Nintendo - 13/10/2014

O que a Nintendo pode aprender com os estandes da Sony e da Microsoft na BGS 2014


Concorrentes da Nintendo no campo dos games, a Sony e a Microsoft fizeram bonito na Brasil Game Show 2014. Ambas tiveram seus estandes, apresentaram seus principais jogos e demonstraram interesse com o público nacional. Nós vimos tudo perto de perto e contaremos para você como foi a experiência e como a Nintendo pode aprender com isso.

Sony
Como no ano passado, a Sony veio em peso para a BGS 2014. Com um espaço bem amplo (o maior estande da feira) e com direito à estatuetas dos seus principais personagens (Nathan Drake, Kratos e Sackboy), a Sony tinha também um espaço para apresentações dos produtores, que mostraram diversos games e até mesmo algumas demos, como a do game Until Dawn.


Em questão de jogos o estande da empresa estava bem servido. Desde jogos exclusivos, futuros lançamentos até mesmo games recém lançados, opções divertidas não faltaram. Jogos como Bloodborne, Little Big Planet 3, The Order 1886, Drive Club, The Evil Within, The Last of Us Remastered e Diablo III - Reaper of Souls eram alguns dos vários games disponíveis, entre uma fila e outra é claro. Dentro dos jogos indie, e sem grandes filas, os visitantes podiam aproveitar ótimas opções de jogos como Ninjin da Pocket Trap, To Leave da Freaky Creations e o Chroma Squad da Behold Studios.


Os visitantes que passavam pelo estande da Sony, além de ganhar brindes exclusivos como pôsteres, camisetas e aviso de portas personalizados havia também uma mini Tattoo Shop em que o os visitantes podiam escolher até três opções de tatuagens de rena temáticas da empresa.

Microsoft
A Microsoft também fez bonito na BGS 2014. Com um espaço bem menor em relação à sua concorrente, a Microsoft trouxe uma boa variedade de games. Forza Horizon 2, Kinect Sports Rival, Project Spark, Ori and the Blind Forest, Dying Light, Halo: The Master Chief Collection, Killer Instinct, Sunset Overdrive (o jogo mais divertido e com a maior fila do estande, inclusive) e até mesmo jogos já lançados como Ryse Son of Rome e Ultra Street Fighter IV.



Dentro do estande, os visitantes podiam verificar o tamanho da sua força ao usarem um martelo num brinquedo temático de Sunset Overdrive. Além da atração temática do game exclusivo da empresa, os jogadores também receberam como brinde um energético e também podiam concorrer ao sorteio de um XBox One. No lado externo do estande, aqueles que passavam por perto podiam conferir em um grande telão, trailers de futuros lançamentos da empresa que também estavam disponíveis para serem jogados.
Sony X Microsoft
À sua maneira, cada uma das empresas mandaram muito bem em seus respectivos estandes. Com ótimos jogos, as duas empresas souberam bem como agradar seus respectivos públicos. As duas empresas não esqueceram dos jogos indie e também trouxeram maneiras diferenciadas para agradar os visitantes e os jogadores em cada um dos seus estandes.

A Sony sabe muito bem como tratar seu público. Ao trazer uma grande (e ótima) variedade de jogos e uma boa leva de exclusivos, que sairá para o seu mais novo console, fica a certeza de que todos que por lá passaram ficaram muito felizes e empolgados com que jogaram lá. Os jogos indie também tiveram um grande destaque por parte da empresa e o público pode se deliciar com excelentes jogos, sendo que a maioria deles eram de desenvolvedores nacionais. O que comprova a preocupação da empresa com o mercado nacional de fato.


A Microsoft, apesar do espaço não tão grande assim era muito fácil localizar os jogos que mais lhe chamassem a atenção. Com uma variedade de jogos um pouco menor com relação à Sony, a empresa priorizou qualidade em vez de quantidade. Sunset Overdrive sem sombra de dúvidas é um game que pode fazer muitos comprarem o novo XBox One, além da coletânea remasterizada de Halo, que sempre agrada em cheio os fãs da empresa. 
Um fator é evidente: as duas empresas se preocupam com o mercado brasileiro e seus clientes.
O que a Nintendo deve aprender com suas rivais
Depois de tudo acima falado, se torna nítida a ausência da Nintendo num evento do porte da BGS. É muito legal presenciarmos um evento de lançamento do game do 3DS, como foi o caso do Super Smash Bros. que aconteceu aqui em São Paulo no último dia 03. Porém, apenas isto não é suficiente. Sabemos que em termos de qualidade, a Nintendo sabe fazer jogos como ninguém e com certeza muitos esperariam o tempo que fosse necessário para jogar nem que fosse cinco minutos do Super Smash Bros do Wii U ou então o tão aguardado Bayonetta 2.

Hoje em dia, o mercado indie tem mostrado a sua força cada vez mais e se a Big N não mudar ou melhorar a sua política, ela pode perder um grande mercado, que cresce a cada dia que se passa e conquista ainda mais o público em geral. As suas concorrentes já notaram isso Nintendo!
Outro fator que deve ser levando em conta é localização dos games. Ao visitar os estandes da Sony e Microsoft, o visitante podia encontrar, vários jogos localizados para o português brasileiro. E quem é fã da Nintendo, sabe muito bem a fraca quantidade de jogos localizados para o nosso idioma que a empresa possui, e esta lista não é grande. Querendo ou não, este fator também faz a diferença, e com o público alvo que a Big N possui, a localização de um game pode se tornar uma grande vantagem. A Sony e Microsoft já dão o devido valor ao mercado brasileiro há algum tempo, e pelo visto, a Nintendo ainda insiste em manter seus olhos fechados para nós. Enquanto presenciamos o crescimento das concorrentes no mercado nacional, a Nintendo parece nem se preocupar com o nosso mercado (até hoje o Wii U não tem a eShop brasileira).

A Nintendo tem um potencial gigantesco para conquistar o mercado brasileiro, basta ela enxergar o trabalho que as suas rivais tem feito pelas terras tupiniquim. Quando a Big N enxergar as qualidades que suas concorrentes conquistaram e resolver pôr em prática o seu plano de investimento por aqui, a Sony e a Microsoft terão muitas preocupações pela frente.

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