Hyrule Warriors: Um jogo feito por fãs... para fãs
Por Angelo Mota
Criar um jogo à base de um fan service é uma tarefa difícil, e é algo que todo fã de Zelda deseja quando um novo capítulo na série é anunciado. Para que isso aconteça de forma satisfatória, o jogo precisa ter uma ambientação nova, mas passar por lugares antes vistos na série (porque cada fã tem seu local preferido no extenso mundo de Hyrule). Além disso, ele deverá trazer os personagens que representam a clássica Triforce (Link, Zelda e Ganondorf), mas também muitos personagens novos e, se possível, outros personagens que já apareceram em capítulos anteriores da série, desempenhando papéis de importância e ajudando para o desenvolvimento da trama. Este seria o Zelda perfeito, seria o Zelda fan service. Mas ele nunca aconteceu...
...Até agora.
Hyrule Warriors é o Zelda fan service que os fãs tanto queriam, e ainda traz gráficos “estilo realista” para sossegar até os mais exigentes, que insistem em não ver força/beleza/potencial em The Wind Waker e companhia apenas porque eles são “cartunescos”.
Fruto de um projeto iniciado pela própria Koei Tecmo (declaradamente criado por fãs de Zelda), Hyrule Warriors foi apresentado para a Nintendo e aceito de braços abertos por Eiji Aonuma, produtor da série, que fez questão de supervisionar todo o andamento do projeto bem de perto.
O jogo, pra quem ainda não sabe, mistura os universos de Dynasty Warriors e The Legend of Zelda, mas sem criar um crossover entre as séries. Ele utiliza a jogabilidade (estratégia, golpes, combos) da série Dynasty, e os elementos (mundos, personagens e itens) da série Zelda.
Era uma vez...
Quem não jogou Hyrule Warriors e se importa com revelações da trama, pode pular essa parte até a indicação de final do spoiler.
[SPOILER ALERT]
Hyrule Warriors nos apresenta a novos personagens que agora fazem parte da franquia Zelda, e conta uma história que determina pontos importantes para toda a construção do universo Zelda. Aqui nós conhecemos a feiticeira Cia, que é uma espécie guardiã de Triforce e observadora do tempo e espaço, supervisionando para que todos os universos que foram criados após Ocarina of Time (as divisões da Timeline) coexistam sem jamais colidirem uns com os outros.
Seu trabalho é fundamentalmente observar, sem jamais poder interferir no destino daquelas pessoas. Mas durante esse processo, Cia se vê encantada pelo Herói, que surge em diversas ocasiões, sempre na pele de um guerreiro puro e de bom coração, disposto a tudo para salvar o mundo em que se encontra.
Aproveitando-se dessa fraqueza da poderosa feiticeira, nosso vilão favorito, Ganondorf, divide sua alma em duas, e separa tudo o que existe de bom do que existe de ruim dentro do coração de Cia, e assim começa a aventura em Hyrule Warriors. Essa base servirá para explicar porque você joga nos mundos de Ocarina of Time, Twilight Princess e Skyward Sword, e também o porquê da existência da personagem Lana, outra novata da série.
[FINAL DOS SPOILERS]
É uma trama muito bem elaborada e que cria uma história interessante para o decorrer da aventura. É claro que existem alguns furos, como a existência de Sheik da forma como ela se mostra no jogo, mas são pontos que podem ser relevados.
Além da preocupação em entregar aos fãs um produto que trouxesse novidade e nostalgia, houve um cuidado na concepção da história para que o jogo possa se encaixar legitimamente na trama da série The Legend of Zelda, podendo inclusive fazer parte da Timeline oficial, não servindo apenas como um spin-off, mas se tornando um episódio essencial para toda a história da criação e desenvolvimento de Hyrule.
