Esta empresa japonesa que tem fãs pelo mundo todo, que carrega este nome de prestigio por lançar consoles incríveis, e personagens históricos, não foi sempre dessa forma e nem sempre foi tão boa como alguns pensam. A Nintendo completou, neste ano, 125 anos de uma história fascinante poucos conhecem a fundo. Para ajudá-lo na compreensão da história, fizemos este guia completo para contar toda a trajetória da Big-N através do tempo até chegar na empresa que é hoje.

Vamos voltar no tempo, á 381 anos atrás:
Em 1633 o governo japonês havia proibido a venda de jogos de cartas, isso contando os estrangeiros também, mantendo o jogo ilegal. E foi assim durante 256 anos, dando a certeza que realmente não teria mais esses tipos de jogos no país, mas para a surpresa de muitos, o governo japonês colocou em prática a primeira eleição geral para a Câmara dos Representantes do Japão e instituiu a Constituição do Império do Japão, chamada de Constituição Meiji. Estas mudanças de governo conduziram à revisão de várias leis que incluíram relaxar a proibição de inúmeros tipos de cartas de baralho, um deles o jogo chamado Hanafuda, que em vez de ter números em suas cartas, havia ilustrações. Apesar da liberação desse jogo, com tantos anos atrás sendo proibido, não teve uma boa aceitação, só que Fusajiro Yamauchi (1859-1940) veio para inovar, e fez esse jogo de uma maneira um pouco diferente: Yamauchi fez os desenhos das cartas a mão, o que fez aumentar a popularidade do jogo.

CURIOSIDADES: A companhia de Yamauchi escolheu a lenda do Tengu, simplesmente pelo fato de que ele possui um nariz avantajado: a palavra "hana" em japonês é pronunciada igualmente para duas definições de tradução - "flor" e "nariz" (ou seja, a palavra "hanafuda" usa o mesmo kanji de "flor", 花札). E pegando carona nessa explicação de acordo com o livro (The History of Nintendo 1889-1980: From Playing-Cards to Game & Watch), quando as pessoas visitavam Osaka e Kyoto e coçavam o nariz, isso significaria que estavam procurando por jogos de aposta.
Dizem que o significado de Nintendo seria "Deixe a sorte para o céu","Deixe a sorte com o paraíso" ou "Deixe a fortuna de alguém nas mãos do destino". Segundo o RPGamer, Nintendo é uma tradução imperfeita para "O lugar onde deixamos as coisas com os deuses e fazemos o melhor que podemos". Também traduzido como "fazemos o que podemos, o melhor que podemos, e esperamos pelos resultados". De acordo com o livro The History of Nintendo 1889-1980: From Playing-Cards to Game & Watch tem uma explicação mais minuciosa do que pode ser, que seria "o templo das hanafudas gratuitas" ou "a companhia que pode fazer (ou vender) hanafudas". Hiroshi Yamauchi diz que a tradução mais plausivel da palavra Nintendo seria "Deixe a sorte nas mãos do destino". Mas não há registros históricos que comprovem essas veracidades.

Pulando alguns anos, em 1917, Fusajiro Yamauchi constrói sua primeira sede, comandando ali por 12 anos e se aposentado para passar a empresa para seu genro, Sekiryo Kaneda, também conhecido como Sekiryo Yamauchi (1883-1949). O mesmo pegou o comando da empresa no auge de seu sucesso como maior vendedor de cards do Japão.
Em 1933, Sekiryo procurou expandir a empresa e estabeleceu uma Joint Venture (empreendimento conjunto), mudando o nome da empresa para Yamauchi Nintendo and Co e formou um distribuidor de jogos de cartas chamado Marufuku Company, Ltd. Depois de trabalhar na empresa por 20 anos, Sekiryo sofreu um derrame em 1949, obrigando-o a se aposentar. Sekiryo chamou seu neto Hiroshi Yamauchi (1927-2013), que estava na faculdade de direito na época, e pediu-lhe para assumir os negócios da família.

