[Review] Paper Mario: Sticker Star
Por Angelo Mota
Paper Mario Sticker Star é um jogo que, tendo muitos erros e acertos, consegue criar um balanço entre eles e proporcionar muita diversão a quem resolver se aventurar no mundo de papel do nosso herói favorito.
Sua aventura começa no Sticker Fest, uma celebração em que todos esperam o Sticker Comet cair do céu. A celebração acontece porque eles acreditam que se todos concentrarem seu desejos ao cometa, eles se tornarão realidade. Bowser aparece (surpresa!!!) e toca no cometa, fazendo com que ele se quebre em pedaços e se espalhe pelo mundo. Seu objetivo agora é recuperar estes pedaços.
Depois da primeira fase, o mundo do jogo se abre para todos os lados, não limitando um lugar linear para onde você deve seguir. É claro que muitos caminhos dentro das próprias fases estão fechados, mas o jogo apresenta uma não-linearidade interessante e que foi de certa forma mal utilizada.
Os mundos são variados e apresentam cenários com as carcterísticas que sempre fizeram sucesso na série Super Mario, como neve, deserto e floresta.
O jogo é extremamente (incrivelmente, absurdamente) bonito. Ouso dizer que é o mais bonito da série. E consegue criar um mundo de papel com texturas tão bem feitas que muitas vezes faz você esquecer que são meros polígonos em uma tela e acreditar que muito daquele mundo é feito de papel de verdade. Diferente dos outros jogos, onde um elemento ou outro era apenas achatado mas ainda assim não passava a impressão de ser feito de papel, em Sticker Star o cuidado com cada item (reparem nas moedas cujo interior é papelão, ou na barra de vida, ou nos caminhos destacáveis entre as fases), cada textura, cada mínimo detalhe foi pensado e criado para parecer um mundo feito de papel, e fazer jus ao nome da série.
O 3D do jogo está muito bem feito e balanceado, ou seja, proporciona um bom nível de profundidade aos cenários sem ser agressivo aos olhos. E ainda ajuda a aumentar a beleza dos lugares e principalmente a salientar as texturas de papel tanto dos cenários quanto dos itens. Toda a interatividade que você tem com os cenários – plantas se mexem quando você passa, árvores balançam quando você as atinge com o martelo – é acentuada pelos incríveis efeitos 3D do jogo, inclusive o World Map que utiliza os efeitos 3D com maestria nas miniaturas dos elementos das fases.
Sticker Star vem para fazer justiça ao padrão de qualidade do 3D que se iniciou em Super Mario 3D Land e foi aprimorado com maestria em Luigi’s Mansion dark Moon.
Infelizmente um jogo não pode viver só de beleza, e ele comete seu primeiro erro eliminando a principal característica da série: o fator RPG, que consiste em ganhar pontos de experiência a cada luta para subir de nível, ficando mais forte para derrotar inimigos futuros. Isso faz com que, no decorrer da aventura, você comece a fugir dos inimigos com mais frequência do que o esperado, uma vez que derrotá-los não irá trazer muitas vantagens. É claro que alguns inimigos irão derrubar stickers depois de derrotados, mas não é algo tão atraente quanto os pontos de experiência, então você, por diversas vezes, irá olhar fundo nos olhos do inimigo e dirá: “naaah...” e então desviará seu caminho passando longe dele. Em Sticker Star você aumenta sua vida com Heart Containers espalhados pelo jogo.
Aí chegamos aos stickers, uma das adições mais interessantes do jogo. Os stickers comuns são usados em batalha, e isso cria uma variedade tão grande de golpes que deixa os outros jogos parecendo amadores com seu martelinho e pular na cabeça. Com os stickers você solta fogo, gelo, atira cascos, bumerangues, existem pulos especiais, martelos especiais. E estou apenas falando dos stickers comuns. Com os especiais você corta os inimigos com tesoura, joga um gato gigante de porcelana em cima deles, acerta-os com tacos de basebal e assim por diante. E muitas vezes eles servem para encontrar itens escondidos no cenário e até para facilitar seu progresso na aventura, então se você se pegar preso em algum lugar, tente pregar um sticker no cenário e ver o que acontece.