A equipe de desenvolvimento não teve a ousadia necessária para criar diálogos falados no jogo, afinal de contas dificilmente Aonuma aprovaria isso, uma vez que iria descaracterizar a série (e se alguém tiver que fazer isso uma primeira vez, eles querem que sejam eles, Eiji e Miyamoto), mas eles criaram um sistema de narração falada em cada um dos capítulos do jogo que dá mais vida para o desenrolar da história, e que pode facilmente ser abraçado por futuros jogos da série.
Um novo jeito de jogar Zelda
Toda a jogabilidade de Hyrule Warriors é baseada na série Dynasty Warriors, então esqueça tudo o que você já viu e aprendeu de combate em Zelda, para poder se dar bem nessa aventura. O jogo conta com os clássicos corações e barras de magia/poder e inclusive as armas já conhecidas pelo jogador, como bombas, hookshot e bumerangue. Mas suas utilizações seguirão as regras do novo estilo de jogo, e um processo de adaptação (principalmente para quem não está habituado à série Dynasty) será necessário. Os personagens sobem de nível e existem muitas barras de status, que medem golpes especiais, energia dos inimigos, quantidade de inimigos a serem derrotados, entre outras coisas.
Os golpes possuem combos que multiplicam os danos e potencializam o poder do personagem. Conhecer e aumentar esses combos é essencial para vencer batalhas mais difíceis contra chefes mais chatos, no nível hard de dificuldade. Por isso, o Bazaar, um lugar onde o jogador pode fundir armas, aumentar seu poder de ataque e defesa e ainda comprar algumas coisinhas, deve ser um dos pontos mais visitados para o jogador. Não deixe de ir sempre lá e trocar os itens e rupees que ganhou por melhorias em todos os personagens, aumentando assim sua chance de vencer as batalhas com mais facilidade e completar o jogo em todos os níveis de dificuldade apresentados.
E por falar em dificuldade, o jogo não é nada assustadoramente difícil, mas é sim muito técnico, então, por não contar com a jogabilidade clássica de Zelda, algumas missões devem ser cumpridas à risca, e muita informação será jogada na tela, resultando em um aumento na força dos vilões (ou seja, um aumento instantâneo de dificuldade) caso algumas missões não sejam cumpridas.
Isso aumenta um pouco a inteligência artificial do jogo, que não é das mais eficientes, e oscila entre inimigos que ficam totalmente estáticos, sem sequer perceber que você está parado na frente deles, e outros que não param de te atacar enquanto não são arremessados a uma distância segura.
Um jogo de conteúdo... muito conteúdo!
Hyrule Warriors é um jogo completo quando o assunto é conteúdo. Vai ser difícil ver alguém reclamando do jogo nesse sentido. A campanha principal, o Legend Mode, é relativamente curta, menor do que qualquer Zelda já feito. Quando você menos espera, o jogo acabou. Mas isso não é, nem de longe, uma coisa ruim nesse episódio em especial. Durante sua curta duração, o Legend Mode oferece conteúdo suficiente para que você possa se habituar ao game, e assim poder se aventurar nos outros modos que o jogo tem a oferecer, e é aí que ele se transforma em um jogo extenso e oferece ao fã de Zelda algo que eles já estão muito habituados, as famosas side-quests, que complementam a aventura principal e transformam qualquer jogo da série em uma aventura sem limites e com uma vida útil maior do que realmente aparenta.
O Legend Mode é onde a história do jogo toma forma, e já entrei em detalhes sobre a mesma anteriormente, mas o jogo reserva surpresas que podem deixar os fãs de Zelda muito felizes. E quem andou por aí falando que o jogo não tem a essência da série The Legend of Zelda por não contar uma história que faça jus à franquia está um pouco equivocado, porque a trama explorada em Hyrule Warriors faria sentido em qualquer jogo da série, e se for explorada no futuro em outras entradas da franquia, será muito bem vinda em qualquer aventura que envolva o Herói, a Princesa, o Vilão e Hyrule. Ouso ainda dizer que a história cria elementos de extrema importância para toda a existência do universo de Zelda, que sem dúvida alguma serão revisitados futuramente.