Agora parando um pouco nessa parte da linha do tempo, irei citar alguns pontos importantes de Hiroshi Yamauchi. No começo de seu trabalho na Nintendo, ele fez uma pareceria com a Disney, para produzir cartas com os personagens da empresa, e mais tarde quis mudar um pouco o rumo das coisas, trabalhando com redes de motéis e companhias de táxi, o que não deu muito certo.

Shigeru Miyamoto (1952), criador das franquias Mario, The Legend of Zelda, Donkey Kong, etc, e considerado um dos maiores nomes da indústria de games, veio depois, e foi atrás de uma entrevista com Hiroshi, conseguindo assim um contrato como artista e começando como aprendiz no departamento de planejamento. Hiroshi lançou alguns jogos fracassados como Radar Scope Arcade desenhado por Shigeru, chegando a levar a Nintendo a falência depois das Olimpiadas de Tóquio com a baixa venda de baralhos. Mas ainda sim foi o segundo maior acionista da Nintendo, tendo uma fortuna de cerca de 8 bilhões de dólares, foi 12º homem mais rico do Japão e detalhe: foi dono dos Seattle Mariners, famoso time de beisebol. Ai vem a pergunta: Como isso?


Para responder a essa pergunta vamos agora para 1970, quando o foco era totalmente para as fabricantes de jogos eletrônico Bandai e Atari. A Nintendo chamou Gunpei Yokoi (1941-1997) (haveria de ser no futuro uma figura super importante na Nintendo), que até aquele ano fazia fliperamas para alavancar a empresa, mas que não foi uma boa jogada, pois não teve uma boa aceitação nos EUA. Novamente Shigeru foi chamado para usar os gabinetes do fracassado Radar Scope, mesmo não tendo idéia do mundo da tecnologia, para inventar um jogo que seria um marceneiro chamado Jumpman que salvava sua namorada de um gorila, o então famoso até hoje Donkey Kong sendo lançado em 1981, acompanhado de seus mais novos personagens, o próprio Donkey Kong e Mario. Com tudo isso a empresa resolveu investir em um console, o Famicom (Family Computer). Ele funcionava a partir de Disk Cards para armazenamento de dados.


Em 1977, um pouco antes, foi lançado o Color TV Game, uma série de consoles de videogame lançados pela Nintendo. No Color Tv Game 6, que havia 6 variações do jogo Pong, os jogadores controlavam suas "raquetes" com seletores instalados na própria máquina.
Em seguida, em 1985, nos EUA, é lançado o NES (Nintendo Entertainment System), anteriormente lançado em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom, vindo para salvar a industria de jogos. Foi uma luz no fim do túnel, e que seria um novo padrão a ser seguido no futuro. Ficou conhecido aqui no Brasil como Nintendinho, e vendeu quase 62 milhões de consoles no mundo todo, com processador de 8 bits e funcionava com cartucho. Provavelmente você nunca tenha visto um original destes, pois não teve uma aceitação aqui no Brasil, o que fez aparecer as versões não oficiais, que usavam da mesma placa.

CURIOSIDADES: Em 1986 é projetado por Makoto Kano, Gunpei Yokoi, Hiroji Kiyotake e Yoshio Sakamoto o jogo Metroid, e mais um outro jogo chamado Kid Icarus criado pela Nintendo R&D1

Viajando nessa linha do tempo, vamos um pouco adiante a 1987, e passaremos a ver agora o segundo portátil da lista da Nintendo, o super divertido Game Boy. Nesse ano, a Nintendo apresentou esse portátil na E3, com intuito de fazer a mesma ou ainda maior fama do que o NES, ganhando mais espaço e destaque no mundo da tecnologia. Em 1988, ele já estava pronto, mas só em 1989 que começou a ser vendido. O pequeno Game Boy, para a surpresa de alguns, vendeu 32 milhões em três anos! O aparelho foi desenvolvido para ser um console de jogos realmente portátil, parecido com o Famicom, só que em um design menor (cabia no bolso de qualquer camisa ou calça), simples (o processador principal tinha apenas 4,19 Mhz e seu display era preto e branco), eficiente (as pilhas duravam até 20 horas ininterruptas), barato (foi lançado por algo equivalente a 100 dólares) e levaria até os jogadores, onde quer que estivessem, a diversão que até então só poderia ser experimentada no conforto dos seus lares ou em salões de jogos.