E se você ouviu em algum lugar que os stickers são ruins porque eles acabam e você se pegará precisando de algum e não tendo, não acredite nisso. Eles são extramente abundantes por todos os cenários e sempre que você retorna à alguma fase eles estão lá de novo. Então o que pode acontecer é de você ter mais sticker do que espaço no seu livro, e ter que deixar alguns para trás. Além disso, existem lojas que vendem stickers e o dinheiro no jogo é convenientemente abundante.
Mas nem tudo é lindo e perfeito no mundo dos stickers, porque eles são responsáveis por um dos maiores erros do jogo.
Infelizmente, Sticker Star é um jogo confuso, que faz você ir e voltar nos lugares e consequentemente acaba se perdendo, sem saber o que fazer ou para onde ir, e a culpa disso é toda dos stickers. Existem alguns stickers especiais, entre eles uma porta mágica, que abre lugares secretos em todas as fases. O problema é que, por ser um item especial, deveria ser unicamente opcional você ter que voltar aos cenários e abrir as portas, mas aqui, a maioria delas é obrigatória, pois dão acesso a itens de extrema importância para o progresso do jogo, sem os quais não é possível passar por certos lugares e seguir adiante. Isso também faz parte da má utilização da suposta não-linearidade do jogo, porque por mais que ele queira parecer um mundo aberto, muito do seu caminho se encontra engessado, não te deixando exatamente seguir por onde você bem entender.
E aí está outro problema. O jogo não te dá dica alguma do que fazer, onde fazer e como fazer, então você se pegará andando pelo cenário, sem ter a mínima noção de nada, e terá que descobrir por conta própria que aquele determinado sticker especial vai desencadear um evento que permitirá que sua aventura continue. Alguns são absurdamente óbvios, outros irão te dar uma tremenda dor de cabeça até que você descubra. E como o espaço no seu álbum de stickers é limitado, você não pode sair com todos os especiais no bolso, aumentando ainda mais o vai e volta.
Além disso, a história do jogo é fraca e não tem os elementos de narração divertidos e aleatórios que acontecem com maestria (e as vezes até excesso) nos outros jogos da série.
Mas apesar de apresentar todos esses problemas, depois que você consegue de adaptar ao estilo peculiar do jogo, ele te apresenta uma aventura sólida, digna de um jogo da série Mario. Os chefes de mundo são inspiradíssimos e divertidos de derrotar (desde que você tenha a arma certa) e o esquema de fases é uma característica válida para uma versão de 3DS. O jogo salva automaticamente ao final de cada fase e ainda existem save points nas fases maiores, impedindo que você morra com facilidade. E o jogo ainda (de forma sutil, através de cores diferentes) quais fases tem saídas alternativas e se você já utilizou todas elas.
Os Toads são um show à parte. Sempre muito divertidos, eles estão em todos os lugares e são responsáveis pelas melhores conversas do jogo.
Os inimigos são extremamente variados e as batalhas (tanto pelos stickers, quanto pela variedade dos inimigos) são desafiadoras e fazem você pensar bastante antes de agir, fazendo com que a escolha certa destrua todos os inimigos de uma só vez, e a escolha errada te dê muita, muita dor de cabeça. Um dos melhores inimigos são os Shy-Guys de sombrero. Ao mesmo tempo que são extremamente chatos (jogue e saberá porque) dão um tom cômico único ao jogo, fazendo com que você até queira encontrar o próximo, mesmo que quando ele chegue você diga “não...de novo, não...”.
Paper Mario Sticker Star tem sua cota de problemas, mas também tem sua cota de acertos, e se consolida como um jogo sensacional que honra seu nome. Ele pode não ter os elementos RPG que consagraram a série, mas em alguns outros aspectos, como a variedade de golpes que os stickers proporcionam e o cuidado excessivo com cada detalhe visual, fazem dele um exemplo a ser seguido nos próximos jogos.