Esse modo de jogo é só a ponta do iceberg, porque o jogo ainda conta com o Free Mode, que permite que você revisite os episódios do Legend Mode, utilizando qualquer personagem (o Legend Mode limita a utilização de alguns personagens durante seu desenvolvimento, para que a história possa fazer sentido) e finalizando os outros níveis de dificuldade, podendo coletar todos os itens e ganhar mais rupees e experiência para seu personagem.
Ainda existe o Challenge Mode, que como o próprio nome bem exemplifica, irá criar desafios para o jogador, e este terá que ser muito ágil e ficar atento a tudo o que é informado na tela, caso queira vencer todos eles. Neste modo, a utilização constante ou não do Bazaar fará toda a diferença para o personagem.
E a cereja do bolo talvez seja o Adventure Mode, que tem tanta (ou até mais) importância quanto o Legend Mode. Este modo de jogo nos apresenta a um mapa gigantesco, nos moldes do primeiro The Legend of Zelda, repleto de missões das mais diversas, que irão desafiar o jogador a demonstrar tudo o que ele aprendeu durante o jogo. Tendo que derrotar inimigos em um curto período de tempo, matar mini-chefes sem tomas dano, aniquilar hordas de bichos apenas com golpes especiais, entre outras coisas. Quando você vence uma batalha, novas áreas do mapa vão sendo liberadas, e elas dependem do ranking que você conseguir durante a luta. O mapa é gigantesco, repleto de segredos e itens especiais, que podem te auxiliar e muito durante as outras batalhas. A exploração foi levada ao extremo durante todo o jogo. Não é apenas porrada. É estratégia, cuidado e muito olho clínico para saber o que e onde fazer.
E se isso não foi o suficiente pra você, ele ainda contará com três pacotes de DLC que começarão a ser lançados a partir de 16 de outubro, e que trazem ainda mais conteúdo para um jogo que já veio recheado. Mas os DLCs não são fundamentais para a construção do mesmo. Hyrule Warriors é um jogo que sabe se sustentar apenas com o material disponível em seu lançamento, e todo o conteúdo que vier futuramente servirá apenas como um extra, como ele realmente é, e passaremos por eles um a um, analisando seus pontos positivos e negativos.
O fan service definitivo
Desde The Wind Waker, Zelda vem criando polêmica entre os fãs em relação a gráficos. Normalmente é puro capricho, mas todo mundo tem uma opinião a apresentar quando um novo jogo é anunciado. E o estilo cartunesco mais artístico que a série tomou depois desse exemplar, e aí podemos incluir Phantom Hourglass, Spirit Tracks, Skyward Sword e o recém-anunciado Zelda U, não vem agradando os fãs mais adeptos de “gráficos realistas” e “estilo maduro”, que querem uma experiência mais parecida com Twilight Princess de volta à série.
Como a Koei Tecmo estava criando um produto que seria o maior fan service já visto dentro da Nintendo, decidiram não decepcionar os fãs nesse sentido. E já que Zelda U vai vir com gráficos que funcionam como uma evolução do cel shading, Hyrule Warriors traz toda a beleza dos gráficos realistas ao estilo HD do Wii U, e essa combinação é de tirar o fôlego.
Os gráficos ingame são lindos, e a quantidade de personagens, itens e outras coisas na tela deixa o universo rico e diversificado.
Mas é nas cutscenes que o jogo se destaca e mostra todo o seu potencial. As animações estão presentes durante toda a aventura, em todos os modos de jogo, e são lindas e impecáveis. Todos os personagens estão muito bem trabalhados e cada detalhe minucioso foi importante na construção de cada um deles, criando uma sensação de novidade ao mesmo tempo em que proporciona uma nostalgia, por poder rever aqueles personagens que mais te marcaram totalmente refeitos em lindos gráficos HD e em alta definição, cheios de vida e personalidade.
