Nintendo - 15/06/2015

Nintendo World Championships 2015: a maior experiência que já tivemos com a Nintendo


25 anos atrás, a Nintendo realizava seu primeiro e único Nintendo World Championship. Naquela época, os jogadores competiram em três jogos do NES em um tempo limite de 6 minutos e 21 segundos: Super Mario Bros., Rad Racer e Tetris.
Desde o filme The Wizard (estrelado por Fred Savage) que não ouvimos falar do Nintendo World Championships. Mas eis que, para a surpresa de todos, a Nintendo divulgou que traria de volta a competição durante a E3 deste ano.

Os competidores então tiveram que passar por seletivas realizadas em diversos estados dos EUA, através de partidas no NES Remix do 3DS. E foi assim que os 8 finalistas foram escolhidos para competir com 8 competidores famosos dentro do Nokia Theatre neste último domingo, 14 de junho, em uma estrutura digna de competições de eSports. Como estamos em Los Angeles para a E3, não pudemos deixar de dar uma passada no evento para ver tudo de pertinho.

Chegamos no local por volta das 8:30 da manhã, e já havia uma grande fila de fãs da Nintendo na espera pela abertura. As fitas de entrada só seriam entregues a partir das 9:30 da manhã. Mas assim como acontece em shows de bandas famosas, os primeiros da fila haviam chegado na noite passada, às 8 da noite. Este foi o caso de Niphin Yeales, que aguentou a noite para não só conseguir melhores lugares na competição, como também conseguir ingressos de graça para a E3.


Não faltaram cosplayers na fila. De membro da equipe Rocket ao Ryu (recém confirmado no Smash), a galera incorporou seu personagem preferido da Nintendo.



Steve veio de San Diego vestido de Ness, e comentou que Earthbound é uma de suas franquias favoritas da Big N. Steve ainda trouxe seu Amiibo de Ike, que ganhou através de um jogo de competições de Fire Emblem: outro de seus jogos favoritos da empresa.


Apesar de termos esperado por cerca de 3 horas para, enfim, conseguirmos nossas entradas, nós tivemos um tempo muito agradável ao lado de outros fãs da Nintendo. E, principalmente, dos staffs do evento - todos muito simpáticos e comunicativos. Conversamos sobre tudo o que envolvia a Big N, e até aproveitamos para discutir as novidades que haviam sido divulgadas na apresentação especial de Super Smash Bros.





Conseguimos nossas pulseiras por volta das 11:20 da manhã. Quando voltamos para o evento (por volta das 13:30), nós entramos nas facilidades do Nokia Theatre, e nos deparamos com uma incrível estrutura. As luzes, o telão e o conforto é algo que não estamos tão acostumados, nem mesmo em competições de eSports que temos no Brasil.



Na verdade, eu sempre me perguntei como seria acompanhar competições de jogos da Nintendo em uma estrutura parecida com a que temos para League of Legends. Já vimos algo similar no mundial de Pokémon. Mas assistir a partidas de Splatoon com um público vibrando é completamente diferente. Tanto pelo ritmo quanto pela participação do público, que costuma vivenciar os jogos da Nintendo mais do que qualquer outra empresa.

Um pouco antes do início do torneio, rolou uma inesperada surpresa: Earthbound Beginnings foi anunciado para o Virtual Console do Wii U, o que levou o público a loucura. E não é por menos, afinal, levou apenas 26 anos para o jogo chegar no ocidente,


A competição foi incrível. Os 16 jogadores participaram de 5 estágios eliminatórios, onde, em cada um, tiveram de competir em jogos específicos. No primeiro, as eliminatórias foram realizadas com Splatoon: os jogadores foram divididos em times de 4 integrantes, e apenas 12 se classificaram.

Os perdedores participaram de uma eliminatória através de The Legend of Zelda, devendo atravessar a primeira dungeon do jogo. O competidor mais rápido permaneceu na chave chamada "underground", esperando para competir nas próxima etapas.


A segunda etapa foi feita com um novo jogo para o 3DS, chamado Blast Ball. Basicamente, os jogadores se dividiram em times de 3 para participar de partidas de uma espécie de Metroid misturado com futebol. Apenas 8 se classificaram nesta etapa.


A eliminatória desta etapa foi realizada com Super Metroid, onde se classificou o jogador que conseguiu eliminar primeiro a Mother Brain e sair vivo.

Já no estágio 3, os jogadores tiveram de competir em corridas de 200cc em Mario Kart 8, onde que apenas os 3 melhores resultados se classificaram.


A eliminatória desta etapa foi decisiva para que o sobrevivente da chave "underground" pudesse continuar na competição. O jogo escolhido foi Ballon Fight, em que 6 jogadores competiram para conseguir a melhor pontuação e se classificar para a semifinal.

Antes do início da quarta etapa, uma breve surpresa para os presentes: Reggie Fils-Aime subiu ao palco, para cumprir um desafio de um-contra-um em Super Smash Bros. for Wii U realizado no ano passado. Reggie escolheu Ryu, recém anunciado hoje e... bem... fez uma das piores partidas que já vimos na história, o que rendeu boas risadas.



A semifinal foi feita com duas partidas de 4 jogadores em Super Smash Bros. E rolou até a presença de Roy (também recém anunciado no jogo).

Cosmo e John Numbers se classificaram para a final, realizada através de 4 fases de Mario Maker - quer dizer, Super Mario Maker (como é chamado agora). E esta foi uma das partidas mais emocionantes (e divertidas) que pude presenciar.
Cada fase de Super Mario Maker foi preparada especialmente para o campeonato, e era baseada em um jogo diferente da franquia Mario.

A primeira fase foi baseada em Super Mario Bros., do NES. John Numbers passou na frente de Cosmo ao conseguir ultrapassar os obstáculos de maneira fenomenal, ganhando 15 segundos de vantagem. A segunda fase foi feita baseada em Super Mario Bros. 3. Cosmo se deu bem ao passar com tranquilidade entre os inimigos.
Já a terceira fase foi baseada em Super Mario World, e foi aí que John Numbers mostrou suas habilidades de speed runner, completando o estágio em menos tempo que seu adversário. Logo,na última fase, John Numbers disparou com seus 15 segundos de vantagem em uma fase baseada em New Super Mario Bros. e conquistou o título de ganhador do Nintendo World Championships 2015.

Como uma última surpresa, Miyamoto subiu ao palco para entregar o prêmio, e foi muito emocionante. Não só porque Miyamoto forçou o "fair play" entre os adversários, mas principalmente porque o público foi ao delírio, e só consegui ouvir gritos de euforia, ou agradecimentos como "obrigado Miyamoto por ter salvo a minha vida com seus jogos".



Entrar no Nintendo World Championship foi a melhor experiência que tive em anos com a Nintendo. Não só pelo show e pela grande estrutura apresentada, mas principalmente, pela presença do público. Todos ali eram muito fãs da empresa, e não tivemos problemas para fazer amizade. Se a Nintendo quisesse iniciar um cenário competitivo com seus jogos, então o primeiro passo já estaria dado, e com o pé direito.

E ouso dizer mais: é uma pena que a Nintendo não tenha mais conferências presenciais na E3. Mas enquanto ela realizar eventos como este, focados para seu público, sentiremos cada vez menos a falta de sua participação nos palcos da feira.

Não deixe de ver todas as fotos do evento em nosso álbum.

Revisão: Caio Gomes

O maior torneio de jogadores da Nintendo voltou depois de 25 anos. E nós estivemos lá para acompanhar!
Posted by N-Party on Sunday, June 14, 2015


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