Agora vamos dar outra “andadinha” pela linha do tempo, que agora será contada sobre a luta de 1990 - sim isso mesmo, uma luta, entre dois incríveis consoles: Super Nintendo Entertainment System (Super NES, SNES ou Super Nintendo) da Nintendo, e Mega Drive conhecido como Sega Genesis da Sega.
Muitos já ouviram falar sobre ambos, pois são consoles ótimos. Para termos uma ideia dessa luta pelo mundo do entretenimento de jogos, vamos ver um comercial que o Genesis fez na época:


O Genesis Faz!
Gráficos de árcade em 16-bits
Não dá pra fazer isso no Nintendo
O Genesis Faz!

Fervor esportivo em 16-bits.
Não dá pra fazer isso no Nintendo.
O Genesis Faz!
O Genesis faz o que o Nintendo não faz. (NINTENDON’T)

É, mas a Nintendo veio para acabar com isso, e lançou o SNES, com gráficos avançados e ótimos recursos de som, ele foi capaz de rodar os jogos com o mais suave e mais os detalhados gráficos tridimensionais, que era anteriormente possível. Apesar desse console não ter um debut muito bom, ele foi um dos mais vendidos da época e ultrapassou em vendas do seu principal concorrente, o Genesis... É, aquele do comercial, graças a jogos como Super Mario World, Super Mario Kart, Super Mario World 2: Yoshi's Island, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Super Metroid, Chrono Trigger, Megan Man X, Street Fighter 2, International Superstart Soccer, Super Castlevania IV, Mortal Kombat, Top Gear, Killer Intinct e os jogos das séries Final Fantasy, Dragon Quest e Donkey Kong Country.


Agora, deixando essa parte da história para lá, vamos 1995, para o lançamento de seu próximo console, o Nintendo 64 (N64), foi distribuídos no Brasil inicialmente pela empresa Playtronic e posteriormente pela Gradiente Eletrônicos, mesma época a Sony veio lançando o Playstation, que fazia uso do CD-ROM. Na época, nas locadoras, enquanto as crianças jogavam tranquilamente o Playstation (que repercutiu melhor graças a pirataria), outros lutavam para jogar o N64, que era mais caro. O N64 teve uma ótima vendagem, mas não superou seu rival da época, e podemos sugerir que seja pelo mesmo motivo do CD-ROM, pois dou ênfase: é mais fácil copiar um CD do que um cartucho. Esse console foi o terceiro mais vendido da época (atrás de Sega Saturn), com 36 milhões de unidades vendidas, enquanto o Playstation vendeu mais de 100 milhões. Mesmo assim, muitos o amavam. Basta ver o clássico vídeo do garoto que fica alucinado após ganhar o aparelho.


Não poderíamos deixar de fora, o fracassado Virtual Boy, conhecido por muitos, apesar de não ter ficado nem dois anos no mercado. Foi criado por uma das figuras mais importantes da Nintendo, Gunpei Yokoi. O processador tinha 32 bits e até oferecia gráficos 3D, muito mais avançado do que qualquer outro feito na época. Então por que haveria de ser um fracasso?
Para começar a empresa dizia que este console era um portátil, mas não era tão pequeno assim. Ele também era muito avançado pra época, o que não era muito bom pelo preço que também era muito alto, custando em torno de U$179,95, enquanto cada jogo custava em torno de US$40,00. Apesar de ser um console avançado, os jogos eram inferiores aos já lançados, e não havia uma boa quantidade deles - fora que, você jogar um jogo que tem tempo para parar é muito chato, e  o próprio jogo dava uma pausa para você descansar seus olhos e sua mente para evitar dores de cabeça, e crianças menores de 7 anos não poderiam nem pensar em jogar um game daqueles.

Com muitos motivos para não ser um console muito bom, não sendo muito aceito no mercado, depois de um ano do lançamento ele foi retirado e nunca mais feito, e a Nintendo fechou os olhos para esse console, fingindo ainda que ele nunca existiu.


Agora damos mais alguns passos, para 1996, a Nintendo lança o Game Boy Pocket, um pouco menor que o seu antecessor Game Boy, com o mesmo processador e aceitando os mesmos jogos. O console tem algumas diferenças com seu antecessor além do tamanho: o Game Boy usava de quatro pilhas AA, enquanto o Pocket passou a se usar duas pilhas AAA. Também houve também um ajuste naquele esverdeado que tinha na tela Pocket, pois dava muita dor de cabeça, mas mantendo a divisão de quatro tons de cinza para dar um melhor visual aos jogos.
Mais alguns passos nessa linha do tempo, em 1998 a Nintendo veio com o Game Boy Color. A diferença é o aparelho que contava com quatro vezes mais memória do que o original (32 kilobytes de RAM de sistema, e 16 kilobytes de RAM de vídeo), e, claro, aceitando cores em sua tela.


Agora vamos um passo para trás novamente, para citar sobre Gunpei Yokoi. Nascido em Quioto, faleceu dia 4 de Outubro de 1997 em um acidente de carro. Criador de consoles de sucesso como Game Boy e Game Watch, foi também criador de um fracassado, o: Virtual Boy, além de criador e produtor das séries de jogos chamadas Metroid e Kid Icarus. Vamos voltar rapidinho para 1965, quando Gunpei era só um cara da manutenção e digamos um faz de tudo da empresa, quando Hiroshi Yamauchi vê o seu talento e o contrata, pedindo para fazer um brinquedo para ser lançado no Natal de 1970. Yokoi então cria o jogo Ultra Hand - digamos que era um braço extensivo - que ultrapassou a maca de 1 milhão de unidades vendidas, o tornando bem mais reconhecido, criando outros sucessos como Nintendo Ultra Machine e a Nintendo Gun.


Um pouco antes foram citadas poucas coisa sobre Yokoi, mas agora vamos saber um pouquinho mais sobre esse cara.
Depois que a Nintendo parou de fazer esses tipos de jogos, decidindo mudar a visão da empresa e dos negócios, Hiroshi deu uma ordem a Yokoi, dizendo para ele criar algo novo, que mudasse a indústria. Então nos seus estudos, Yokoi, ao observar uma calculadora de mão, fez um portátil com a mesma tela de cristal liquido, e a partir daí que a empresa entrou nesse mundo competitivo dos portáteis e o que mais alavancou a empresa, mudando literamente toda a indústria e revolucionando a Nintendo.

CURIOSIDADES: Sabe esse direcional do controle? Se chama D-PAD, e foi criado por Yokoi, ele que colocou no Game Watch.

Passamos agora para 2001. Na 6ª geração, a Nintendo trouxe o Game Boy Advance - ou simplesmente GBA. Durante sua produção, ele teve o nome de Projeto Atlantis, um portátil sucessor do Game Boy Color. Vendeu 81 milhões de unidades, lançado no Japão oficialmente, e alimentado por pilhas AA, que dão cerca de 5-10 horas de jogos, assim como uma fonte opcional de energia conectada diretamente nas entradas de pilha de GBA.

CURIOSIDADES: O GBA possui uma porta de serial para conectar com outros GBAs do tipo multi tap. Um GBA também pode receber 256 KB pela porta, até mesmo quando não há nenhum cartucho inserido. Isto é usado para conexões multiplayer onde vários GBAs podem jogar com apenas 1 cartucho; o GBA com o cartucho manda os dados para os outros GBAs sem cartucho.

Mantendo-nos em 2001, vamos ver que a Nintendo decide lançar um console para retomar o mercado que havia perdido devido o PlayStation da Sony, e o nome desse console era Nintendo GameCube, e durante sua produção era chamado de Dolphin que representava um golfinho(Seu código de modelo é DOL-001 cuja sigla vem de DOLphin - o codinome do console).
Mais planejado, ele veio com um design mais elaborado, para qualquer pessoa de qualquer idade jogar confortavelmente. Tinha no controle o sistema Rumble, que fazia o controle tremer, e também interagia com o Game Boy Advance. Para tristeza de alguns, a Sony veio mais uma vez para lançar também o seu novo console, o PlayStation 2, e a recém-chegada Microsoft com o seu XBOX. Mas isso não foi de assustar tanto assim, pois o Game Cube foi um passo grande na Nintendo, pois era melhor que o Nintendo 64, que utilizava cartuchos.

