Nintendo - 17/01/2015

É hora de aventura! Muita diversão em Adventure Time: The Secret of the Nameless Kingdom


"Alguém raptou todas as princesas do Reino Sem Nome. Naturalmente, a princesa Jujuba enviou Finn e seu melhor amigo Jake para uma heroica aventura para resgatar e escolher quem vai comandar os habitantes do Reino Sem Nome na Terra de Ooo. Até por que, Todo reino precisa de uma princesa para reinar." 

Com toda a certeza, mais um dia normal na Terra de Ooo, onde Finn e Jake devem bater nos caras maus e salvar a princesa!

O terceiro game do título Hora de Aventura (Adventure Time) vem como o objetivo de redenção em relação ao segundo jogo (Adventure Time: Explore the Dugeon Because I DON'T KNOW!) que sofreu com a crítica dos fans e das reviews mundiais. Este que recebeu 5,5 pela análise da Nintendo World e 4 pela analise de nosso site.


O game possui semelhanças muito fortes com os jogos da saga "The Legend of Zelda", em especial com o jogo"A Link to the Past", como a possibilidade de explorar abertamente um mapa grande; Acessar diferentes locais, como a loja do Gansinho Vizinho, casas abandonadas, dungeons escondidas pelas terras misteriosas do Reino Sem Nome; A busca por objetos para desbloquear novas localidades não acessíveis de imediado (Canelina pode se tornar um obstáculo muito irritante caso nada engraçado aconteça);  Uma estrutura fiel a plataforma 16-bits; A necessidade de resolver puzzles para passar de nível; Baús com tesouros e pedaços de coração e o modo single player.




O jogo também trás elementos clássicos do RPG como o upgrade de vida, armas e itens. Melhorias nas habilidades de Finn também podem ser feitas para que a jornada fique mais fácil para os aventureiros... Claro que com algum tesouro, tudo é possível.

Além da quest principal, existem algumas mini quests espalhadas pelo mapa que envolvem realizar alguma tarefa para personagens consagrados da série de T.V. como Marceline, Rainha dos Vampiros; Rei Gelado; Princesa Caroço; Mágico e até mesmo competir com alguns deles! Como apostar uma corrida com o Starchy no cemitério (tome cuidado, ele conhece muito bem o cemitério...).

"Eu sei que você viria, Finn.Você me ama demais para me deixar em um reino com princesas menos talentosas."


Como um dungeon crawler primordial, você deve eliminar os inimigos e explorar o cenário para encontrar os segredos que podem ajudar na busca pelas princesas desaparecidas. Destruindo monstros ou algumas partes de cenário (Como arbustos e vasos) tesouros podem ser encontrados no chão, assim como máquinas de chiclete que, juntando-se um certo número, podem levar a uma conquista especial e misturas peculiares que podem ajudar nossos heróis a vencer as barreiras que os impedem de avançar na história. Isso deu ao jogo uma certo ar de desafio... A vontade de descobrir o que pode ser desbloqueado com aquela máquina de chicletes, as misturebas que, aparentemente, podem trazer benefícios. São coisas que prendem o jogador e fazem com que ele passe mais tempo no jogo, buscando completar 100% da história (Pelo menos, funcionou comigo).


Assim que o jogo começa, a expectativa é construída aos poucos. Finn e Jake fazem jus as suas características marcantes da série logo com o diálogo inicial, onde Jake brinca com seu irmão com o fato de ele não estar visível e estar em sua "mente", estando, na verdade, no bolso da camisa de Finn. 
A dublagem ficou a cargo dos dubladores originais da série e isso trouxe uma certa êxtase para quem é fan por se colocar na pele dos dois heróis de Princesa Jujuba. Por tanto, na parte que compõe a constituição da história, dos personagens e construção de cenário são os portos fortes do game.

Os combates ficaram um pouco mais elaborados se comparados com o do título anterior. Ao invés de esmagar os botões para eliminar os monstros (Uma característica decepcionante do anterior que frustou a dinâmica de combate), alguns possuem pontos fracos e fraquezas com certas armas (Alguns inimigos possuem fraquezas como no abdômen, que podem ser resolvidos com sua espada de grama. Já outros inimigos, os que ficam mais distantes e ficam em locais de difícil acesso, são mais facilmente derrotados com o uso do bumerangue). Em combate, Tanto Finn, quanto Jake podem ser usados. No caso, Juntos (Com Jake dentro do bolso da camisa de Finn) ou separados (Com Jake caminhando com Finn).

Os templos que precisam ser explorados possuem sequencias únicas de puzzle bem feitos e desafios complexos. Olhos atentos são necessários para cada milimetro desses templos que escondem tesouros e as famosas relíquias que os jogadores precisam para desbloquear as conquistas escondidas; o fluxo de inimigos constante tornam as buscas nas dungeons mais desafiadoras e caminhos secretos devem ser encontrados em cada templo para alcançar avançar no cenário (Em vários momentos, na ânsia de resolver logo um puzzle, me perdi inúmeras vezes e morri várias vezes para esse fluxo de inimigos. Isso prova que é necessário atenção, perspicácia e estrategia para avançar no game).


A falta de sentido da série foi transportada para o game, dando a ele um ar de Hora de Aventura. É o complemento que faltava na inserção do jogador no mundo da Terra de Ooo. Muitas coisas inusitadas, incríveis e sem sentindo algum recheiam o mapa: Homens dinamites, Minhocas telepatas, mestres chaveiros, ursos dançantes, princesas musicais, pesadelos que se tornam realidade, chefões hilários (que não deixam de ser difíceis), ursos elétricos (Esses não dançam!), são alguns exemplos de o que você pode encontrar nesse mundo tão esquisito e surpreendente.


No entanto, a falta de um certo caminho a seguir faz com que o jogador fique perdido em meio a tantas dungeons. Na maioria das vezes, você pode explorar um lugar por horas e não encontrar algo que realmente precise ou ,até mesmo, precisar de alguma skill específica para continuar a explorar depois de superar inúmeros desafios que, ao sair, terá que enfrentar de novo (Um desabafo de quem já teve que passar por isso muitas vezes no game).

Mesmo com os dublagem boa, os diálogos entre as personagens não são tão engraçados como na série de televisão, o que chegou a me frustrar um pouco... A expectativa era de haver aquelas tiradas míticas de Jake, por exemplo. O diálogo entre os personagens é muito pobre se pegarmos a infinidade de relações possíveis que pode haver na historia... A conversa com algum NPC se resume a algumas dicas úteis para o desenrolar da história e só. Nada que envolva algum momento específico ou alguma emoção durante a história, fora da quest primária.

A falta de dublagem para o idioma português e até mesmo de legendas também decepciona os jogadores brasileiros (Incluindo aquele que vos fala) e de outros países de língua portuguesa, se pensarmos que outras plataformas investiram nisso em seus jogos.


Em suma, Um jogo que conseguiu redimir seu antecessor em muitos quesitos, mas que ainda precisa tomar rumo em outros que ainda decepcionam alguns fãs e dificultam a vida deles e de outros jogadores que, porventura, não são ligados na série. Mesmo não tendo uma base própria, o uso de jogos como os da saga "The Legend of Zelda" dão ao game uma cara mais desafiadora, conhecida aos velhos jogadores e encantam os novos que vão encontrar um pouco mais da clássica jogabilidade que consagrou a saga de Link.

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