, uma mulher misteriosa que parece conhecer Bayonetta mais do que ela mesma e por fim, um líder de uma poderosa seita que parece ter todas as respostas que a protagonista procura.
O filme toma liberdade para realizar algumas adaptações, como mudar a ordem dos fatos, alguns locais do game e algumas lutas. Porém, de forma alguma a essência do game se perde! As lutas mais clássicas, mesmo com mudanças, estão todas presentes. Os mistérios sobre o passado da personagem estão bem explicados e coerentes. E claro, todo o carisma e charme dos personagens estão completamente intactos.
Para quem já desfrutou do primeiro game, pode estranhar num primeiro momento, a agilidade dos fatos como acontecem no filme. Mas, como se trata de uma adaptação, com duração aproximada de duas horas, realmente fica impossível colocar todos os detalhes do game na película (afinal, o modo história do game chega a durar em torno de 12 horas. Tempo impossível para um filme). Bloody Fate se torna uma ótima pedida para aqueles que não puderam desfrutar da primeira aventura de Bayonetta ou para aqueles que querem conhecer este incrível universo criado pela Platinum Games e pela mente brilhante de Hideki Kamiya.
A (ótima) dublagem
Uma das maiores virtudes que o primeiro game de Bayonetta nos trouxe na sétima geração foi sua dublagem. Com vozes extremamente marcantes e carismáticas, ficou impossível desvincular a voz de Helena Taylor e cia., depois da aventura de 2009. E o trabalho mais do que competente se repete aqui, as vozes estão incríveis o que ainda melhora o prazer de assistir a animação.
Porém, os japoneses tiveram muito o que comemorar: pela primeira primeira vez eles puderam apreciar a dublagem japonesa. Ao contrário do filme, o primeiro game aportou por lá apenas com a dublagem americana, o que causou certa polêmica na época.
O sucesso e a qualidade da dublagem nipônica em Bloddy Fate foi tão grande, que todo o elenco retornou para as dublar os dois games nas versões para o Wii U. Um belo presente para os gamers, que agora contam com duas ótimas dublagens: a oriental e a ocidental. E desta forma, será impossível assistir o filme apenas uma vez e com apenas uma dublagem.
O sucesso e a qualidade da dublagem nipônica em Bloddy Fate foi tão grande, que todo o elenco retornou para as dublar os dois games nas versões para o Wii U. Um belo presente para os gamers, que agora contam com duas ótimas dublagens: a oriental e a ocidental. E desta forma, será impossível assistir o filme apenas uma vez e com apenas uma dublagem.
Bloody Fate e sua canção tema
A trilha sonora do filme brilha por trazer várias canções já presentes no game. Porém, ela brilha muito mais, por nos presentear com uma canção ainda mais bela: Night, I Stand, cantada pela artista japonesa Mai (quem acompanha One Piece pode ouvi-la nos encerramentos nono e décimo do anime). A canção ganhou duas versões e ambas são inesquecíveis. Como descrever a música perde todo o brilhantismo e sentimento que ela pode proporcionar, faça este favor a si mesmo e ouça a versão japonesa e logo depois a versão americana e escolha a sua favorita.
Um Destino Sangrento
Bayonetta: Bloody Fate acerta em cheio ao expandir o universo da bruxa mais poderosa do mundo dos games. Com ótimas cenas de ação e um roteiro bem competente, a animação se torna espetacularmente bela e divertida. Ao honrar o legado da franquia, o filme respeita os fãs e atrai um novo público de forma fantástica!
Com o sucesso conquistado, muito em breve teremos mais notícias sobre uma (muito) aguardada continuação. O Blu-ray vem acompanhado do DVD e ambos oferecem extras pouco atrativos, infelizmente. Mas mesmo com poucos extras, acompanhar a saga desta incrível bruxa em alta definição se torna um espetáculo ainda mais gratificante.
Bayonetta e seu destino sangrento irão lhe seduzir fora do universo dos games e será difícil escapar desta tentação.
Bayonetta e seu destino sangrento irão lhe seduzir fora do universo dos games e será difícil escapar desta tentação.
Assista ao trailer e sinta a magia de Bayonetta: