Nintendo - 28/11/2009

Por quê gostamos de Videogames?

Todas as pessoas possuem variados gostos. Cada uma ocupa seu tempo com alguma coisa. Trabalho, vida social, momentos de diversão... a vida oferece muitas oportunidades, e as pessoas aproveitam aquelas que julgam mais favoráveis, ou mais necessárias.

As pessoas trabalham porque precisam de sustento. Se alimentam para não morrer de fome. Se medicam para não adoecerem, e fazem amigos para conviverem socialmente.
No caso da pergunta do título, muita gente responderia na lata: "ah, é uma forma de se divertir". Sim, isso é uma verdade. Mas não é a única. Conheço muitas pessoas que adoram se divertir, mas abominam games. Outros, que amam tanto os games, que não querem passar o tempo com outra coisa.
Mesmo assim, chegamos num ponto: diversão. Sim, os games são uma forma de entretenimento, como filmes, peças de teatro, animes, etc. E muita gente que conheço que prefere ficar bem longe dos jogos, geralmente adora estas outras formas.
Alguns dizem que não têm paciência ou tempo para jogar. Outros que não gostam porque morrem toda hora. Uns dizem que não dá para aprender nada com eles. Outros que até curtem, mas acham caros demais para ser "apenas um jogo".
Já os que curtem mesmo, às vezes saem no pau se ouvem alguém falar mal de seus games favoritos. Procuram quaisquer tipo de jogos, desde os mais bem-falados, até aqueles obscuros que possuem apenas 2 cópias no mundo inteiro. Alguns destes recebem até broncas dos amigos porque não aproveitam o tempo de outro jeito.
Mas claro, existem aquelas pessoas que jogam casualmente, seja apenas para passar o tempo durante uma espera, ou em partidas amistosas contra os amigos, ou até por ser fã de uma determinada série, e querer acompanhar a história inteira.
Vivemos num mundo em que as necessidades falam alto. Quando os games se limitavam a apenas "acumular pontos", as coisas realmente não faziam muito sentido. Depois que chegaram encanadores que salvam princesas das mãos de gorilas e dragões, aí as coisas mudaram bastante. Segundo uma entrevista que vi recentemente (uma conversa entre Satoru Iwata e Shigeru Miyamoto), uma das coisas que fazem um jogo ter sucesso é "as pessoas sentirem raiva por não terem conseguido uma coisa que parecia muito fácil". Nossa, quantas vezes já xinguei o mundo e o fundo graças aos GAME OVERS que recebia... mas também, fazia uma festa quando finalmente conseguia chegar no final dos games. Melhor ainda se eu conseguia pegar tudo. Se bem que, há algum tempo não faço mais isso (pelo menos de xingar XD).
Confiram a entrevista aqui: http://www.reinodocogumelo.com/2009/11/iwata-asks-com-shigeru-miyamoto-parte-1.html

Bom, prosseguindo... se for analisar bem, Miyamoto disse uma verdade. Eu, particularmente, sempre fui movido pela idéia de que "uma máquina não vai me superar". Antigamente se eu perdia vidas, ficava bastante irritado. Hoje, mantendo a calma, acabo conseguindo as coisas com mais facilidade! n_n O mal é que às vezes, jogamos com aquela coisa na cabeça: "preciso passar daqui logo, porque eu quero ver o que acontece depois e vai ser um saco passar tudo de novo", ou "se eu estou perdendo aqui, lá na frente deve ser um pesadelo". Duas coisas negativas: você sente que está perdendo tempo, e também que mais pra frente, você não dê conta. Já larguei muitos games na metade por coisas assim. Alguns títulos são maçantes mesmo, mas, quando a coisa "parece fácil", geralmente a indignação de ser derrotado é tremenda.
Quando eu jogava games como Ninja Gaiden, Super Mario Bros. e The Simpsons: Bart vs. The Space Mutants, perdi as contas de quantas vidas, horas, fases repetidas e outras coisas mais foram gastas. Os games são muito divertidos (e difíceis também!), mas a maioria, após dominados, levavam menos de uma hora para serem finalizados. Lembro também que nesta época os RPGs eram considerados jogos CHATOS, pois só tinham blábláblá e quase nada de ação. Me lembro também que muita gente me dizia "isso é atraso de vida, videogame não leva à nada". Eu realmente estava meio perdido. Foi quando um amigo conseguiu um Snes, e me emprestou. Apesar de ver as mesmas coisas do NES com gráficos melhores, adorei. Tanto que queria um. O meu Snes ia vir com Yoshi's Island. RECUSEI PRONTAMENTE. Quando vi a caixa do jogo, acostumado com games duros como os do NES, achei que fosse um joguinho com cenário tipo Barney. Aí veio uma Kick Off 3 (futebol), o que foi ótimo, pois meu pai que odiava VG começou a jogar também (e a me criticar menos).
Um dia meu amigo alugou o Yoshi's Island e trouxe para casa. Relutei um pouco, mas quando vi o jogo, na íntegra, e, conhecendo os outros títulos do Mario (SMB, SMB2, SMB3 e SMW), e como eu gostava de todos, senti que nunca mais deveria julgar um game pela capa, especialmente os do Mario.
Mas nem foi com YI que as coisas começaram a mudar. Foi mesmo com SMRPG. Eu também odiava RPGs (já tinha visto Secret of Mana e detestado, e hoje me arrependo muito disso), mas esse marcou minha vida. De uma hora pra outra comecei a ficar bom no inglês (jogando com dicionário do lado), sendo que eu estava na 4ª série e ainda não tinha aulas! Outra coisa que me chamou a atenção foi a ESRB +13 na capa. Pensei: "tenho 11 anos, será que consigo terminar?" Nessa mesma época fiquei sabendo da Power Line, por um cartão que veio no Snes. Ligava lá direto. Quando finalizei SMRPG, fiquei bom de inglês, aprendi umas coisinhas de música, e até a fazer negócios. Depois disso, pensei: "videogames são úteis, SIM!"
A partir daí as pessoas passaram a julgar aos games (e a mim) de forma diferente. Lembro quando o N64 e o PS1 deram as caras, foi um alvoroço só. Com a popularidade dos jogos realistas, muitas pessoas começaram a invadir este mundo, o gamístico. Desta época até hoje, tudo que eu buscava nos games era alguma forma de aprendizado. Ainda gosto dos jogos duros e desafiadores, mas também aprecio os mais simples, pois geralmente eles já vêm com um propósito educacional (como a série Brain de DS).
Aliás, falando em DS, ele é praticamente a realização de meus sonhos gamísticos. Todos os games, praticamente, são interativos e você aprende muito com eles, intencionalmente ou não. E também, desde que Pokémon estourou no mundo, os multiplayers só têm melhorado, outra coisa que sempre gostei, pois você não fica com aquela fama de anti-social se você joga em grupo.
Em um post antigo eu contei o que pode ser aprendido jogando VG. Mas hoje eu vou contar o PORQUÊ eu jogo. Como cada pessoa tem um conceito, sei que muitos vão se identificar com algumas coisas e outras não. Aí vão:
- Eu gosto de jogos que tenham um objetivo a ser cumprido. Não me ponham para jogar uma coisa sem eu saber o que estou fazendo!
- Jogos com história? Se me chamar a atenção, não vou sossegar enquanto não descobrir tudo. Eu sempre preferi games assim a filmes, porque tem uma participação direta de quem está vendo (no caso, jogando). NADA vai acontecer se eu não me mexer.
- 100 % a favor dos multiplayers massivos. Geralmente estes games não têm um propósito "nobre", mas, ué, se for divertido e várias pessoas puderem brincar, tá valendo (ex: Bomberman)!
- Se eu aprendo algo jogando, meu tempo está sendo bem investido. Felizmente isto acontece 96% das vezes. ^^
- Eu não fico trancado em casa jogando, nem fico o dia inteiro (se bem que antes fazia muito isso), só se não tiver outra coisa MESMO, ou se eu tiver um prazo para conseguir alguma coisa no game (ex: jogo alugado).
- Deus abençoe as Passwords, as baterias e os Memory Cards. Só não gosto dos Save States. Aí já acho que é Shark.
- VGs são uma forma de entretenimento rápida, segura, pode ser individual, grupal e ainda pode ajudar nas coisas "lá fora". E, apesar da fama de "vício" é bem menos nocivo que álcool, tabaco e drogas. Qualquer coisa em excesso faz mal.

Bom, estas são minhas razões para jogar VGs. No caso do Mario, tem um detalhe BEM GRANDE que não contei sobre ele, mas deixarei para uma próxima vez. E vocês, companheiros, já pensaram no porquê vocês gostam de games, e por quê jogam? Comentem, não custa nada! ;D






O que o Lance fala no 6:53 me faz refletir até hoje...




Bem fácil aprender as notas musicais deste jeito!

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