Sua aventura começa no Sticker Fest, uma celebração em que todos esperam o Sticker Comet cair do céu. A celebração acontece porque eles acreditam que se todos concentrarem seu desejos ao cometa, eles se tornarão realidade. Bowser aparece (surpresa!!!) e toca no cometa, fazendo com que ele se quebre em pedaços e se espalhe pelo mundo. Seu objetivo agora é recuperar estes pedaços.
Depois da primeira fase, o mundo do jogo se abre para todos os lados, não limitando um lugar linear para onde você deve seguir. É claro que muitos caminhos dentro das próprias fases estão fechados, mas o jogo apresenta uma não-linearidade interessante e que foi de certa forma mal utilizada.
Os mundos são variados e apresentam cenários com as carcterísticas que sempre fizeram sucesso na série Super Mario, como neve, deserto e floresta.
O jogo é extremamente (incrivelmente, absurdamente) bonito. Ouso dizer que é o mais bonito da série. E consegue criar um mundo de papel com texturas tão bem feitas que muitas vezes faz você esquecer que são meros polígonos em uma tela e acreditar que muito daquele mundo é feito de papel de verdade. Diferente dos outros jogos, onde um elemento ou outro era apenas achatado mas ainda assim não passava a impressão de ser feito de papel, em Sticker Star o cuidado com cada item (reparem nas moedas cujo interior é papelão, ou na barra de vida, ou nos caminhos destacáveis entre as fases), cada textura, cada mínimo detalhe foi pensado e criado para parecer um mundo feito de papel, e fazer jus ao nome da série.
O 3D do jogo está muito bem feito e balanceado, ou seja, proporciona um bom nível de profundidade aos cenários sem ser agressivo aos olhos. E ainda ajuda a aumentar a beleza dos lugares e principalmente a salientar as texturas de papel tanto dos cenários quanto dos itens. Toda a interatividade que você tem com os cenários – plantas se mexem quando você passa, árvores balançam quando você as atinge com o martelo – é acentuada pelos incríveis efeitos 3D do jogo, inclusive o World Map que utiliza os efeitos 3D com maestria nas miniaturas dos elementos das fases.
Sticker Star vem para fazer justiça ao padrão de qualidade do 3D que se iniciou em Super Mario 3D Land e foi aprimorado com maestria em Luigi’s Mansion dark Moon.
Infelizmente um jogo não pode viver só de beleza, e ele comete seu primeiro erro eliminando a principal característica da série: o fator RPG, que consiste em ganhar pontos de experiência a cada luta para subir de nível, ficando mais forte para derrotar inimigos futuros. Isso faz com que, no decorrer da aventura, você comece a fugir dos inimigos com mais frequência do que o esperado, uma vez que derrotá-los não irá trazer muitas vantagens. É claro que alguns inimigos irão derrubar stickers depois de derrotados, mas não é algo tão atraente quanto os pontos de experiência, então você, por diversas vezes, irá olhar fundo nos olhos do inimigo e dirá: “naaah...” e então desviará seu caminho passando longe dele. Em Sticker Star você aumenta sua vida com Heart Containers espalhados pelo jogo.
Aí chegamos aos stickers, uma das adições mais interessantes do jogo. Os stickers comuns são usados em batalha, e isso cria uma variedade tão grande de golpes que deixa os outros jogos parecendo amadores com seu martelinho e pular na cabeça. Com os stickers você solta fogo, gelo, atira cascos, bumerangues, existem pulos especiais, martelos especiais. E estou apenas falando dos stickers comuns. Com os especiais você corta os inimigos com tesoura, joga um gato gigante de porcelana em cima deles, acerta-os com tacos de basebal e assim por diante. E muitas vezes eles servem para encontrar itens escondidos no cenário e até para facilitar seu progresso na aventura, então se você se pegar preso em algum lugar, tente pregar um sticker no cenário e ver o que acontece.