Houveram muitos lançamentos de jogos de sucesso deste console, mas tiveram três deles que não tiveram tanto sucesso estadunidense, digamos que seja pelo fato da lançamento ser bem próximo do dia 11 de setembro. Mas os jogos Pikmin e Super Smash Bros. Melee vieram para dar o primeiro milhão, e foram os jogos mais jogados deste console ainda no mesmo ano de seu lançamento. Logo apareceram os clássicos Metroid Prime, The Legend of Zelda: Twilight Princess, Resident Evil e Mario Sunshine. Nos EUA, o GameCube vendeu 13 milhões de unidades, ficando na 3ª colocação, atrás do XBOX (15 milhões) e PlaysStation 2 (42 milhões). Mas na Europa, Japão e Brasil, o console garantiu o 2º lugar, atrás somente, do PlayStation 2.


Continuando, agora para 2003, vamos falar sobre mais um portátil o Game Boy Advance SP, o segundo modelo do Game Boy Advance (claro que por ser da mesma linha), a Nintendo preservou o modelo apenas mudando as cores para azul, vermelho, prata, azul metálico, rosa metálico e cinza grafite, e também tendo a compatibilidade de cartuchos dos outros da linha Game Boy. Algumas mudanças foram feitas para melhoria deste portátil, como o design de se abrir e fechar, como se fosse uma concha, feito para a proteção da tela, e separando os botões de aumentar e diminuir o volume, cobrindo menos espaço onde você fosse guardar. O GBA SP veio para revolucionar também, porque diferente dos já lançados, esse tinha sua luz própria, (backlight) uma luz de fundo, que facilitava jogar no escuro. Um ponto negativo nesta versão era como utilizar fones de ouvido, porque ele tinha o seu próprio, ou seja era um igual ao do carregador fornecido junto com o portátil.


Indo para um ano depois, em 2004, vem o lançamento do Nintendo DS (Dual Screen (tela dupla))
e Developers System (sistema de desenvolvedores) com apelido de Project Nitro durante seu desenvolvimento. Seu design é diferenciado pois vem com duas telas, uma sensível ao toque, e outra não, também com o sistema abre e fecha do Game Boy Advance SP. Tem um microfone embutido para quando houver conexão sem-fio Wireless, para que você possa falar e os outros jogadores online possam te ouvir. O aparelho vendeu 152 milhões de unidades, um record até então. O Nintendo DS apresenta caixas de som estéreo, que permitem som de estilo surround (dependendo do software), localizadas em ambos os lados da parte superior do sistema. Essa função é inédita em um portátil da Nintendo, já que toda a linha Game Boy apenas oferecia som através de fones de ouvido ou caixa de som externas. E mais uma vez a Sony lançou junto um novo console - no caso, o Playstation Portable, também conhecido pela sigla PSP, uma concorrência acirrada novamente.


No ano de 2005, foi lançado o Game Boy Micro, em seu desenvolvimento era chamado de Oxygen, o último da linha Game Boy, dessa vez compatível apenas com o Advance e incluindo cartuchos da série Game Boy Advance Video. Porém, o Micro não suportava os jogos feitos para o Game Boy e o Game Boy Color. Esse portátil já vendeu mais de 1.000.000 de unidades em todo o mundo.


Seguindo para um ano depois, em 2006, a empresa anuncia a nova geração na E3, trazendo o seu Revolution (seu código de modelo é RVL-001 cuja sigla vem de ReVoLution), mas que depois mudado o seu nome para Wii. Houve muitas controvérsias sobre a mudança do nome, sem entenderem o motivo, mas depois passaram a entender que quem não era gamer e ouvia esse nome acharia que o jogo seria fácil de ser jogado (uma grande jogada de marketing). Junto, como de praxe, a Sony e a Microsoft lançaram mais consoles: a Sony lança o Playstation 3 e a Microsoft lança o XBox 360, que estavam muito avançados em seu design e em seus efeitos - mas esse não era o foco da Nintendo, que estava procurando inovar mas de outro ângulo, que veio a criação do Wii Remote para acompanhar os movimentos dos jogadores, datado de um acelerômetro capaz de detectar movimentos em três dimensões e atraindo novos gamers para o mercado de vídeo games. Com isso, a empresa conseguiu a liderança dos consoles.
Com base nos dados de vendas das empresas Enterbrain, NPD Group e GfK. Vendeu 96 milhões de unidades muito rapidamente. Outra característica do console é o WiiConnect24, que permite receber mensagens e atualizações através da internet durante o modo stand-by.