Zelda é uma série muito diversificada em estilo. Muito rica. The Wind Waker HD, no Wii U, elevou a beleza do cel shading a um nível superior e mostrou que um jogo que já era um dos mais bonitos de sua geração consegue ficar ainda melhor com os truques certos de luz e sombra. Agora, com Hyrule Warriors, nós temos um Zelda que se diferencia do estilo cartunesco do episódio anterior, atendendo, desta forma, todos os fãs da série.
Cada um no seu quadrado
O jogo decepcionou alguns fãs, principalmente da série Dynasty Warriors, por não oferecer um modo co-op online, mas a partir do momento em que foi lançado, isso logo foi esquecido, exatamente por oferecer uma experiência única no Wii U durante o co-op local.
Mas nem tudo foi perdido no sentido de conectividade. Alguns recursos online permaneceram, e estão presentes no Adventure Mode e em postagens automáticas que o jogo faz no Miiverse, detalhando as conquistas do jogador, para que você possa mostrar aos seus amigos quão bom você é nas batalhas.
A utilização do GamePad é sempre um assunto polêmico quando se trata de jogos de Wii U. Em Hyrule Warriors, ela envolve ações básicas como alterar os itens que podem ser utilizados e ver quais personagens estão na batalha e seus status. Mas tudo isso é pequeno perto da melhor utilização já criada para a tela do controle do Wii U.
Durante o modo co-op, o jogo disponibiliza uma tela para cada jogador, permitindo que eles tenham independência de movimentos e que cada um possa focar em sua missão sem interrupções, facilitando, desta forma, a jogabilidade, e permitindo que você possa cumprir as missões com mais agilidade e atingindo rankings maiores. Um dos jogadores utiliza a tela do GamePad e o outro fica com a tela da TV. Não desmerecendo outras utilizações muito boas da tela touch, mas isso faz com que qualquer outra utilização do GamePad se torne pequena, principalmente se compararmos com outras utilizações dentro do próprio Hyrule Warriors. O GamePad se faz indispensável no multiplayer local e é assim que todos os jogos exclusivos do Wii U deveriam tratar o controle, como um recurso indispensável.
Isso cria um benefício mutuo, porque obriga o jogador a utilizar o GamePad, que até então é um controle que muitas pessoas deixam de lado, preferindo o Pro Controller ou até o Wiimote + nunchuck, ao mesmo tempo que enriquece as partidas multiplayer, que é um dos melhores recursos do jogo.
Isso cria um benefício mutuo, porque obriga o jogador a utilizar o GamePad, que até então é um controle que muitas pessoas deixam de lado, preferindo o Pro Controller ou até o Wiimote + nunchuck, ao mesmo tempo que enriquece as partidas multiplayer, que é um dos melhores recursos do jogo.
It's dangerous to go alone...
O modo single player é uma realidade, mas não é das melhores realidades existentes. O jogo oferece praticamente a mesma experiência no single player, com a diferença que você não terá uma ajuda tão ativa durante as missões, tornando-as mais difíceis e até um pouco maçantes. Principalmente no Legend Mode.
Talvez o Adventure Mode seja o lugar mais adequado para se jogar no single, porque são pequenas missões com regras pré-definidas e oferecem um desafio ao jogador, uma vez que os mais determinados irão lutar com todas as suas armas para conseguir sempre o melhor ranking possível, mas ainda assim, o Adventure Mode se torna mais fácil/gratificante no co-op.
Qualquer batalha no modo single player acaba se tornando um pouco maçante, e por mais que outros personagens apareçam durante as missões, eles nunca oferecem uma ajuda efetiva, uma vez que eles causam danos aos inimigos, mas não chegam a destruí-los, principalmente se estivermos falando de chefes e mini-chefes. Eles podem enfraquecê-los, mas matá-los será uma tarefa exclusivamente sua. Não chega a ser algo desanimador ou que não ofereça algum desafio (pelo contrário, oferece ainda mais desafio que no multi), mas parece solitário e aborrecido perto da experiência de dividir a luta com outra pessoa e poder criar estratégias em tempo real para encontrar a melhor forma de alcançar o objetivo.