E se você ouviu em algum lugar que os stickers são ruins porque eles acabam e você se pegará precisando de algum e não tendo, não acredite nisso. Eles são extramente abundantes por todos os cenários e sempre que você retorna à alguma fase eles estão lá de novo. Então o que pode acontecer é de você ter mais sticker do que espaço no seu livro, e ter que deixar alguns para trás. Além disso, existem lojas que vendem stickers e o dinheiro no jogo é convenientemente abundante.
Mas nem tudo é lindo e perfeito no mundo dos stickers, porque eles são responsáveis por um dos maiores erros do jogo.
Infelizmente, Sticker Star é um jogo confuso, que faz você ir e voltar nos lugares e consequentemente acaba se perdendo, sem saber o que fazer ou para onde ir, e a culpa disso é toda dos stickers. Existem alguns stickers especiais, entre eles uma porta mágica, que abre lugares secretos em todas as fases. O problema é que, por ser um item especial, deveria ser unicamente opcional você ter que voltar aos cenários e abrir as portas, mas aqui, a maioria delas é obrigatória, pois dão acesso a itens de extrema importância para o progresso do jogo, sem os quais não é possível passar por certos lugares e seguir adiante. Isso também faz parte da má utilização da suposta não-linearidade do jogo, porque por mais que ele queira parecer um mundo aberto, muito do seu caminho se encontra engessado, não te deixando exatamente seguir por onde você bem entender.
E aí está outro problema. O jogo não te dá dica alguma do que fazer, onde fazer e como fazer, então você se pegará andando pelo cenário, sem ter a mínima noção de nada, e terá que descobrir por conta própria que aquele determinado sticker especial vai desencadear um evento que permitirá que sua aventura continue. Alguns são absurdamente óbvios, outros irão te dar uma tremenda dor de cabeça até que você descubra. E como o espaço no seu álbum de stickers é limitado, você não pode sair com todos os especiais no bolso, aumentando ainda mais o vai e volta.
Além disso, a história do jogo é fraca e não tem os elementos de narração divertidos e aleatórios que acontecem com maestria (e as vezes até excesso) nos outros jogos da série.
Mas apesar de apresentar todos esses problemas, depois que você consegue de adaptar ao estilo peculiar do jogo, ele te apresenta uma aventura sólida, digna de um jogo da série Mario. Os chefes de mundo são inspiradíssimos e divertidos de derrotar (desde que você tenha a arma certa) e o esquema de fases é uma característica válida para uma versão de 3DS. O jogo salva automaticamente ao final de cada fase e ainda existem save points nas fases maiores, impedindo que você morra com facilidade. E o jogo ainda (de forma sutil, através de cores diferentes) quais fases tem saídas alternativas e se você já utilizou todas elas.
Os Toads são um show à parte. Sempre muito divertidos, eles estão em todos os lugares e são responsáveis pelas melhores conversas do jogo.
Os inimigos são extremamente variados e as batalhas (tanto pelos stickers, quanto pela variedade dos inimigos) são desafiadoras e fazem você pensar bastante antes de agir, fazendo com que a escolha certa destrua todos os inimigos de uma só vez, e a escolha errada te dê muita, muita dor de cabeça. Um dos melhores inimigos são os Shy-Guys de sombrero. Ao mesmo tempo que são extremamente chatos (jogue e saberá porque) dão um tom cômico único ao jogo, fazendo com que você até queira encontrar o próximo, mesmo que quando ele chegue você diga “não...de novo, não...”.
Paper Mario Sticker Star tem sua cota de problemas, mas também tem sua cota de acertos, e se consolida como um jogo sensacional que honra seu nome. Ele pode não ter os elementos RPG que consagraram a série, mas em alguns outros aspectos, como a variedade de golpes que os stickers proporcionam e o cuidado excessivo com cada detalhe visual, fazem dele um exemplo a ser seguido nos próximos jogos.
Pontos positivos | Pontos negativos | Nota final |
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8,2 |