Neste mesmo ano é lançado também o Nintendo DS Lite (iQue DS Lite na China), ele foi uma versão mais leve do Nintendo DS, com algumas pequenas mudanças: A iluminação das telas foi aprimorada, de modo que há três níveis de intensidade em vez da única possibilidade do modelo original; As dimensões foram diminuídas em cerca de 42%; Os botões "Start" e "Select" diminuíram para baixo dos botões A, B, X e Y; O botão Power foi movido de cima do direcional para a lateral direita, de forma a dificultar desligamentos acidentais, devendo ser empurrado para cima para ligar ou desligar o console; A stylus foi aumentada e está num local mais acessível ao longo do jogo, passando de trás da tela inferior para o lado direito abaixo do botão Power; O microfone foi colocado ao centro, entre as duas telas; Os leds indicadores de energia e carregamento foram para a direita do microfone; O direcional foi diminuído em cerca de 16%, mas os botões A, B, X e Y mantiveram o mesmo tamanho; A duração da bateria foi aumentada, além de o carregador ter mudado; Cartuchos de Game Boy Advance ficam com cerca de 1 cm para fora por conta das diminuições de tamanho do portátil. Um cartucho para proteção da entrada é incluído com o produto; Existem em várias cores (branco, preto, |rosa, cinza, azul, ciano, vermelho, lima, dourado, vermelho com preto e azul com preto). Algumas edições especiais do DS com jogos foram lançadas, começando a comercialização do tão famoso bundle.


Dois anos depois, em 2008, foi lançado a 3ª geração de portátil da Nintendo, a versão mais fina do Nintendo DS Lite, o Nintendo DSi, com as telas em um tamanho um pouco maior, que veio com algumas diferenças já visíveis a primeira vista - ou seja fisicamente - ele é leve assim como os outros, de cara você já vê uma câmera no lado posterior no portátil ,o local de aumentar a baixar o volume agora são dois botões, e quando você abre vê outra câmera abaixo da tela de cima, no entanto. O console perde com a ausência do slot para cartuchos de Game Boy Advance presente nos versões anteriores (DS E DS Lite), além de a bateria durar menos tempo. O Nintendo DSi foi disponivel em 7 cores. Nas Americas: Branco, Preto, Azul Claro, Rosa/ Europa: Branco, Preto, Azul Claro, Azul Metalico e Vermelho, enquanto na Austrália: Branco, Preto, Azul Metalico e Rosa e no Japão: Branco, Preto, Azul Metalico, Rosa, Vermelho e Verde.

CURIOSIDADES: Houve um Nintendo especial , o Nintendo DSi LL (versão japonesa) ou Nintendo DSi XL (versão americana e europeia) é a versão mais nova do Nintendo DS clássico, porém ele é um pouco maior que o Nintendo DSi, pois suas duas telas ficaram maiores e também mais nítidas. Continua com as mesmas melhoras do DSi e sua bateria foi melhorada, o que faz com que ele aguente muito mais tempo, como o Nintendo DS Lite.

O Nintendo DS foi o portátil mais bem-sucedido da Nintendo até então, e superá-lo seria uma tarefa difícil para a Nintendo. Mas, ao invés de inventar um novo aparelho, a Big-N surprendeu com um portátil que trouxe tudo o que o Nintendo DS possuía de bom, além de uma grande melhoria tecnologica e algumas funcionalidades totalmente inovadoras. O Nintendo 3DS foi anunciado durante a E3 de 2010 sob muitos aplausos e grande expectativa do público. O design era basicamente o mesmo do Nintendo DS Lite, em exceção ao aumento da tela superior, inclusão de um Circle Pad, diferenças nas posições dos botões e a qualidade superior das peças do aparelho. Mas de todas as novidades, nenhuma foi maior do que a possibilidade de jogar games em 3D sem o uso do óculos. O efeito, chamado de Parallax, foi um dos grandes diferenciais do portátil, onde o jogador poderia regular a diferença de profundidade entre os planos através de uma chave ao lado direito da tela superior do aparelho. A novidade surpreendeu a todos, e até hoje, nenhuma outra fabricante conseguiu replicar a funcionalidade em outros dispositivos de entretenimento.