Qualquer batalha no modo single player acaba se tornando um pouco maçante, e por mais que outros personagens apareçam durante as missões, eles nunca oferecem uma ajuda efetiva, uma vez que eles causam danos aos inimigos, mas não chegam a destruí-los, principalmente se estivermos falando de chefes e mini-chefes. Eles podem enfraquecê-los, mas matá-los será uma tarefa exclusivamente sua. Não chega a ser algo desanimador ou que não ofereça algum desafio (pelo contrário, oferece ainda mais desafio que no multi), mas parece solitário e aborrecido perto da experiência de dividir a luta com outra pessoa e poder criar estratégias em tempo real para encontrar a melhor forma de alcançar o objetivo.
...Take this!
Resumindo toda essa história, Hyrule Warriors é um jogo criado para se jogar em multiplayer, porque além de desenvolver um ambiente convidativo para o modo co-op, com a divisão de telas e facilitando as missões, ainda gera momentos inesquecíveis, do tipo:
“- Vai no chefe da direita que eu vou no da esquerda
- Beleza
...alguns segundos depois
- Você está indo pro mesmo lugar que eu”
“- Estou morrendo aqui, corre, me ajuda a matar esse chefe”
“- Onde o inimigo apareceu?
- Olha no mapa, tem uma indicação aí.
- Ah, achei, vou lá.
...silêncio
- Eu sou a seta amarela ou a verde?”
Hyrule Warriors é uma experiência totalmente diferente quando se está jogando em co-op, e isso é um fator de extrema importância, que enriquece a experiência e demonstra cuidado na concepção do jogo.
Afinal de contas... É Zelda?
Hyrule Warriors é sim um Zelda legítimo, não deixe ninguém te convencer do contrário. O jogo oferece uma experiência sólida, com um nível de dificuldade balanceado, e ainda conta uma história convincente, capaz de colocá-lo na Timeline, com uma trama bem desenvolvida e personagens interessantes.
Criado por fãs e para agradar os fãs, ele é, sem dúvida alguma, o maior de todos os fan services, tanto para a série Zelda, quanto para a Nintendo, e soube escolher bem os elementos corretos para criar esse mundo cheio de coisas novas, e também cheio de nostalgia, e ele não vai parar de te surpreender até que você explore até o último cantinho escondido da agora amplificada terra de Hyrule.
Ainda temos um longo caminho de espera até Zelda U, mas Hyrule Warriors soube ocupar seu espaço na série e preencher essa lacuna, minimizando essa espera torturante. E simplesmente não conseguiremos mais imaginar The Legend of Zelda sem Cia, Lana e Volga.
Afinal de contas... É Zelda?
Hyrule Warriors é sim um Zelda legítimo, não deixe ninguém te convencer do contrário. O jogo oferece uma experiência sólida, com um nível de dificuldade balanceado, e ainda conta uma história convincente, capaz de colocá-lo na Timeline, com uma trama bem desenvolvida e personagens interessantes.
Criado por fãs e para agradar os fãs, ele é, sem dúvida alguma, o maior de todos os fan services, tanto para a série Zelda, quanto para a Nintendo, e soube escolher bem os elementos corretos para criar esse mundo cheio de coisas novas, e também cheio de nostalgia, e ele não vai parar de te surpreender até que você explore até o último cantinho escondido da agora amplificada terra de Hyrule.
Ainda temos um longo caminho de espera até Zelda U, mas Hyrule Warriors soube ocupar seu espaço na série e preencher essa lacuna, minimizando essa espera torturante. E simplesmente não conseguiremos mais imaginar The Legend of Zelda sem Cia, Lana e Volga.