Nintendo - 31/10/2015

Review: Slender: The Arrival


É difícil alguém não conhecer o personagem Slender Man, um homem alto e esguio (como o próprio nome diz), sem rosto e que usa um terno preto. Ele apareceu em inúmeras creepypastas nessa vasta internet, além de receber um jogo que ficou consideravelmente famoso em 2012, Slender: The Eight Pages. O jogo de Wii U, Slender: The Arrival, é uma "sequência" do jogo de 2012, e foi originalmente lançado em 2013 para os computadores, em 2014 para o PS3 e X360 e, em março deste ano, para PS4 e XONE. Após mais algum tempo, agora em outubro, o jogo foi lançado para o Wii U a tempo do Halloween, que para um brasileiro tem tanta importância quanto o dia do saci.

Ao começar o jogo já se percebe uma coisa: Ele é bem feio e parece que conseguiria rodar facilmente em um Wii. Além disso, também existem algumas travadas estranhas ao abrir o menu ou ver algum folheto que está jogado pelo cenário. Isso já evidencia que esse port específico não foi muito bem feito.


Após essa concepção inicial é necessário explorar uma casa ali perto que está em estado de miséria, após vermos algumas pinturas na parede que nos fazem duvidar da sanidade de seus antigos donos é ouvido um grito. A reação da protagonista é óbvia, seguir os berros e assim entramos no nosso queridíssimo jogo de sustos.

As regras de Slender Man: The Arrival são bem simples: Ande pela fase em busca dos objetivos (acender luzes ou pegar bilhetes, por exemplo). Para dificultar a vida, aparecerá aleatoriamente o Slender Man, causando algum barulho mais agudo que destoa do resto do mapa e causando interferências na câmera da protagonista (que é por onde vemos o jogo, olha o sinal de REC nas screenshots). Ao tocar no Slender Man, fim de jogo e se volta para o início da fase.

Notou que eu falei que o Slender Man aparece aleatoriamente? Por mais que isso seja o maior causador de sustos, é também o maior problema do jogo. Ele muda de lugar sempre que se mexe um pouco a câmera e se navega no mapa. E quanto mais avançado se está no objetivo, mais rapidamente ele altera sua posição. Infelizmente, algumas dessas vezes é exatamente para trás da protagonista. Aí temos um momento que, sem a culpa do jogador, o personagem simplesmente morre, isso ao longo do jogo passa a irritar muito mais do que assustar.


Talvez outro problema sejam que as fases são genéricas e lineares, mas o clima opressor delas faz com que o resultado final valha a pena. Os sons ajudam bastante nisso e os barulhos de passos que saem do GamePad caem bem no jogo. Infelizmente não temos mais nada de especial com esse controle em específico, além do velho truque de repetir a mesma imagem que está na televisão, já criticada inúmeras vezes nas análises do site. Para quem preferir o Wii Remote, é possível jogar com ele para controlar a lanterna, algo bem mais interessante para um jogo em primeira pessoa.

Se você está afim de um jogo de terror para o Wii U, Slender: The Arrival pode ser uma boa pedida, dependendo do quão você gosta de repetir ações ou não. Apesar das falhas, ele dá os sustos que outras séries deixaram de dar. Se os gráficos parecem muito ruins, uma versão de PC pode ser uma opção mais bonita e barata.

Jogo analisado com código fornecido pela Midnight City.

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