Além disto, o Nintendo 3DS possui diversos recursos adicionais. Através do uso de um acelerômetro e de câmeras frontais, os usuários podem se divertir com cartas em aplicativos ou jogos de realidade aumentada, e até mesmo utilizar seu rosto em mini-games interativos com o cenário. O Mii se tornou mais famoso no 3DS, onde, além de uma possibilidade de customização maior (o jogador poderia também tirar foto de si mesmo para a construção automática de seu Mii), a chegada de mini-games e aplicativos voltados ao personagens virtuais permitiram que os jogadores interagissem entre si, realizando encontros via o StreetPass e conseguindo novas peças no Troca-Peça ou novos heróis no Mii Resgate (posteriormente, novos mini-games foram lançados para o StreetPass).

O Nintendo 3DS permitiu que a Nintendo realizasse um grande avanço na conectividade. Além de uma melhoria significativa nas partidas em multiplayer local, os jogadores agora puderam começar a se adicionar e participar de partidas online melhoradas. O Friend Code do 3DS ainda era necessário para os jogadores se conectarem, mas o surgimento do Nintendo NetWork Id permitiu que os jogadores começassem a participar de comunidades e conseguissem, pela primeira vez, fazer o download de jogos físicos como mídia digital através do Nintendo eShop, além de participar de comunidades do Miiverse. Apesar de uma memória limitada se comparado a portáteis da concorrência, o Nintendo 3DS permitiu que vários jogos fossem feitos totalmente em 3D, e muitas franquias ganharam seus remakes com gráficos melhorados, como The Legend of Zelda: Ocarina of Time e Star Fox 64. Muitos outros títulos ganharam versões exclusivas no aparelho, e até franquias que eram exclusivas da Sony, como Persona, cederam ao sucesso do novo portátil.

Chegamos ao final da nossa jornada, essa viagem incrível pela história da Nintendo, agora finalizando com o Wii U, lançado em 2011. A ideia de lançar um console diferenciado veio de 2008, varias vezes repensado na forma de como ele viria, sucessor do Wii, com uma grande diferença fisicamente, além de seu controle sugerido por Miyamato e sua equipe, com uma uma tela que mostra algumas informações a mais do jogo, então já se pode ter a certeza que o controle não é tão pequeno assim, comparado aos portáteis, o controle já é um pouco maior que um console destes, mas na opinião de muitos não seria tão desconfortável assim. Foi trabalhado novamente a interação do jogador com mais jogadores online, e isso se mantém no Wii U. O chamado Game Pad, assim como os outros controles, não teve seu foco em uma imagem mais melhorada, como HD, porque como disse Shigeru Miyamato,  o foco da empresa é na experiência de jogabilidade.


Pensamos que nessa velocidade, como as coisas estão indo no mundo dos jogos, rapidamente a Nintendo irá lançar outro console, mas não é o que eles pensam no momento. Dizem que ainda vai demorar um pouco, estão a espera de que se acabem as novas ideias de jogos e surpresas para os jogadores deste console, para que venha um novo totalmente diferente e mais moderno. Alguns dizem em ralação a isso, que a Nintendo não conseguiria lançar algo como um console 3D de qualidade, pois houve fracassos quanto a isso no passado, mas isso não se concretiza, pois vendo as mudanças e o avanço da empresa, se o próximo console for ou não 3D é de pouco interesse para alguns fãs da Nintendo, pois o foco continua sendo a jogabilidade (claro que não estou afirmando nada, são especulações sobre o futuro).

No fim desta viagem, queremos abrir o espaço para você, leitor, dar sua opinião. Então conte-nos: como você acha que a Nintendo será daqui a 125 anos? Não deixe de comentar!